Os e-mails de phishing pareciam ter sido enviados pelo suporte da Trezor. No entanto, os fraudadores tentavam enganar usuários e obter frases de recuperação ou outras informações privadas.
A empresa reforçou que nunca solicita informações sensíveis por e-mail ou mensagens de suporte. Também avisou que não houve invasão ao seu sistema de e-mail ou à sua base de dados.
A campanha de phishing teria sido possível graças ao uso indevido do formulário de contato. A recomendação, agora, é que os usuários fiquem atentos a mensagens inesperadas.
A Trezor alega que está adotando medidas para proteger melhor seus canais de comunicação. Também diz estar implementando ferramentas avançadas para evitar futuros casos do tipo.
O episódio reforça que ameaças no setor cripto estão ficando mais sofisticadas. Por outro lado, a resposta rápida da empresa ajudou a acalmar os usuários.
Empresa promete autocustódia segura sem complicação
A Trezor aproveitou o momento para lançar novos produtos que, segundo ela, combinam segurança e facilidade de uso.
A ideia é atender a uma demanda crescente por soluções de autocustódia mais simples e acessíveis.
Por exemplo, carteiras de autocustódia oferecem controle total, mas costumam ser mais complexas que as carteiras com custódia que as exchanges oferecem.
A Trezor quer mudar isso com a Trezor Expert. A novidade permite sessões online individuais com especialistas da empresa. Assim, o usuário recebe orientação passo a passo para configurar a carteira com segurança.
Aliás, a empresa também apresentou a Safe 5, uma nova carteira física com segurança aprimorada. O modelo se junta à linha de produtos que visam atender a diferentes perfis de usuários.
Atualmente, a empresa oferece desde a clássica Trezor Model One até a mais avançada Trezor Model T.
Golpe parecido atingiu usuários da Ledger
Os casos de phishing são uma constante no universo das criptomoedas. Recentemente, o site de cotações cripto CoinMarketCap sofreu um ataque que visava informações dos visitantes. Uma mensagem falsa, implantada na página inicial, sugeria que os usuários conectassem suas carteiras e dessem acesso a fundos disponíveis.
Os e-mails redirecionavam as vítimas a um site falso com visual da Ledger e hospedagem na Amazon Web Services. Em seguida, o usuário ia parar em um domínio fraudulento, ledger-recovery[.]info. A data de registro era 15 de dezembro de 2024.
O site falso pedia uma ‘verificação de segurança’ e solicitava a frase de recuperação da carteira.
Os golpistas usaram um truque técnico para validar as palavras digitadas com base em uma lista de 2.048 termos padrão. Mesmo que o usuário digitasse algo incorreto, o site indicava que a frase estava inválida. Portanto, isso levava a pessoa a tentar novamente.
Por isso, os criminosos conseguiam reunir dados corretos pouco a pouco. Após capturarem a frase de recuperação, tinham acesso total à carteira.
A Ledger reconheceu que ataques desse tipo seguem sendo uma ameaça séria. Afinal, em um dos casos, um usuário perdeu 10 BTC, reforçando a necessidade de mais atenção e educação dos usuários.
Disclaimer: Coinspeaker está comprometido em fornecer reportagens imparciais e transparentes. Este artigo tem como objetivo fornecer informações precisas e oportunas. Mas não deve ser considerado como conselho financeiro ou de investimento. Como as condições do mercado podem mudar rapidamente, recomendamos que você verifique as informações por conta própria. E consulte um profissional antes de tomar qualquer decisão com base neste conteúdo.
Flavio Aguilar é jornalista e economista formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Atua há mais de 15 anos como repórter e editor em jornais e portais de notícias no Brasil. No momento, está cursando o mestrado em estudos literários da Universidade do Porto.
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