JP Morgan leva ações da Méliuz para os EUA

A fintech, conhecida como a primeira Bitcoin Treasury Company do Brasil, agora terá suas ações listadas no OTCQX Markets.

Flavio Aguilar By Flavio Aguilar Atualizado em 3 mins read
JP Morgan leva ações da Méliuz para os EUA

Resumo da notícia

  • A JP Morgan começou a negociar ADRs da Méliuz nos EUA, sob o ticker MLIZY.
  • Com isso, a fintech brasileira reforça sua estratégia em Bitcoin, acumulando 595.7 BTC.
  • A empresa registrou um lucro recorde no 2º trimestre de 2025 e anunciou novos produtos cripto.

O JP Morgan anunciou que vai negociar American Depositary Receipts (ADRs) da Méliuz S.A. no mercado norte-americano.

A fintech, conhecida como a primeira Bitcoin Treasury Company do Brasil, agora terá suas ações listadas no OTCQX Markets, que reúne empresas com altos padrões de governança e compliance.

Cada recibo negociado nos EUA, sob o ticker MLIZY, representará duas ações da companhia listadas na B3 como CASH3. Portanto, os investidores americanos poderão acessar os papéis diretamente em dólares, com liquidação e entrega de acordo com as normas locais.

Estratégia em BTC da Méliuz ganha alcance internacional

A entrada nos EUA fortalece a estratégia em Bitcoin da Méliuz. Atualmente, a empresa detém 595.7 BTC. Com isso, ocupa a 47ª posição entre as maiores tesourarias corporativas não mineradoras do mundo, segundo o BitcoinTreasuries.Net.

Mesmo com o anúncio, as ações CASH3 recuaram mais de 12% nos últimos cinco dias, segundo o TradingView.

No entanto, o CEO Gabriel Loures afirmou que a iniciativa amplia a visibilidade internacional sem diluir os acionistas. Afinal, não houve emissão de novas ações. Aliás, ele comparou o movimento ao de outras referências globais em tesouraria de Bitcoin, como a MicroStrategy.

Até o momento, não há informações sobre possíveis investimentos da Méliuz em outras criptomoedas promissoras.

Em junho, a empresa já havia se consolidado como a maior detentora de BTC da América Latina.

Resultados financeiros e próximos passos

No segundo trimestre de 2025, a Méliuz registrou um lucro líquido recorde de R$ 7,6 milhões, revertendo o prejuízo de 2024. O EBITDA consolidado chegou a R$ 12 milhões, uma alta de 118% em relação ao ano anterior. Além disso, a receita líquida foi de R$ 97,8 milhões, o melhor resultado histórico da companhia.

Além disso, a valorização da carteira de Bitcoin acrescentou R$ 30 milhões ao patrimônio. Já o Bitcoin Yield da companhia atingiu 908%. Portanto, a quantidade de BTC a cada mil ações cresceu mais de nove vezes desde o início da estratégia.

Também estão em andamento novos produtos ligados ao setor cripto. Entre eles, o Criptoback, que oferecerá cashback em Bitcoin, além de uma plataforma para compra e venda da moeda digital.

Por fim, a contratação de Mason Foard como diretor da Estratégia Bitcoin nos EUA demonstra os planos da Méliuz de expansão global.

De acordo com Diego Kolling, head da Estratégia Bitcoin no Brasil, a tendência é clara:

No futuro, todas as empresas terão Bitcoin em seu tesouro.

Disclaimer: Coinspeaker está comprometido em fornecer reportagens imparciais e transparentes. Este artigo tem como objetivo fornecer informações precisas e oportunas. Mas não deve ser considerado como conselho financeiro ou de investimento. Como as condições do mercado podem mudar rapidamente, recomendamos que você verifique as informações por conta própria. E consulte um profissional antes de tomar qualquer decisão com base neste conteúdo.

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Flavio Aguilar

Flavio Aguilar é jornalista e economista formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Atua há mais de 15 anos como repórter e editor em jornais e portais de notícias no Brasil. No momento, está cursando o mestrado em estudos literários da Universidade do Porto.