BC estuda uso de Drex para análise de política monetária

A informação é de Henrique Videira, auditor do BC e engenheiro. Segundo ele, o projeto de ‘tokenização’ do sistema financeiro brasileiro pode facilitar a análise do consumo por parte da população.

Flavio Aguilar By Flavio Aguilar Marta Stephens Edited by Marta Stephens Atualizado em 3 mins read
BC estuda uso de Drex para análise de política monetária

Resumo da notícia:

  • Um dos possíveis usos seria na determinação da taxa básica de juros.
  • Superapp do Drex deve reunir informações financeiras e patrimoniais dos usuários em um mesmo lugar.
  • O superapp não será desenvolvido pelo Banco Central, mas sim pelas instituições financeiras com as quais os usuários mantêm relacionamento.

O Banco Central (BC) estuda a possibilidade de utilizar o Drex como ferramenta para análise de política monetária.

A informação é de Henrique Videira, auditor do BC e engenheiro. Segundo ele, o projeto de ‘tokenização’ do sistema financeiro brasileiro pode facilitar a análise do consumo por parte da população.

O nível de análise da economia seria mais profundo, nesse caso. Portanto, permitiria decisões mais sólidas a respeito da taxa de juros, por exemplo.

Drex vai enriquecer análises do BC, diz auditor

Videira falou durante um painel no TokenNation 2025. O evento ocorreu entre os dias 4 e 5 de junho em São Paulo. 

De acordo com o auditor do BC, a rede de registro distribuído (DLT) que o BC está desenvolvendo pode incluir diversas bases de dados. Por exemplo, traria informações sobre segmentos como ativos financeiros, imóveis e automóveis, entre outros.

Quer conhecer outros criptoativos para investir? Leia também: Que Novas Criptomoedas Comprar em 2025?

Então, essas bases de dados podem vir a ajudar na formulação da política monetária:

‘Quando você tiver um universo muito maior de informações e dados, vai enriquecer muito mais essa análise. A política monetária pode ser muito mais eficiente.’

Ele cita o caso dos automóveis, que ainda estão na base de dados da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran). 

‘Se você tiver tudo concentrado ou tiver grande parte tokenizado no ambiente Drex, você vai ver o fluxo de entrada, o fluxo de saída, o quanto está sendo a reconstrução, a compra, a venda, imóvel. Você vai ver o quanto está sendo gerado de novos negócios, o quanto estão sendo vendidos dos imóveis, se está tendo uma inflação dos imóveis ou não.’

As declarações se dão em um momento de dúvidas em relação à data de lançamento do Drex.

Superapp agrupará informações dos usuários

Em sua fala, relatada pelo jornal Valor, Videira também adiantou detalhes sobre o superapp do Drex.

A proposta é permitir que o usuário, mediante sua autorização, concentre em um único ambiente todas as suas informações financeiras. O aplicativo possibilitará a visualização unificada dos saldos em diferentes bancos. Também terá dados de investimentos como ações, títulos, debêntures e outros ativos.

O aplicativo também poderá exibir o valor de imóveis e veículos pertencentes ao usuário.

Segundo Videira, isso contribuiria para facilitar o acesso ao crédito. Afinal, os bancos teriam uma visão mais ampla das garantias oferecidas pelos clientes.

O auditor do BR ressaltou, no entanto, que o superapp não será desenvolvido pelo Banco Central, mas sim pelas instituições financeiras com as quais os usuários mantêm relacionamento. Portanto, a funcionalidade do Drex aparecerá como uma área específica dentro do app de cada banco.

Disclaimer: Coinspeaker está comprometido em fornecer reportagens imparciais e transparentes. Este artigo tem como objetivo fornecer informações precisas e oportunas. Mas não deve ser considerado como conselho financeiro ou de investimento. Como as condições do mercado podem mudar rapidamente, recomendamos que você verifique as informações por conta própria. E consulte um profissional antes de tomar qualquer decisão com base neste conteúdo.

Notícias de Blockchain
Flavio Aguilar

Flavio Aguilar é jornalista e economista formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Atua há mais de 15 anos como repórter e editor em jornais e portais de notícias no Brasil. No momento, está cursando o mestrado em estudos literários da Universidade do Porto.