A reserva de Bitcoin do Butão já representa 44% do PIB nacional.
O país superou El Salvador e agora é o 6º maior detentor de BTC do mundo.
A mineração de BTC começou em 2020 como parte de uma estratégia estatal.
Uma reportagem recente do Wall Street Journal chamou a atenção do mundo para a estratégia do Butão, um pequeno país asiático, de usar o Bitcoin como instrumento econômico.
Aliás, segundo o jornal, o plano vai muito bem. A reserva de BTC já supera US$ 1,3 bilhão. E esse dado impressiona ainda mais quando comparado à riqueza total do país.
Afinal, a reserva de Bitcoin representa 44% do PIB do Butão, de US$ 2,9 bilhões, segundo números de 2023. O cálculo tem como base estimativas do Bitcoin Treasuries e o preço atual da criptomoeda, em torno de US$ 107 mil.
Reserva de Bitcoin do Butão se baseia na mineração
O Butão iniciou uma operação de mineração de Bitcoin em 2020. Desde então, o país passou a acumular não apenas BTC, mas também altcoins, sempre de olho em criptomoedas promissoras.
A iniciativa partiu do governo, com foco em aproveitar os recursos naturais da região — principalmente a energia renovável em abundância.
Ao se basear na mineração estatal legítima, o Butão acabou se diferenciando de outros países que estão à sua frente.
Afinal, os EUA, que lideram o ranking, acumularam reservas expressivas devido ao confisco de valores pela justiça. Por outro lado, existem muitas denúncias de possíveis ligações entre o governo da Coreia do Norte e grupos hackers.
Atualmente, o Butão ocupa a sexta posição entre os países com maiores reservas de Bitcoin. Está à frente de El Salvador, que possui 6.220 BTC, e logo atrás da Coreia do Norte, com 13.562 BTC. Já os Estados Unidos lideram com 198.012 BTC.
Aposta em longo prazo chama atenção global
Na visão de analistas como Pete Rizzo e Colin Wu, a postura do Butão reforça uma tendência entre muitos governos. Países pequenos estariam adotando ativos digitais para escapar da dependência de sistemas financeiros tradicionais.
— The Bitcoin Historian (@pete_rizzo_) June 27, 2025
Já Wu tratou apenas de compartilhar a noticia:
Since launching its Bitcoin mining initiative in 2020, Bhutan has accumulated a Bitcoin reserve worth approximately $1.3 billion—nearly 40% of the country’s GDP—making it the third-largest holder of Bitcoin among national governments.https://t.co/EhbAbkStWu
Portanto, o Butão surge como um exemplo de como a integração entre política pública e tecnologia blockchain pode trazer resultados — até mesmo para os menores países do mundo.
Brasil ainda discute reserva de Bitcoin no Congresso
Enquanto diversos países avançam com seus projetos de reservas de criptomoedas, o Brasil continua debatendo a possibilidade no Congresso.
Afinal, o deputado federal Eros Biondini (PL/MG) protocolou um projeto nesse sentido em novembro de 2024. O objetivo é criar uma reserva nacional de Bitcoin. Ela receberia o nome de Reserva Estratégica Soberana de Bitcoins (RESBit).
O Projeto de Lei 4501/2024 recebeu um parecer favorável do deputado Luiz Gastão (PSD-CE) no dia 6 de junho. Gastão é relator da proposta na Comissão de Desenvolvimento Econômico (CDE). Portanto, ainda há um longo trajeto até a possível aprovação.
Após a votação na CDE, o PL 4501/2024 precisaria passar pela Comissão de Ciência, Tecnologia e Inovação, Comissão de Finanças e Tributação, e Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Por fim, teria que ir a votação no plenário da Câmara dos Deputados antes de seguir para o Senado. O último passo seria a sanção presidencial.
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Flavio Aguilar é jornalista e economista formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Atua há mais de 15 anos como repórter e editor em jornais e portais de notícias no Brasil. No momento, está cursando o mestrado em estudos literários da Universidade do Porto.
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