Vazamento de senhas: Google, Apple e Facebook são impactados

A denúncia veio do portal Cybernews, que classificou o caso como a maior violação do tipo já registrada.

Flavio Aguilar By Flavio Aguilar Marta Stephens Editor Marta Stephens Atualizado em 4 mins read
Vazamento de senhas: Google, Apple e Facebook são impactados

Resumo da notícia:

  • Entre os alvos do vazamento de senhas, Google, Apple e Facebook se destacam, e o total de dados expostos chega a 16 bilhões.
  • Ainda não está claro se os dados são fruto de vazamentos recentes ou de violações anteriores.
  • Especialistas recomendam a troca de senhas e a utilização de recursos como a autenticação de dois fatores para se precaver.

Um vazamento de dados massivo expôs bilhões de logins e senhas de plataformas como Google, Apple, Facebook, Telegram e até serviços públicos. A denúncia veio do portal Cybernews, que classificou o caso como a maior violação do tipo já registrada.

Os cerca de 16 bilhões de dados vazados foram compilados a partir de 30 bases distintas. Cada uma delas reúne de dezenas de milhões a até 3,5 bilhões de registros. Muitos dados estão repetidos. No entanto, a maior parte nunca havia aparecido em outros vazamentos.

Os especialistas afirmam que os registros são recentes e altamente exploráveis, o que eleva o risco para os usuários. A maioria das credenciais foi obtida por infostealers — malwares que capturam tudo o que é digitado no computador, como senhas bancárias e logins de redes sociais.

Alerta máximo para vazamento de senhas: Google e Apple entre os alvos

O conjunto de dados pode ser, em grande medida, de usuários de língua portuguesa. Afinal o maior arquivo contém mais de 3,6 bilhões de registros e teria ligação com esse público.

Também há indícios de que senhas de contas Google, Apple e outros serviços populares estão entre os principais alvos.

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Por outro lado, a compilação não decorre de uma falha específica em empresas como Apple, Facebook ou Google. Afinal, segundo o Cybernews, o roubo dos dados ocorreu por meio de arquivos de malware nas máquinas das vítimas. Ou seja, não houve envolvimento direto das plataformas.

Aliás, o Google afirmou justamente que o problema não ocorreu por conta de uma violação de dados na empresa. A Meta e o GitHub disseram que não vão comentar o caso.

Em maio, um vazamento de dados afetou 69.461 usuários da Coinbase.

Especialistas divergem sobre origem dos dados

A repercussão internacional gerou dúvidas sobre a atualidade do conteúdo. Afinal, em outros casos de vazamento de senhas, Google, Apple e Facebook também estiveram entre os alvos.

O portal Bleeping Computer afirmou que ‘apesar da repercussão, não há evidências de que essa compilação contenha dados novos ou não vistos anteriormente’. Também citou o caso do vazamento RockYou2024, que parecia inédito, mas reciclava senhas de anos anteriores.

O especialista Troy Hunt, do site Have I Been Pwned (HIBP), disse estar investigando a validade e a relevância do vazamento atual:

‘Ainda não está claro se é algo que podemos incluir no HIBP ou não.’

Mas o Cybernews mantém sua avaliação sobre o caso:

‘O que mais preocupa é a estrutura e a atualidade desses conjuntos de dados – não são apenas vazamentos antigos sendo reciclados. São dados frescos, com potencial de uso malicioso em larga escala.’

Como se proteger após um vazamento de credenciais

Em meio ao pânico com o vazamento de senhas, Google, Apple e outros serviços populares estão na berlinda.

Por isso, a recomendação dos especialistas é agir rápido. A primeira medida é atualizar todas as senhas antigas. Em seguida, é importante adotar autenticação multifator, utilizar gerenciadores de senhas e evitar reutilizar senhas em diferentes serviços.

Além disso, os usuários devem ficar atentos a sinais de invasão ou golpes de phishing, especialmente por SMS ou e-mails. Aliás, o FBI já emitiu um alerta sobre links suspeitos enviados por mensagem.

Disclaimer: Coinspeaker está comprometido em fornecer reportagens imparciais e transparentes. Este artigo tem como objetivo fornecer informações precisas e oportunas. Mas não deve ser considerado como conselho financeiro ou de investimento. Como as condições do mercado podem mudar rapidamente, recomendamos que você verifique as informações por conta própria. E consulte um profissional antes de tomar qualquer decisão com base neste conteúdo.

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Flavio Aguilar

Flavio Aguilar é jornalista e economista formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Atua há mais de 15 anos como repórter e editor em jornais e portais de notícias no Brasil. No momento, está cursando o mestrado em estudos literários da Universidade do Porto.