Polícia prende suspeito de ataque hacker a contas do Pix no BC

Updated on Jul 6, 2025 at 7:45 am UTC by · 3 mins read

João Nazareno Roque, funcionário da empresa de tecnologia C&M Software, é suspeito de ter facilitado o ataque hacker.

Resumo da notícia:

  • Hackers podem ter desviado mais de R$ 1 bilhão de contas reservas do Pix junto ao Banco Central esta semana.
  • Um funcionário da empresa terceirizada C&M Software foi preso por envolvimento no esquema.
  • Os criminosos teriam convertido parte dos valores em criptomoedas.

A Polícia Civil de São Paulo prendeu, na quinta-feira (3/7), o primeiro suspeito de um ataque hacker contra o sistema do Pix, que ocorreu no início da semana.

João Nazareno Roque, funcionário da empresa de tecnologia C&M Software, é suspeito de ter facilitado o ataque hacker. O prejuízo nas contas reservas do Pix junto ao BC pode ultrapassar R$ 1 bilhão.

A prisão ocorreu no bairro City Jaraguá, na zona norte de São Paulo.

Ataque hacker envolveu criptomoedas e contas laranja

Segundo a investigação, Roque vendeu sua senha de acesso por R$ 5 mil. Em seguida, recebeu mais R$ 10 mil para ajudar a desenvolver o sistema usado nos desvios.

À polícia, ele afirmou que nunca viu os criminosos pessoalmente. Além disso, relatou que se comunicava com o grupo apenas por celular. Também disse que trocava de aparelho a cada 15 dias para evitar o rastreamento.

O ataque hacker ocorreu na última segunda-feira (30/6). Ele afetou pelo menos oito empresas que se conectavam ao sistema Pix por meio da C&M Software.

Os criminosos conseguiram desviar R$ 500 milhões de uma das instituições. Em seguida, tentaram converter os valores para ativos como Bitcoin (BTC) e Tether (USDT) em mesas OTC e corretoras. Não está claro se eles também usaram novas criptomoedas.

Além disso, a investigação identificou o uso de contas novas e intermediários para espalhar os recursos e dificultar o rastreamento.

Por outro lado, algumas empresas do setor de criptoativos conseguiram detectar movimentações incomuns. Por exemplo, a SmartPay bloqueou parte das transações e iniciou processos de devolução.

As autoridades conseguiram bloquear uma das contas envolvidas na movimentação, que tinha um saldo de R$ 270 milhões.

Polícia Federal segue com investigações em sigilo

Apesar de não ter participado diretamente da operação de prisão, a Polícia Federal segue investigando o caso sob sigilo.

A C&M confirmou o ataque. No entanto, ainda não divulgou o tamanho total das perdas.

Além disso, o Banco Central suspendeu o acesso da empresa às suas infraestruturas até a conclusão das apurações.

Segundo a Folha de São Paulo, o Grupo FS classificou o episódio como o maior caso do tipo já registrado.

Disclaimer: Coinspeaker está comprometido em fornecer reportagens imparciais e transparentes. Este artigo tem como objetivo fornecer informações precisas e oportunas. Mas não deve ser considerado como conselho financeiro ou de investimento. Como as condições do mercado podem mudar rapidamente, recomendamos que você verifique as informações por conta própria. E consulte um profissional antes de tomar qualquer decisão com base neste conteúdo.

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