A Metaplanet, empresa japonesa que vem ganhando destaque no cenário cripto em 2025, revelou que pretende usar suas reservas de Bitcoin como alavanca para adquirir negócios geradores de caixa. E um dos possíveis alvos dessa nova fase de expansão é a compra de um banco digital no Japão.
A estratégia marca a segunda etapa do plano da Metaplanet para transformar o Bitcoin em motor de crescimento corporativo — e posiciona a empresa como uma das mais ousadas do mundo na adoção institucional do BTC.
‘Corrida do ouro do Bitcoin’, diz CEO
Em entrevista ao Financial Times, o CEO da Metaplanet, Simon Gerovich, afirmou que o objetivo atual da companhia é acumular o máximo possível de Bitcoin antes de partir para aquisições estratégicas.
Pensamos nisso como uma corrida do ouro do Bitcoin, disse Gerovich. Precisamos acumular o máximo que pudermos até atingirmos uma velocidade de escape que torne muito difícil para outros nos alcançarem.
Listada na bolsa de Tóquio, a Metaplanet iniciou sua política de compras de BTC em 2024, inicialmente como proteção contra a inflação.
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Mas o plano rapidamente evoluiu para uma tese de tesouraria agressiva. Nesta semana, a empresa adicionou mais 2.204 BTC ao seu portfólio, totalizando agora 15.555 unidades — ao custo médio de US$ 99.985 por Bitcoin.
A movimentação recente consumiu US$ 237 milhões, com cada BTC adquirido a cerca de US$ 107.700. A empresa agora mira um número ainda mais ambicioso: alcançar 210.000 BTC até 2027. Isso seria equivalente a 1% de todos os Bitcoins em circulação no mundo.
Aquisições com BTC como garantia
Segundo Gerovich, a segunda fase da estratégia da Metaplanet consiste em usar seu tesouro de Bitcoin como colateral para levantar financiamento e comprar negócios lucrativos. A lógica é semelhante à de empresas que usam ações ou títulos públicos como garantia.
Vamos conseguir dinheiro que poderemos usar para comprar negócios lucrativos, afirmou o executivo.
Um dos alvos estudados é um banco digital japonês, com foco em oferecer serviços financeiros superiores aos do varejo bancário tradicional.
O uso de criptomoedas como garantia em financiamentos ainda é algo raro no setor financeiro convencional, mas essa realidade começa a mudar. Em abril, por exemplo, o Standard Chartered e a OKX lançaram um piloto que permite o uso de criptoativos e fundos tokenizados como colateral entre instituições.
A Metaplanet, por sua vez, descarta emitir dívida conversível, mas considera a emissão de ações preferenciais como forma de financiar o crescimento.
Não quero ter que devolver esse dinheiro em três ou quatro anos, com a devolução atrelada a um preço arbitrário da ação, explicou Gerovich.
Metaplanet ultrapassa Coinbase em reservas de BTC
Com as compras mais recentes, a Metaplanet já ultrapassou empresas como a Coinbase em volume de BTC em caixa. O movimento faz com que a companhia japonesa se consolide como uma das principais tesourarias públicas de Bitcoin no mundo.
A valorização das ações da Metaplanet reflete o entusiasmo do mercado: os papéis já subiram mais de 345% somente em 2025, elevando o valor de mercado da empresa para mais de US$ 7 bilhões — apesar da receita operacional ainda limitada.
A estratégia da Metaplanet lembra a da Strategy, liderada por Michael Saylor, cuja empresa detém atualmente mais de 597.000 BTC e vale cerca de US$ 112 bilhões.
Aposta da Metaplanet reforça tese de escassez do Bitcoin
Ao mirar a compra de um banco digital usando BTC como colateral, a Metaplanet reforça uma narrativa que vem ganhando força no mercado: a do Bitcoin como ativo escasso e reserva institucional de valor.
A movimentação da empresa ocorre em um momento em que governos como o do Cazaquistão também planejam criar reservas nacionais de criptomoedas. Isso certamente indica um novo ciclo de institucionalização do mercado cripto.
Para investidores atentos às movimentações das empresas públicas com grandes reservas de Bitcoin, o avanço da Metaplanet representa mais um capítulo dessa transformação em curso. Aliás, pode ser um catalisador para a próxima fase de valorização do BTC.
Apelo institucional pode ser o gatilho para uma nova disparada do Bitcoin
O movimento da Metaplanet em direção a aquisições alavancadas por Bitcoin representa mais do que uma simples estratégia corporativa. Na realidade, ele sinaliza uma mudança estrutural na forma como grandes empresas — e, futuramente, governos — enxergam o BTC.
Além disso, ao se consolidar como ativo de tesouraria e meio de garantia, o Bitcoin entra definitivamente no radar das finanças tradicionais como uma reserva de valor funcional e escalável.
Esse tipo de adoção institucional tem histórico de impulsionar ciclos de alta no mercado cripto. Um exemplo claro foi o bull run de 2020 a 2021, impulsionado pelas compras de empresas como a Tesla e a própria MicroStrategy.
Agora, com empresas japonesas, bancos e até nações considerando reservas de BTC, o ambiente se torna ainda mais propício para uma nova onda de valorização.
Além disso, ao ser utilizado como colateral para fusões e aquisições, como a Metaplanet pretende fazer, o Bitcoin deixa de ser um ativo passivo e passa a desempenhar papel direto na expansão econômica. Isso tende a aumentar sua escassez e, consequentemente, seu valor de mercado.
Como o Bitcoin Hyper pode se beneficiar dessa tendência
Projetos emergentes como o Bitcoin Hyper têm muito a ganhar com essa nova fase de institucionalização do mercado cripto. Afinal, ao ser criado com base na proposta de amplificar os ciclos de valorização do BTC, o Bitcoin Hyper funciona como uma exposição alavancada à alta do ativo, mas com mecânicas que buscam maior sustentabilidade e participação comunitária.
Em um cenário onde o Bitcoin volta aos holofotes por conta de compras corporativas, uso como garantia e escassez reforçada, ativos como o Bitcoin Hyper tendem a atrair investidores que buscam maximizar retornos. Porém, com menor risco do que opções tradicionalmente mais voláteis.
Além disso, com o aumento da visibilidade do BTC na mídia financeira tradicional e em discussões políticas, a procura por alternativas e derivados do Bitcoin, como o Hyper, deve crescer de forma significativa.
Para quem busca antecipar os efeitos dessa adoção institucional, o Bitcoin Hyper pode representar uma forma inteligente de surfar essa nova onda.
Disclaimer: Coinspeaker está comprometido em fornecer reportagens imparciais e transparentes. Este artigo tem como objetivo fornecer informações precisas e oportunas. Mas não deve ser considerado como conselho financeiro ou de investimento. Como as condições do mercado podem mudar rapidamente, recomendamos que você verifique as informações por conta própria. E consulte um profissional antes de tomar qualquer decisão com base neste conteúdo.
Com formação em TI, Gabriel tem dedicado os últimos anos em redação de conteúdo especializado em criptoativos, Web3 e inovação financeira. Sua intensa curiosidade gera análises, notícias e artigos opinativos sobre o futuro do dinheiro, com foco em projetos relevantes, tecnologias disruptivas e tendências de mercado.
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