A informação foi revelada por Rogério Lucca, secretário-executivo da instituição, durante painel na Febraban Tech 2025.
Resumo da notícia:
- Secretário do Banco Central revelou que haverá uma terceira fase do piloto do Drex, com foco no mercado de crédito.
- O objetivo será testar soluções que melhorem o acesso e o custo do crédito no Brasil.
- Segundo o presidente do BC, Gabriel Galípolo, o Drex não é uma CBDC, mas sim um sistema baseado em DLT, com implicações específicas.
O Banco Central (BC) confirmou que o projeto Drex entrará em uma terceira fase em breve. O foco será a criação de soluções para tokenizar garantias e, com isso, facilitar o acesso ao crédito com taxas mais baixas.
A informação foi revelada por Rogério Lucca, secretário-executivo da instituição, durante painel na Febraban Tech 2025. Segundo ele, as definições sobre a terceira etapa ocorrerão após a conclusão dos testes atuais.
Nova etapa de testes focará em crédito barato
Lucca afirmou que as próximas soluções com uso do Drex devem mirar em crédito barato e acessível.
O cliente tem que ter uma facilidade no uso e uma sensação de segurança para garantir que o sistema financeiro nacional desenvolva serviços e resolva problemas como o alto endividamento em crédito de má qualidade.
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Além disso, o BC quer permitir que os bancos tenham mais visibilidade sobre os ativos dos clientes, como imóveis, CDBs e veículos. Assim, o cliente poderia, por meio das plataformas bancárias, compartilhar essas informações com consentimento, como já ocorre no open finance.
Em seguida, os bancos teriam uma visão mais precisa da capacidade de pagamento do consumidor. Então, poderiam oferecer condições personalizadas de crédito.
Para Lucca, esse é o momento de mudar o foco da tecnologia em si para as soluções práticas que o Drex pode trazer. Ele destacou:
Vamos encerrar a segunda fase e aprofundar, mas a direção está dada.
A segunda fase do Drex ainda está em andamento, com 13 casos de uso em testes pelas instituições participantes. Aliás, cinco desses testes já envolvem o uso de ativos tokenizados como garantias para concessão de crédito.
No entanto, ainda não há previsão oficial para a data de lançamento do Drex.
Drex ‘não é exatamente um CBDC’, diz Galípolo
Também durante o evento, Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, reforçou que o Drex não deve ser visto como uma moeda digital do banco central (CBDC) clássica:
O Drex não é exatamente uma CBDC como a literatura trata.
Ele explicou que a proposta está mais próxima de um sistema baseado em DLT (livro ou registro distribuído). Portanto, usa contratos inteligentes e tokenização para facilitar transações financeiras e colateralização de ativos.
Por outro lado, Galípolo enfatizou o impacto positivo desse modelo para o mercado de crédito.
Quanto mais a gente conseguir avançar nessa agenda, de redução da percepção de risco por parte de quem está concedendo o crédito, e facilidade na experiência do cliente, para quem está tomando o crédito, será possível oferecer garantias mais adequadas para o planejamento e objetivos para aquelas pessoas. Isso é muito importante para a gente conseguir avançar nessa agenda.
As declarações de Galípolo também vieram a público durante a Febraban Tech. O evento ocorreu nos dias 10, 11 e 12 de junho, no Transamerica Expo Center, em São Paulo.
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