O grupo teria movimentado R$ 164 milhões por meio de esquemas ilegais com uso de criptoativos.
Resumo da notícia:
- A Polícia Civil de Goiás desarticulou uma quadrilha que movimentou R$ 164 milhões.
- A operação teve apoio técnico da Binance na identificação das transações.
- O grupo atuava com fraudes na dark web e lavagem de dinheiro com criptoativos.
A Polícia Civil de Goiás (PCGO) deflagrou na última quinta-feira (10/7) a Operação Deep Hunt. A ação desarticulou uma organização criminosa especializada em fraudes cibernéticas e lavagem de dinheiro com criptos.
O grupo teria movimentado R$ 164 milhões por meio de esquemas ilegais com uso de criptoativos. A ação contou com o suporte da Binance, que auxiliou na identificação de transações suspeitas.
Polícia de Goiás monitorou criminosos por 18 meses
Segundo a Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos (DERCC), a investigação durou cerca de 18 meses. Durante esse tempo, a polícia goiana monitorou a atuação de criminosos em marketplaces ilegais da dark web.
O grupo vendia dados bancários, cartões de crédito clonados e documentos falsos. Em seguida, o dinheiro ia parar no sistema financeiro tradicional por meio de técnicas de anonimização e contas de fachada.
Durante a operação, a polícia cumpriu 41 mandados de prisão temporária e 43 de busca e apreensão. As ações ocorreram em oito cidades dos estados de Goiás e Rio de Janeiro, além do Distrito Federal.
Ao todo, 180 agentes participaram da operação. Os suspeitos vão responder por crimes como furto qualificado, falsificação de documentos, lavagem de dinheiro com uso de ativos virtuais e associação criminosa.
A polícia não revelou quais ativos os suspeitos teriam usado para movimentar os fundos — se incluíram Bitcoin (BTC), stablecoins ou novas criptomoedas, por exemplo.
A Binance forneceu suporte técnico e inteligência de dados, colaborando ativamente com as autoridades. A corretora identificou padrões de movimentação suspeita envolvendo usuários brasileiros e carteiras conectadas aos ambientes ilegais.
Recentemente, a polícia da Espanha desarticulou outro grupo criminoso que teria lavado cerca de R$ 2,9 bilhões em criptos.
Binance reforça atuação junto a autoridades
A atuação da Binance teria sido fundamental para o êxito da operação. Afinal, segundo o delegado Vytautas Zumas:
A produção de conhecimento a partir das informações encaminhadas pela Binance elevou a expressão parceria público-privada a outro nível.
Também a delegada Bárbara Buttini ressaltou a importância da colaboração técnica da exchange durante as investigações.
Guilherme Nazar, vice-presidente da Binance para a América Latina, afirmou que a empresa tem ‘compromisso absoluto com a integridade do ecossistema cripto’. Além disso, ele reforçou a importância de atuar junto a autoridades para garantir a confiança no setor.
O crime organizado vem adotando criptos como uma forma de lavar dinheiro, inclusive enviando-o para outros países. Por exemplo, em agosto de 2024, a polícia de São Paulo desmantelou um esquema do Primeiro Comando da Capital (PCC) que movimentou R$ 500 milhões em criptos.
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