Caixa testa Drex com transações offline no meio da Amazônia
A iniciativa foi aplicada em comunidades ribeirinhas da Amazônia que enfrentam dificuldades por conta da baixa conectividade e do acesso limitado aos serviços bancários.
A Caixa testou uma solução para pagamentos offline em um município da Amazônia com baixo acesso à internet.
O projeto faz parte do piloto do Drex, comandado pelo Banco Central do Brasil.
Atualmente, a Caixa atende 26 municípios na região amazônica com agências-barcos.
A Caixa Econômica Federal realizou testes bem-sucedidos de pagamentos offline usando o Drex, a moeda digital do Banco Central do Brasil.
A iniciativa foi aplicada em comunidades ribeirinhas da Amazônia que enfrentam dificuldades por conta da baixa conectividade e do acesso limitado aos serviços bancários.
O piloto do Drex continua em fase de testes. O experimento ‘amazônico’ teve resultados positivos. Afinal, serviu para estabelecer funcionalidades básicas do sistema com uma infraestrutura de rede blockchain.
Caixa faz testes em campo para transações com Drex
O primeiro teste já havia ocorrido em junho de 2024, em um ambiente de sandbox, utilizando infraestrutura de blockchain.
Já em abril deste ano, houve a segunda fase de testes. Ela ocorreu em São Sebastião da Boa Vista, no Pará, município com mais de 7 mil beneficiários de programas sociais.
A localidade tem baixa cobertura de internet, chegando a somente 54% da população. Além disso, a escolha se justifica pela carência de acesso a serviços bancários tradicionais e alto isolamento geográfico.
A Caixa desenvolveu um cartão físico com uma carteira offline em Drex. Então, permitiu pagamentos diretos em estabelecimentos locais sem a necessidade de conexão.
O mecanismo envolveu dois usuários, que transferiram recursos de um cartão para o terminal do comerciante. Em seguida, esse comerciante pôde repassar o saldo a outra pessoa física ou vendedor.
Elo e Microsoft também participaram
O sistema é parte da segunda fase do projeto-piloto do BC. Até o momento, não há uma previsão oficial de quando será o lançamento do Drex.
A Caixa atua no projeto em parceria com a Elo e a Microsoft. A abordagem explora a robustez da blockchain para garantir segurança e rastreabilidade dos pagamentos offline.
A liquidação dos valores ocorre sem perda de integridade. Por isso, está de acordo com a proposta do Drex, que busca integrar o real digital ao cotidiano do cidadão.
Em comunidades onde o transporte fluvial é o principal meio de deslocamento, a inexistência de agências físicas e a falta de dinheiro em espécie limitam o uso de recursos. A Caixa atende 26 municípios na região amazônica com agências-barcos. No entanto, não faz saques em espécie por motivos de segurança.
O cidadão tem o cartão, mas se quiser sacar dinheiro precisa ir até uma agência em uma cidade maior, então o dinheiro não circula nessas comunidades ribeirinhas.
Avanços e parcerias estratégicas
Ou seja, a nova solução de pagamentos offline pode gerar impacto econômico significativo. A Caixa estima que, só em São Sebastião da Boa Vista, a implementação da tecnologia possa adicionar R$ 30 milhões ao PIB local.
A Caixa tem interesse no uso de Drex para mais setores sensíveis. Por exemplo, vem testando transações de imóveis tokenizados na blockchain.
O banco desenvolve o projeto na segunda fase do piloto. Mas, nesse caso, os parceiros são outros. Afinal, a Caixa atua com o Banco do Brasil e o consórcio SFCoop. O SFCoop reúne uma série de cooperativas, como Ailos, Cresol, Sicoob, Sicredi e Unicred.
Disclaimer: Coinspeaker está comprometido em fornecer reportagens imparciais e transparentes. Este artigo tem como objetivo fornecer informações precisas e oportunas. Mas não deve ser considerado como conselho financeiro ou de investimento. Como as condições do mercado podem mudar rapidamente, recomendamos que você verifique as informações por conta própria. E consulte um profissional antes de tomar qualquer decisão com base neste conteúdo.
Flavio Aguilar é jornalista e economista formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Atua há mais de 15 anos como repórter e editor em jornais e portais de notícias no Brasil. No momento, está cursando o mestrado em estudos literários da Universidade do Porto.
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