Caixa e Banco do Brasil simularam a venda de um imóvel tokenizado no ambiente do Drex.
A operação envolveu o financiamento entre bancos diferentes, com uso de blockchain.
A próxima fase do projeto tem como temas soluções de crédito e privacidade das operações.
O projeto-piloto do Drex, moeda digital emitida pelo Banco Central, avançou mais um passo com um teste inovador. E, desta vez, contou com a participação da Caixa e do Banco do Brasil.
As instituições simularam a venda de um imóvel tokenizado em uma rede blockchain, com integração de crédito entre bancos distintos. O objetivo foi avaliar os ganhos de eficiência de processos imobiliários totalmente digitais e tokenizados.
Como correu o teste do Drex
A operação consistiu em uma simulação realista. Em primeiro lugar, um cliente fictício da Caixa comprou um imóvel que estava financiado no BB. Em seguida, a alienação passou para a Caixa e o financiamento foi quitado. Por fim, os valores seguiram para o vendedor e a Caixa financiou o saldo remanescente para o comprador.
Tudo isso ocorreu com a transmissão digital da escritura pela rede do Drex. Também participaram da simulação os consórcios cooperativos da SFCoop e a Elo. Outra participação importante foi do Operador Nacional do Sistema de Registro Eletrônico de Imóveis (ONR).
Cada participante validou os processos por meio de nós na blockchain, segundo explicou Gabriel Queiroz, gerente de inovação da Elo. Por exemplo, até mesmo a certidão do imóvel foi tokenizada.
O objetivo, segundo Queiroz, foi testar todos os passos da operação para entender o fluxo e mapear os ganhos:
É um fluxo bastante promissor em ganhos de eficiência.
O Drex deve ser lançado em um contexto de muitas criptomoedas promissoras. Portanto, a expectativa é de que se torne uma solução familiar para muitos operadores do mercado rapidamente.
Terceira fase de testes terá foco em crédito e privacidade
Os testes do Drex ainda ocorrem em um ambiente fechado. No entanto, a próxima etapa será o desenvolvimento de ferramentas de privacidade, fundamentais para proteger os dados das partes envolvidas nas transações.
A solução Harpo, criada pelo SFCoop, servirá como base para essa funcionalidade. Também será possível garantir que apenas os agentes da operação e o Banco Central (BC) tenham acesso aos dados.
Em seguida, os resultados dos testes da segunda fase constarão em um relatório oficial, com divulgação pelo BC. Por fim, o Drex entrará em sua terceira fase, com foco na tokenização de garantias para crédito. Segundo o BC, essa etapa poderá ampliar o acesso a financiamentos e reduzir o spread bancário.
Por fim, o BB destacou que a iniciativa é um passo promissor para transformar o mercado imobiliário. A integração entre instituições financeiras e o ONR pode ser crucial para amadurecer o protótipo e garantir aderência às regras.
Disclaimer: Coinspeaker está comprometido em fornecer reportagens imparciais e transparentes. Este artigo tem como objetivo fornecer informações precisas e oportunas. Mas não deve ser considerado como conselho financeiro ou de investimento. Como as condições do mercado podem mudar rapidamente, recomendamos que você verifique as informações por conta própria. E consulte um profissional antes de tomar qualquer decisão com base neste conteúdo.
Flavio Aguilar é jornalista e economista formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Atua há mais de 15 anos como repórter e editor em jornais e portais de notícias no Brasil. No momento, está cursando o mestrado em estudos literários da Universidade do Porto.
We use cookies to ensure that we give you the best experience on our website. If you continue to use this site we will assume that you are happy with it.Ok