China proíbe criptomoedas? Entenda o rumor que circula na internet

Um boato tomou conta da internet nos últimos dias, afirmando que uma nova lei na China proíbe criptomoedas em carteiras no país.

Flavio Aguilar By Flavio Aguilar Marta Stephens Editor Marta Stephens Atualizado em 3 mins read
China proíbe criptomoedas? Entenda o rumor que circula na internet

Resumo da notícia:

  • Segundo boato que circula em redes sociais, a China proibiu que seus cidadãos mantenham criptoativos em carteiras.
  • A informação não foi confirmada oficialmente.
  • O país já proíbe a negociação e a mineração de criptomoedas.

Um boato tomou conta da internet nos últimos dias, afirmando que uma nova lei na China proíbe criptomoedas em carteiras no país.

Até agora, a informação não foi confirmada. No entanto, em redes sociais como o X, muitos perfis passaram a notícia adiante.

O rumor pode ter contribuído para uma queda no valor do Bitcoin e de outras criptos no fim de semana.

Rumor diz que agora a China proíbe criptomoedas em carteiras

O boato circula na internet desde a última sexta-feira (30/5). Segundo diversos perfis em redes sociais, agora a China proíbe criptomoedas em carteiras de seus cidadãos.

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Até mesmo a Binance divulgou uma publicação no Square que traz essa notícia como ‘breaking news’. No entanto, o perfil responsável pela informação, @josemindiola, não cita qualquer fonte:

No domingo (1/6), o Binance Square voltou a repercutir a história, com uma publicação de outro perfil:

Além disso, no X, muitos perfis replicaram a informação. Mas a própria comunidade cripto hesitou em embarcar no boato. Afinal, já havia forte desconfiança de que se tratava de mais um caso de fake news.

Com isso, aumentaram as dúvidas em relação à direção do preço do Bitcoin em junho.

China já proíbe negociação e mineração de criptomoedas

Portanto, não há qualquer confirmação oficial ou de fontes confiáveis a respeito de um possível banimento de carteiras cripto no país.

Por outro lado, a China proíbe criptomoedas em outras instâncias há alguns anos.

Por exemplo, em 2013, o país barrou as transações com criptos em instituições financeiras do país. Em 2017, iniciou uma onda de repressão a corretoras. Já em maio de 2021, proibiu a mineração de criptomoedas.

Por fim, em setembro de 2021, a China declarou a ilegalidade de todas as transações envolvendo criptomoedas, incluindo serviços de plataformas estrangeiras a residentes chineses.

Apesar disso, não há uma proibição específica à posse de Bitcoin e outras moedas em carteiras — pelo menos, enquanto o rumor atual não for confirmado.

Maior impacto nos últimos dias vem de guerra tarifária

Durante o fim de semana, o Bitcoin e outros criptoativos tiveram uma forte queda. E isso acabou fortalecendo a narrativa em relação a um possível banimento de carteiras pela China.

No entanto, o movimento de desvalorização do mercado cripto antecede o surgimento desse boato. Por exemplo, o BTC já vinha em queda desde o dia 27 de maio, assim como o XRP e outras altcoins.

O principal fator por trás da descida de preço dos criptoativos nos últimos dias é a guerra tarifária. Ela ganhou força novamente depois que um tribunal dos EUA derrubou uma decisão anterior, que barrava o ‘tarifaço’ de Donald Trump.

A vitória de Trump na justiça acabou reavivando os temores de uma escalada na crise comercial, com potencial efeito sobre a inflação nos EUA e em outros países. Essa percepção reduz o apetite por ativos de risco, como as criptomoedas.

Disclaimer: Coinspeaker está comprometido em fornecer reportagens imparciais e transparentes. Este artigo tem como objetivo fornecer informações precisas e oportunas. Mas não deve ser considerado como conselho financeiro ou de investimento. Como as condições do mercado podem mudar rapidamente, recomendamos que você verifique as informações por conta própria. E consulte um profissional antes de tomar qualquer decisão com base neste conteúdo.

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Flavio Aguilar

Flavio Aguilar é jornalista e economista formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Atua há mais de 15 anos como repórter e editor em jornais e portais de notícias no Brasil. No momento, está cursando o mestrado em estudos literários da Universidade do Porto.