O Bitcoin (BTC) abriu a terça-feira (14/10) em queda. Entenda o que está ocorrendo no mercado cripto.
Preço do Bitcoin hoje reflete insegurança do mercado?
O comportamento do Bitcoin hoje mostra que o mercado ainda digere os eventos dos últimos dias, que abalaram também os preços das melhores altcoins e de memecoins importantes. Na sexta-feira, ocorreu uma liquidação massiva das principais moedas, depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou a China com novas tarifas de 100% sobre importações de produtos do país. A onda de pessimismo se deveu a uma percepção de que um acirramento da guerra comercial pode elevar a inflação e tirar dinheiro de ativos de maior risco. Por outro lado, declarações seguintes de Trump, baixando o tom contra a China, acalmaram o mercado. Na segunda-feira, o mercado cripto voltou a crescer, mesmo que não tenha voltado aos patamares anteriores. No entanto, a nova queda do Bitcoin hoje mostra que ainda há pouca clareza sobre o que virá pela frente.Brasileiros mantêm confiança no Bitcoin mesmo após quedas
A confiança dos brasileiros no Bitcoin segue em alta, mesmo após a recente correção do mercado. De acordo com o Relatório de Confiança do Mercado de Criptomoedas da Bitget, 63% dos investidores do país planejam continuar comprando BTC nos próximos meses.
O levantamento foi realizado entre 25 de agosto e 5 de setembro deste ano, com 3.047 participantes em várias regiões do mundo.
Bitcoin é visto como reserva de valor
O estudo mostrou que o Brasil mantém uma postura resiliente diante de um cenário global desafiador, com juros altos e desaceleração econômica.
Para muitos investidores locais, o Bitcoin ainda representa uma reserva de valor e uma forma de proteção contra a inflação. Também serve como ferramenta de diversificação financeira, reforçando sua posição como principal ativo digital entre os brasileiros.
Aliás, a visão do Bitcoin como reserva de valor vem embasando projeções sobre seu uso pelos tesouros nacionais de diversos países, como mostra uma análise do Deutsche Bank.
América Latina desponta como líder em otimismo
A pesquisa revelou que a América Latina é uma das regiões mais otimistas em relação às criptomoedas. Países como Nigéria (84%), China (73%) e Índia (72%) também aparecem no topo do ranking de intenção de compra.
No Brasil, cresce a mentalidade de acumulação e o uso de estratégias mais maduras. Traders experientes ampliam posições, enquanto novos investidores optam por stablecoins ou compras fracionadas.
A Bitget aponta que esse comportamento sinaliza um amadurecimento do mercado latino-americano, impulsionado por uma visão mais estratégica e menos emocional sobre o futuro das criptomoedas.
Correlação entre Bitcoin e ações preocupa após queda de US$ 500 bi
O Bitcoin enfrentou uma das piores quedas do ano na última sexta-feira (10/10). Afinal, houve uma perda de mais de US$ 500 bilhões em valor de mercado, segundo o Citigroup.
A forte liquidação foi impulsionada pela saída forçada de posições alavancadas, destacando a crescente correlação entre o ativo digital e os mercados de ações globais.
Queda assustou o mercado cripto
O banco observou que o movimento teve início nos contratos futuros, refletindo um clima de aversão ao risco causado pelo aumento das tensões comerciais entre Estados Unidos e China.
Por isso, em menos de uma hora, o Bitcoin chegou a cair 13%, aproximando-se de US$ 102.000 e provocando liquidações de derivativos que somaram quase US$ 20 bilhões.
Além disso, as melhores altcoins sofreram um efeito parecido. Por exemplo, Ethereum (ETH), Dogecoin (DOGE) e outras moedas despencaram na sexta, recuperando apenas parte do seu valor nos dias seguintes.
Investidores institucionais mantêm otimismo
No entanto, o Citigroup apontou que as entradas em ETFs de Bitcoin continuam firmes, mesmo em meio à volatilidade. Também destacou que esses investidores parecem operar com menor alavancagem do que em ciclos anteriores, o que pode suavizar quedas futuras.
A instituição vê a demanda estável pelos fundos negociados em bolsa como um sinal de resiliência estrutural no mercado. Além disso, reforça que essa tendência sustenta a visão base do banco para o ativo no médio prazo.
Por fim, o Citigroup alerta que um cenário mais negativo só se confirmaria se a fraqueza persistente nas bolsas de valores contaminasse novamente o apetite por risco entre os investidores de criptomoedas.
Elon Musk diz que Bitcoin é impossível de falsificar
Elon Musk reacendeu o debate sobre o valor energético do Bitcoin ao afirmar que a criptomoeda é impossível de falsificar. Em resposta a uma publicação do perfil Zerohedge no X, o bilionário destacou que o Bitcoin é ‘baseado em energia’, ao contrário das moedas fiduciárias.
Musk argumentou que governos ‘já falsificaram dinheiro em toda a história’, enquanto a energia, base do Bitcoin, não pode ser reproduzida artificialmente.
Segundo ele, cada unidade minerada representa uma prova tangível de trabalho e de gasto energético real, o que garante autenticidade e escassez ao ativo digital.
Musk já barrou pagamentos com BTC na Tesla
Por outro lado, o comentário surgiu após Zerohedge comparar a corrida global pela inteligência artificial ao aumento do interesse por ativos tangíveis, como ouro e prata. Musk concordou com a análise, classificando o Bitcoin como um sistema definitivo de ‘prova de energia’.
Essa não é a primeira vez que o fundador da Tesla associa o Bitcoin à questão energética. Afinal, em 2021, ele suspendeu os pagamentos com BTC na montadora, alegando preocupações com o uso de energia não renovável.
No entanto, estudos recentes da Universidade de Cambridge mostram que cerca de 52,4% da energia usada na mineração de Bitcoin vem de fontes sustentáveis, reforçando o argumento de Musk sobre a solidez energética da criptomoeda.
Bitcoin recua com temor de nova guerra comercial EUA-China
O Bitcoin interrompeu sua recente recuperação nesta terça-feira (14/10) e voltou a cair, em meio ao aumento das preocupações com uma possível retomada da guerra comercial entre Estados Unidos e China.
A maior criptomoeda do mundo chegou a recuar 4% durante a manhã, para US$ 110.770, após ter atingido um recorde de US$ 126.000 na semana anterior.
Declaração da China reforçou temor no mercado
O presidente dos EUA, Donald Trump, havia anunciado tarifas de 100% sobre produtos chineses na última semana. A declaração chegou a eliminar cerca de US$ 500 bilhões do valor total do mercado cripto em poucos dias.
Declarações conciliatórias de autoridades americanas chegaram a fazer o Bitcoin retornar a US$ 115.000 na segunda-feira (13/10). No entanto, a animação mostrou-se passageira diante da falta de avanços concretos nas negociações comerciais.
Pequim afirmou hoje que está disposta a ‘lutar até o fim’, acusando Washington de adotar práticas discriminatórias. O governo chinês também já havia defendido os controles de exportação sobre sua indústria de terras raras, o que vem irritando os Estados Unidos, além de ter sinalizado que não pretende recuar diante das pressões.
Analistas alertam que as tensões geopolíticas podem continuar pesando sobre o mercado de criptomoedas nas próximas semanas.
Discurso de Powell pode gerar volatilidade no Bitcoin hoje
O presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, discursará nesta terça-feira (14/10) na conferência anual da Associação Nacional de Economia Empresarial (NABE), na Filadélfia.
O evento ocorre em meio a uma forte volatilidade no mercado financeiro, enquanto o Bitcoin hoje testa uma zona crítica de suporte entre US$ 108 mil e US$ 110 mil.
Fed deve promover novos cortes de juros nas próximas reuniões
Os futuros de juros indicam uma probabilidade de 97% de corte de 0,25 ponto percentual em outubro e 89% de nova redução em dezembro. Vale lembrar que, na última reunião do comitê do Fed, já houve um corte nas taxas.
Se Powell adotar um tom mais duro e sinalizar juros altos por mais tempo, analistas alertam para novas vendas em massa, tanto em ações quanto em criptomoedas.
Paralisação do governo atrasou divulgação de dados
No momento, há atrasos na divulgação de dados econômicos devido à paralisação parcial do governo dos EUA. Além disso, a recente decisão do presidente Donald Trump de impor tarifas de 100% sobre importações chinesas aumentou o temor entre investidores.
Aliás, a ausência de relatórios de inflação e custos no atacado deixou o mercado sem visibilidade sobre a economia americana. Então, as palavras de Powell ganham peso extra, podendo definir o humor dos investidores nas próximas semanas.