Michael Saylor chama prova de reservas de ‘má ideia’ e gera debate

Michael Saylor falou que a prova de reservas é uma medida arriscada, pois pode comprometer a segurança em vez de garantir a transparência.

Flavio Aguilar By Flavio Aguilar Marta Stephens Editor Marta Stephens Atualizado em 3 mins read
Michael Saylor chama prova de reservas de ‘má ideia’ e gera debate

Resumo desta notícia:

  • Saylor acredita que a prova de reservas gera ameaças à segurança das empresas.
  • Ele citou os colapsos da FTX e da Mt.Gox como exemplos dos riscos para o setor.
  • O investimento em Bitcoin da Strategy subiu para US$ 63,8 bilhões em valor, com US$ 23 bilhões em ganhos não realizados.

Michael Saylor, defensor do Bitcoin (BTC) e cofundador da Strategy, disse que a prova de reservas (PoR) é arriscada. E, com isso, acabou gerando um novo debate na comunidade cripto.

Em entrevista recente, Saylor argumentou que a publicação de dados de reservas on-chain pode causar mais danos do que benefícios.

 

Saylor acredita que existem sérias vulnerabilidades de segurança associadas às divulgações de PoR. Afinal, a divulgação de carteiras de reserva levaria à potencial exploração por criminosos e compromete a segurança de emissores, corretoras, custodiantes e até mesmo investidores de varejo.

Saylor vê riscos de segurança em relação à transparência

Segundo o cofundador da Strategy, os métodos atuais de publicação de provas de reservas expõem informações demais. Portanto, ele explicou que a divulgação pública de endereços de carteiras permite o rastreamento malicioso de movimentações de fundos. Além disso, aumentaria a superfície de ataque para hackers e fraudadores.

Por exemplo, Saylor citou casos como os da FTX e da Mt. Gox. Também disse que a indústria deveria aprender com os erros do passado ao procurar as melhores criptomoedas para investir.

Afinal, na sua visão, os riscos vão muito além do que a maioria das pessoas imagina. E seriam maiores no caso de grandes detentores, como a Strategy.

A Strategy adquiriu recentemente mais 4.020 BTC por cerca de US$ 427 milhões. A empresa agora detém 580.250 BTC, o que representa cerca de 2,76% do estoque total de Bitcoin.

Até o momento, a Strategy investiu cerca de US$ 40,6 bilhões em sua estratégia de Bitcoin. Levando em conta o preço atual do Bitcoin, de cerca de US$ 109.500, os ativos da empresa agora valem cerca de US$ 63,8 bilhões. Portanto, há ganhos não realizados de mais de US$ 23 bilhões.

Aliás, outras empresas vêm seguindo o mesmo caminho, como é o caso da DigiAsia e da Metaplanet.

Comunidade cripto reage

A comunidade cripto apoia Saylor por suas opiniões favoráveis ​​ao Bitcoin. No entanto, seus comentários mais recentes geraram críticas.

O especialista em criptomoedas Toby Cunningham questionou por que alguém tão profundamente ligado à indústria de criptomoedas rejeitaria mecanismos de verificação sem necessidade de confiança.

Até mesmo a ferramenta Grok, da xAI, se manifestou.

Segundo a IA do X, Saylor levanta preocupações legítimas de segurança. No entanto, afirmou também que métodos modernos de PoR, como as auditorias do tipo Merkle visam justamente abordar essas questões.

Apesar dos comentários de Saylor, o setor cripto em geral ainda se inclina a tornar o PoR uma prática padrão.

Disclaimer: Coinspeaker está comprometido em fornecer reportagens imparciais e transparentes. Este artigo tem como objetivo fornecer informações precisas e oportunas. Mas não deve ser considerado como conselho financeiro ou de investimento. Como as condições do mercado podem mudar rapidamente, recomendamos que você verifique as informações por conta própria. E consulte um profissional antes de tomar qualquer decisão com base neste conteúdo.

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Flavio Aguilar

Flavio Aguilar é jornalista e economista formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Atua há mais de 15 anos como repórter e editor em jornais e portais de notícias no Brasil. No momento, está cursando o mestrado em estudos literários da Universidade do Porto.