A decisão de encerrar a força-tarefa foi oficializada no dia 19/05, por meio de um decreto assinado por Milei e pelo ministro da Justiça, Mariano Cúneo Libarona.
O encerramento ocorreu sem divulgação pública dos resultados da investigação do caso Libra. O que vem gerando críticas da oposição.
Dados de blockchain indicam que mais de 15.000 carteiras sofreram perdas superiores a US$ 1.000. Os prejuízos chegaram a aproximadamente US$ 251 milhões.
O presidente da Argentina, Javier Milei, encerrou a força-tarefa criada por seu próprio governo para investigar o colapso da memecoin Libra, promovida por ele em fevereiro.
A decisão foi oficializada no dia 19 de maio, por meio de um decreto assinado por Milei e pelo ministro da Justiça, Mariano Cúneo Libarona.
O encerramento ocorreu sem divulgação pública dos resultados da investigação. Por isso, vem gerando críticas da oposição e de setores da sociedade civil.
Governo não deu detalhes sobre encerramento da força-tarefa
O governo alega que a força-tarefa já cumpriu seu mandato, mesmo sem fornecer detalhes sobre as conclusões alcançadas.
A comissão nasceu dias após o escândalo do token $Libra estourar. Em fevereiro, Milei promoveu a nova criptomoeda em suas redes sociais, o que levou à valorização repentina. No entanto, ele removeu o post do X horas depois, provocando um colapso no valor do ativo.
Investidores alegam que a atuação do presidente argentino contribuiu para perdas significativas.
A divulgação da moeda por Milei resultou em uma valorização de quase US$ 5 bilhões antes que ela despencasse. Portanto, caracteriza um possível esquema de pump and dump.
Dados de blockchain indicam que mais de 15.000 carteiras sofreram perdas superiores a US$ 1.000. Os prejuízos chegaram a aproximadamente US$ 251 milhões.
Ele minimizou o impacto, alegando que ‘no máximo’ 5 mil pessoas se prejudicaram, majoritariamente estrangeiros. Mas a afirmação contrasta com os dados que apontam um número significativamente maior de vítimas.
Caso Libra segue na justiça argentina
A oposição ao governo argentino questiona a decisão de encerrar a força-tarefa sem apresentar resultados concretos.
Além disso, o encerramento da força-tarefa pelo Executivo não impede que as investigações legislativas e judiciais prossigam.
A justiça argentina continua investigando o presidente, sua irmã Karina Milei e outros associados por possível fraude e manipulação de mercado.
A promotoria argentina solicitou informações ao Banco Central sobre as contas bancárias de Milei e dos demais envolvidos. A juíza María Servini ordenou a apreensão de bens dos suspeitos, incluindo familiares de operadores financeiros que teriam participado do esquema.
Também há investigações em andamento nos Estados Unidos sobre o caso.
O caso Libra continua sendo um dos maiores escândalos políticos e financeiros do governo Milei. No entanto, ainda é incerto o potencial que tem para afetar sua credibilidade e estabilidade política.
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Flavio Aguilar é jornalista e economista formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Atua há mais de 15 anos como repórter e editor em jornais e portais de notícias no Brasil. No momento, está cursando o mestrado em estudos literários da Universidade do Porto.
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