Investigado em caso de corrupção se recusou a entregar as senhas de acesso à sua carteira digital.
O Ministério Público de São Paulo (MPSP) vem intensificando as investigações da ‘Operação Ícaro’. E uma das preocupações, atualmente, é com o risco de que milhões em criptomoedas desapareçam antes da conclusão do processo.
O caso envolve a prisão de Sidney Oliveira, fundador da Ultrafarma, e Mário Otávio Gomes, diretor da Fast Shop, além de auditores fiscais acusados de corrupção.
Operação Ícaro rastreou US$ 40 mi em criptomoedas
Os promotores apontam Artur Gomes da Silva Neto como principal operador. Afinal, ele teria criado o esquema de corrupção dentro da Secretaria da Fazenda e Planejamento de São Paulo e recebido até R$ 1 bilhão em propina.
Já Marcelo de Almeida Gouveia, também auditor, foi alvo de busca e apreensão. Ele se recusou a entregar as senhas de acesso à sua carteira digital, o que chamou a atenção dos investigadores para possíveis fundos em criptos.
Em um dos endereços ligados a Marcelo, foram encontrados R$ 330 mil em espécie e US$ 10 mil. No entanto, a suspeita é de que os maiores montantes estejam guardados em criptoativos.
Documentos obtidos durante o inquérito revelam que uma empresa usada como fachada teria comprado 287 BTC e 1.774 ETH, avaliados à época em R$ 40 milhões. Portanto, a operação envolveria não apenas Bitcoin, mas também uma das melhores altcoins do mercado.
Considerando os preços atuais, esse montante já ultrapassaria R$ 200 milhões, evidenciando a magnitude do esquema. Afinal, o Bitcoin passa por uma valorização desde 2024, apesar de flutuações.
Por outro lado, a defesa afirma que todos os valores em cripto foram declarados à Receita Federal, contestando a falta de provas documentais do MPSP. As informações sobre valores foram obtidas pelo site Metrópoles.
Auditoria teria comandado esquema de corrupção com ICMS
A investigação indica que a fraude envolvia pagamento de propina para antecipar e liberar créditos de ICMS. Segundo a promotoria, grande parte do patrimônio da mãe de Artur, em cujo nome estava registrada a empresa de fachada, veio da compra de criptomoedas.
Por isso, o MPSP solicitou a prisão preventiva dos auditores. O objetivo é evitar movimentações que possam inviabilizar a recuperação dos valores. Afinal, sem as chaves privadas, não é possível acessar os ativos e impedir sua transferência em meio às investigações.
Segundo o pedido de prisão preventiva:
Os investigadores localizaram no local milhões de reais em criptomoedas. O investigado, porém, não entrega a chave para acesso às criptomoedas. Acaso permaneça em liberdade, poderá sumir com tais valores, prejudicando a recuperação dos recursos desviados do erário.
O caso segue em andamento e expõe como ativos digitais podem servir tanto para acumular riqueza quanto para ocultar recursos ilícitos.
Disclaimer: Coinspeaker está comprometido em fornecer reportagens imparciais e transparentes. Este artigo tem como objetivo fornecer informações precisas e oportunas. Mas não deve ser considerado como conselho financeiro ou de investimento. Como as condições do mercado podem mudar rapidamente, recomendamos que você verifique as informações por conta própria. E consulte um profissional antes de tomar qualquer decisão com base neste conteúdo.
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