O Global Allocation Fund, um dos fundos multimercado mais tradicionais da Blackrock, aumentou em 38% suas posições em Bitcoin desde maio.
Agora a empresa detém o equivalente a 1 milhão de ações de ETFs de Bitcoin, avaliadas em mais de US$ 65 milhões.
O Bitcoin Hyper é uma Layer-2 de alta performance construída para dar ao Bitcoin a programabilidade que falta.
O movimento mais recente da BlackRock, a maior gestora de ativos do mundo, trouxe novo combustível para o mercado de criptomoedas. O Global Allocation Fund, um dos fundos multimercado mais tradicionais da casa, aumentou em 38% suas posições em Bitcoin desde maio.
Ou seja, agora a empresa detém o equivalente a 1 milhão de ações de ETFs de Bitcoin, avaliadas em mais de US$ 65 milhões. Para muitos, pode parecer apenas mais um número em meio à onda crescente de ETFs listados nos Estados Unidos. Mas, na prática, trata-se de um dos sinais mais claros até aqui de que a adoção institucional do Bitcoin deixou de ser narrativa para se tornar realidade concreta.
Ao aumentar agressivamente sua exposição em apenas alguns meses, a BlackRock envia duas mensagens ao mercado.
A primeira é que, mesmo em meio à volatilidade, o Bitcoin já é considerado ativo estratégico de alocação global. Não se trata mais de um experimento: é uma peça legítima de diversificação em carteiras que movimentam centenas de bilhões de dólares.
A segunda mensagem é ainda mais poderosa. Se a maior gestora do mundo enxerga espaço para aumentar sua posição em BTC, outros players institucionais tendem a seguir o mesmo caminho.
Esse tipo de movimento cria efeitos em cascata. Fundos de pensão, seguradoras, family offices e até bancos privados ao redor do mundo monitoram os passos da BlackRock como referência. Quando ela abre a porta, o mercado interpreta como sinal verde. É exatamente esse efeito manada institucional que muitos analistas acreditam que poderá empurrar o Bitcoin a novas máximas históricas nos próximos anos.
BlackRock e a era dos ETFs de Bitcoin
Os ETFs de Bitcoin foram o grande catalisador para que fundos como o Global Allocation pudessem aumentar sua exposição.
Ao oferecerem acesso regulado, com custódia institucional e transparência, esses produtos resolveram um dos maiores obstáculos que seguravam a entrada do dinheiro institucional: a falta de veículos adequados.
Nos Estados Unidos, o mercado de ETFs de cripto já movimenta dezenas de bilhões de dólares e deve crescer ainda mais à medida que reguladores consolidarem regras claras para as criptomoedas promissoras.
A BlackRock, que também é gestora de um dos maiores ETFs de Bitcoin do mundo, tem papel decisivo nesse processo. Seu envolvimento não apenas legitima o setor, mas também cria demanda constante por BTC físico, já que os fundos precisam comprar o ativo subjacente para lastrear suas cotas.
Esse fluxo institucional é fundamental porque introduz estabilidade de demanda em um ativo cuja oferta é rigidamente limitada.
Com o halving de 2024 já em vigor e a emissão de novos BTC reduzida, a pressão compradora de ETFs e fundos cria condições estruturais para que o preço do ativo se valorize ao longo do tempo.
O paradoxo do Bitcoin: reserva ou infraestrutura?
O fortalecimento institucional do Bitcoin, no entanto, traz um paradoxo. Quanto mais ele se consolida como reserva de valor global, um ‘ouro digital’, mais distante fica a visão de uma infraestrutura financeira programável.
Hoje, enquanto Ethereum, Solana e outras blockchains movimentam bilhões em contratos inteligentes e stablecoins, o Bitcoin ainda é pouco utilizado em aplicações além do simples ‘hold’.
É justamente essa lacuna que abre espaço para projetos como o Bitcoin Hyper (HYPER). Se a BlackRock e outros gigantes financeiros estão tornando o BTC um ativo institucional, a próxima fronteira é transformá-lo também em um ecossistema de utilidade prática.
O que é o Bitcoin Hyper
O Bitcoin Hyper é uma Layer-2 de alta performance construída para dar ao Bitcoin a programabilidade que falta. Inspirada na eficiência da Solana, mas ancorada na segurança do BTC, a rede Hyper busca desbloquear um universo de aplicações até então restrito a blockchains concorrentes.
Em apenas três meses, a pré-venda do projeto já captou US$ 18 milhões, consolidando-se como uma das mais bem-sucedidas de 2025. O token HYPER, vendido atualmente a cerca de US$ 0,012975, terá múltiplas funções: servir como gás da rede, ativo de staking para segurança e mecanismo de governança para definir o futuro do protocolo.
O coração da proposta está em sua ponte canônica de Bitcoin, que permitirá transferir BTC da cadeia principal para a Layer-2 do Hyper.
Uma vez dentro do ambiente Hyper, o ativo ganha programabilidade, podendo ser usado para emissão de stablecoins, contratos inteligentes, derivativos e soluções DeFi.
Para garantir a integridade, o sistema utiliza provas de conhecimento zero (zk-proofs), que ancoram todas as operações de volta à blockchain do Bitcoin.
Arquitetura moderna e experiência de desenvolvedores
O Bitcoin Hyper diferencia-se de outros experimentos ao adotar a Solana Virtual Machine (SVM) como base de execução. Isso significa que as transações na rede Hyper serão processadas em paralelo, com taxas baixíssimas e confirmações em frações de segundo. Ou seja, estamos diante de algo impensável no Bitcoin em sua camada principal.
Para os desenvolvedores, o ecossistema oferece suporte a Rust e frameworks como Anchor, já familiares para quem constrói em Solana. Essa compatibilidade deve facilitar a migração de projetos e acelerar a criação de dApps na Hyper, tornando-a um hub vibrante de inovação dentro do universo Bitcoin.
Portanto, apesar dos termos técnicos, a promessa é simples. O projeto visa dar ao Bitcoin as mesmas capacidades de Ethereum e Solana. Mas com a vantagem única de estar ancorado na rede mais segura e descentralizada do mundo.
Disclaimer: Coinspeaker está comprometido em fornecer reportagens imparciais e transparentes. Este artigo tem como objetivo fornecer informações precisas e oportunas. Mas não deve ser considerado como conselho financeiro ou de investimento. Como as condições do mercado podem mudar rapidamente, recomendamos que você verifique as informações por conta própria. E consulte um profissional antes de tomar qualquer decisão com base neste conteúdo.
Leonardo Cavalcanti é jornalista especializado em criptomoedas, blockchain e finanças digitais. Além de tocar projetos próprios como o podcast BlockHistory. Também trabalha em desenvolvimento de negócios no ecossistema cripto como parceiro comercial Azify, com foco em parcerias estratégicas, tokenização e soluções de infraestrutura financeira.
We use cookies to ensure that we give you the best experience on our website. If you continue to use this site we will assume that you are happy with it.Ok