Nubank aumenta taxas sobre compras de criptomoedas e culpa IOF
Em um comunicado oficial, a fintech alega que a mudança se deve às recentes alterações no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) pelo governo brasileiro.
O Nubank elevou as taxas sobre compra e venda de criptomoedas em seu aplicativo devido ao recente aumento do IOF pelo governo.
As transações entre criptomoedas permanecem com taxas zeradas.
IOF mais alto também impactou outros produtos do Nubank.
O Nubank anunciou um aumento nas taxas para transações com criptomoedas. Em um comunicado oficial, a fintech alega que a mudança se deve às recentes alterações no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) pelo governo brasileiro.
A nova alíquota de IOF, de 3,5% sobre operações de câmbio, impacta diretamente transações que envolvem conversão de reais para moedas estrangeiras.
Portanto, seria o caso das compras de criptomoedas no Nubank. Afinal, acredita-se que muitas das transações do banco nesse caso se deem em mercados internacionais.
Taxas do Nubank variam conforme o volume de transações
Atualmente, o Nubank lista 29 criptomoedas. Por exemplo, oferece negociação de Bitcoin (BTC) e Ethereum (ETH), além de diversas outras altcoins. As opções são atualizadas constantemente com a inclusão de novas criptomoedas.
As taxas sobre transações cripto no Nubank variam de acordo com o volume de transações dos clientes. Portanto, quanto maior o nível de atividade, menores são as cobranças por parte do banco.
Veja como mudaram as taxas:
Transações de mais R$ 10 mil nos últimos 45 dias: de 0,2% para 0,6%;
Transações entre R$ 2 mil e R$ 9.999 nos últimos 45 dias: de 0,4% para 0,8%;
Transações entre R$ 100 e R$ 1.999 nos últimos 45 dias: de 0,6% para 1%;
Transações de até R$ 99 nos últimos 45 dias: de 0,8% para 1,2%.
Por outro lado, as trocas de criptoativos permanecem com taxas zeradas. Ou seja, a cobrança só ocorre quando há conversão entre uma moeda fiat e uma criptomoeda.
A cobrança de IOF não tem relação direta com as transações dos usuários. No entanto, o Nubank pode estar buscando compensar o aumento de seus custos para importar criptoativos de empresas no exterior.
Aumento das taxas gera reação da comunidade cripto
As taxas mais altas cobradas pelo Nubank não foram bem recebidas. No X, as publicações dos usuários se dividem entre críticas ao banco e ao governo federal. No entanto, em muitos casos, ambos se tornaram alvo.
O usuário @gauchoinvestido, por exemplo, viu na mudança uma oportunidade de recomendar a seus seguidores que evitem bancos tradicionais.
NUBANK AUMENTA SUAS TAXAS PARA CRIPTOMOEDAS POR CONTA DO IOF
Pense 10 vezes antes de comprar criptomoedas dentro de um banco tradicional no Brasil, do dia pra noite as regras podem mudar. pic.twitter.com/Lc2kDZ15jj
Já o perfil @Corra1S focou no governo, mas não deixou de criticar os banqueiros.
recebi um email da nubank com essa tabela .. haddad realmente tah sendo um bom paulo guedes … que taxacao eh esse ??! iof pra custear festa de gastos publicos e banqueiros … namoral pic.twitter.com/VQ0XMU5zHY
O governo sofreu críticas logo após o anúncio do aumento do IOF, que ocorreu na última quinta-feira (22/5). Por isso, acabou voltando atrás da cobrança em alguns casos.
Por exemplo, a taxa voltou ao patamar anterior, de 1,1%, para remessas com fim de investimento no exterior. Além disso, ela permaneceu zerada para investimentos de fundos nacionais no exterior.
No entanto, o governo manteve a tarifa para a maioria dos cenários. Por exemplo, ela passou para 3,5% no caso de remessas normais para o exterior. Também subiu para esse valor no caso de outras operações de câmbio e moeda em espécie.
Disclaimer: Coinspeaker está comprometido em fornecer reportagens imparciais e transparentes. Este artigo tem como objetivo fornecer informações precisas e oportunas. Mas não deve ser considerado como conselho financeiro ou de investimento. Como as condições do mercado podem mudar rapidamente, recomendamos que você verifique as informações por conta própria. E consulte um profissional antes de tomar qualquer decisão com base neste conteúdo.
Flavio Aguilar é jornalista e economista formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Atua há mais de 15 anos como repórter e editor em jornais e portais de notícias no Brasil. No momento, está cursando o mestrado em estudos literários da Universidade do Porto.
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