Buterin alerta que o modelo de identificação única do World pode destruir o pseudonimato online.
O preço do WLD caiu abaixo dos principais níveis de Fibonacci, com indicadores como RSI e BoP sinalizando uma baixa contínua.
Ex-Worldcoin passa por expansão global com um lançamento nos EUA e um piloto do Tinder no Japão, mas também enfrenta crescente escrutínio.
O cofundador da rede Ethereum Vitalik Buterin emitiu um alerta sobre o World, projeto de identidade digital de Sam Altman.
Afinal, segundo ele, esse modelo pode quebrar um pilar fundamental da cultura da internet e das criptomoedas: o pseudonimato.
O World, anteriormente conhecido como Worldcoin, teve um aumento recente na adoção. Mais de 13 milhões de indivíduos teriam sido verificados com a controversa tecnologia de escaneamento de íris baseada em Orb.
O projeto é uma criação da Tools for Humanity, dos cofundadores Sam Altman, da OpenAI, e o CEO Alex Blania. O projeto distribui um token chamado WLD para os usuários em troca da verificação biométrica.
Buterin reconhece os méritos técnicos do sistema, que utiliza prova de conhecimento zero (ZK) para preservar a privacidade. No entanto, acredita haver outras implicações preocupantes.
O equilíbrio entre segurança e privacidade
Em uma publicação no sábado, Buterin elogiou o potencial dos sistemas de identificação baseados em ZK. Afinal, eles podem ajudar a combater o crescente problema de bots e ataques Sybil.
Isso seria importante especialmente em uma era dominada por inteligência artificial (IA), que já está presente inclusive em novas criptomoedas.
O World promete uma internet mais segura e humana, permitindo a diferenciação entre pessoas reais e perfis gerados por IA.
No entanto, Buterin alerta que uma implementação rígida do World corre o risco de eliminar o pseudonimato. Afinal, se cada usuário verificado puder ter um único ID, mesmo que protegido por ZK, toda sua atividade online pode se resumir a uma única persona pública.
Por outro lado, no espaço dos ativos digitais, é normal adotar múltiplas carteiras, nomes de usuários e pseudônimos. Isso garante a privacidade e a proteção em uma era de vigilância e risco geopolítico.
Buterin defende em seu post um modelo de identidade pluralista, em que nenhum emissor ou estrutura domina o cenário. Ele acredita que um ecossistema diversificado, com identidades fracas e fortes, equilibraria melhor a liberdade, privacidade e confiança dos usuários.
Sentimento do mercado: como está o World agora?
Os comentários de Buterin ocorrem quando o preço do WLD tenta se estabilizar após uma queda acentuada. O gráfico diário revela uma estrutura de baixa. Mas também há sinais de uma possível fase inicial de acumulação.
A máxima recente de US$ 1,656 e a mínima de US$ 0,778 definem a atual zona de Fibonacci. O preço retornou ao nível de 0,786 (US$ 1,468), mas não se manteve. Agora, está oscilando em torno de US$ 0,895. Isso fica abaixo dos principais níveis de suporte, como 0,618 (US$ 1,280) e 0,5 (US$ 1,217). Portanto, sugere uma baixa no curto prazo.
Por outro lado, uma retorno para US$ 1,12 (0,382 de Fibonacci) pode abrir caminho para US$ 1,468. Eventualmente, haveria extensões de Fibonacci mais altas. Por exemplo: 1,618 em US$ 2,199, 2,618 em US$ 3,077, 4,236 em US$ 4,498.
Enquanto isso, o Índice de Força Relativa (RSI) está em 41,43, com a linha de sinal em 38,20. Ambos ficam abaixo da marca neutra de 50, indicando que os vendedores seguem no comando.
Apesar das críticas, o World segue em frente. Ele foi lançado recentemente nos EUA e terá um cartão de débito vinculado ao ecossistema WLD.
Além disso, o World firmou uma parceria com o Tinder no Japão para um programa piloto. No caso, o World ID ajudaria os usuários a verificar se estão interagindo com pessoas reais em plataformas de namoro.
Disclaimer: Coinspeaker está comprometido em fornecer reportagens imparciais e transparentes. Este artigo tem como objetivo fornecer informações precisas e oportunas. Mas não deve ser considerado como conselho financeiro ou de investimento. Como as condições do mercado podem mudar rapidamente, recomendamos que você verifique as informações por conta própria. E consulte um profissional antes de tomar qualquer decisão com base neste conteúdo.
Flavio Aguilar é jornalista e economista formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Atua há mais de 15 anos como repórter e editor em jornais e portais de notícias no Brasil. No momento, está cursando o mestrado em estudos literários da Universidade do Porto.
We use cookies to ensure that we give you the best experience on our website. If you continue to use this site we will assume that you are happy with it.Ok