EUA e China confirmaram um acordo comercial com concessões mútuas.
A exportação de terras raras e barreiras tarifárias estão no centro do debate entre os dois países.
Trump assinou o acordo e pode adiar o prazo final para selar novos compromissos com os chineses.
Os governos da China e dos Estados Unidos confirmaram um acordo comercial que encerra, ao menos temporariamente, a escalada de tarifas entre as duas maiores economias do mundo.
O pacto foi assinado na terça-feira (24/06). No entanto, a oficialização por autoridades dos dois países ocorreu somente nos dias seguintes. O secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, soltou a informação na quinta-feira (26/06). Na sexta (27), foi a vez de o governo chinês confirmar.
Terras raras são prioridade dos EUA
O acordo prevê concessões mútuas. A China vai revisar pedidos de exportação de produtos estratégicos, com foco em terras raras, segundo a agência AFP. Por outro lado, os EUA devem suspender diversas restrições comerciais impostas ao país asiático.
Os metais presentes nas terras raras são fundamentais para setores como baterias elétricas, turbinas eólicas e sistemas de defesa.
A China domina esse mercado e, em abril, passou a exigir licenças especiais para exportar tais produtos. A medida foi uma resposta direta às tarifas que Donald Trump impôs ao país.
Em seguida, os EUA pressionaram Pequim a flexibilizar essas exigências. O fornecimento regular desses insumos é uma prioridade do governo norte-americano.
No entanto, para isso, Trump precisou recuar de suas medidas anteriores, segundo um porta-voz do Ministério do Comércio chinês:
A parte americana cancelará, em consequência, uma série de medidas restritivas contra a China.
Também houve avanços nas negociações sobre as tarifas bilaterais. Em abril, ambas as potências aumentaram suas taxas de importação, que chegaram a ultrapassar 100%. No entanto, após encontros em Genebra, em maio, os países concordaram com uma redução temporária dessas tarifas.
Casa Branca pode adiar prazo final para renegociar tarifas
Trump já assinou o acordo e estabeleceu o dia 9 de julho como prazo final para outras negociações tarifárias.
Segundo a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, é possível prorrogar esse prazo. No entanto, a palavra final será de Trump:
Talvez possa ser prorrogado. Mas essa é uma decisão que cabe ao presidente.
O governo americano pretende usar o acordo com a China como base para pressionar outros países. Afinal segundo Leavitt:
O presidente pode simplesmente oferecer a esses países um acordo se eles se recusarem a propor um antes do prazo final.
No entanto, o clima entre os dois países ainda é de cautela. Ou seja, mesmo com os avanços nas negociações, novas disputas comerciais podem ocorrer.
Disclaimer: Coinspeaker está comprometido em fornecer reportagens imparciais e transparentes. Este artigo tem como objetivo fornecer informações precisas e oportunas. Mas não deve ser considerado como conselho financeiro ou de investimento. Como as condições do mercado podem mudar rapidamente, recomendamos que você verifique as informações por conta própria. E consulte um profissional antes de tomar qualquer decisão com base neste conteúdo.
Flavio Aguilar é jornalista e economista formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Atua há mais de 15 anos como repórter e editor em jornais e portais de notícias no Brasil. No momento, está cursando o mestrado em estudos literários da Universidade do Porto.
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