João Nazareno Roque, funcionário da empresa de tecnologia C&M Software, é suspeito de ter facilitado o ataque hacker.
Resumo da notícia:
- Hackers podem ter desviado mais de R$ 1 bilhão de contas reservas do Pix junto ao Banco Central esta semana.
- Um funcionário da empresa terceirizada C&M Software foi preso por envolvimento no esquema.
- Os criminosos teriam convertido parte dos valores em criptomoedas.
A Polícia Civil de São Paulo prendeu, na quinta-feira (3/7), o primeiro suspeito de um ataque hacker contra o sistema do Pix, que ocorreu no início da semana.
João Nazareno Roque, funcionário da empresa de tecnologia C&M Software, é suspeito de ter facilitado o ataque hacker. O prejuízo nas contas reservas do Pix junto ao BC pode ultrapassar R$ 1 bilhão.
A prisão ocorreu no bairro City Jaraguá, na zona norte de São Paulo.
Ataque hacker envolveu criptomoedas e contas laranja
Segundo a investigação, Roque vendeu sua senha de acesso por R$ 5 mil. Em seguida, recebeu mais R$ 10 mil para ajudar a desenvolver o sistema usado nos desvios.
À polícia, ele afirmou que nunca viu os criminosos pessoalmente. Além disso, relatou que se comunicava com o grupo apenas por celular. Também disse que trocava de aparelho a cada 15 dias para evitar o rastreamento.
O ataque hacker ocorreu na última segunda-feira (30/6). Ele afetou pelo menos oito empresas que se conectavam ao sistema Pix por meio da C&M Software.
Os criminosos conseguiram desviar R$ 500 milhões de uma das instituições. Em seguida, tentaram converter os valores para ativos como Bitcoin (BTC) e Tether (USDT) em mesas OTC e corretoras. Não está claro se eles também usaram novas criptomoedas.
Além disso, a investigação identificou o uso de contas novas e intermediários para espalhar os recursos e dificultar o rastreamento.
Por outro lado, algumas empresas do setor de criptoativos conseguiram detectar movimentações incomuns. Por exemplo, a SmartPay bloqueou parte das transações e iniciou processos de devolução.
As autoridades conseguiram bloquear uma das contas envolvidas na movimentação, que tinha um saldo de R$ 270 milhões.
Polícia Federal segue com investigações em sigilo
Apesar de não ter participado diretamente da operação de prisão, a Polícia Federal segue investigando o caso sob sigilo.
A C&M confirmou o ataque. No entanto, ainda não divulgou o tamanho total das perdas.
Além disso, o Banco Central suspendeu o acesso da empresa às suas infraestruturas até a conclusão das apurações.
Segundo a Folha de São Paulo, o Grupo FS classificou o episódio como o maior caso do tipo já registrado.
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