Operação desmantela golpe envolvendo carros de luxo e Bitcoin

Os valores eram imediatamente convertidos em Bitcoin e pulverizados em diversas carteiras cripto.

Flavio Aguilar By Flavio Aguilar Atualizado em 2 mins read
Operação desmantela golpe envolvendo carros de luxo e Bitcoin

Resumo da notícia

  • A Polícia bloqueou 5,845 BTC, equivalentes a R$ 2.800.000.
  • Quadrilha simulava venda de carros de luxo e lavava valores em cripto.
  • Operação contou com MJSP, Polícia Civil de GO e Polícia Civil de SP.

O Ministério da Justiça e Segurança Pública deflagrou a Operação Cripto Car, que bloqueou 5,845 BTC — cerca de R$ 2.800.000 na cotação de R$ 492.000 por Bitcoin (BTC).

A ação contou com a participação da Polícia Civil de Goiás e da Polícia Civil de São Paulo. Os investigadores afirmam que o grupo atuava de forma interestadual, usando engenharia social sofisticada para enganar compradores de veículos de luxo.

Golpe usava anúncios falsos e lavagem em Bitcoin

O caso que iniciou a investigação envolveu a venda de uma Mercedes CLA45 AMG por meio de um anúncio em uma plataforma digital.

A vítima perdeu R$ 530.000 após acreditar que negociava com uma concessionária legítima. Afinal, o grupo usava documentos adulterados, identidades falsas e números com DDDs locais para passar credibilidade.

Em seguida, os golpistas levavam as vítimas a transferir dinheiro para empresas intermediárias vinculadas a corretoras de cripto. Então, os valores eram imediatamente convertidos em Bitcoin e pulverizados em diversas carteiras cripto.

Criminosos movimentaram cifras milionárias

A operação cumpriu 26 medidas cautelares. Isso inclui dez prisões temporárias e 16 mandados de busca e apreensão em Guarujá, Mauá, Santo André e São Paulo.

Os agentes rastrearam as operações financeiras com apoio do Laboratório de Tecnologia contra Lavagem de Dinheiro (LAB-LD/PCGO). As autoridades identificaram uma movimentação total de R$ 56,9 milhões em apenas seis meses em uma das empresas ligadas ao esquema.

O grupo criava contas fraudulentas em exchanges, usando documentos manipulados das próprias vítimas para burlar verificações de identidade. Então, conseguia lavar grandes valores sem levantar dúvidas.

Os alvos da operação agora poderão responder por estelionato eletrônico, associação criminosa e lavagem de capitais. Aliás, as penas podem ultrapassar 21 anos, além de multas, segundo o governo.

A operação reforça a necessidade de mais rigor no combate a golpes que utilizam Bitcoin e outros criptoativos como ferramenta de ocultação de valores.

Disclaimer: Coinspeaker está comprometido em fornecer reportagens imparciais e transparentes. Este artigo tem como objetivo fornecer informações precisas e oportunas. Mas não deve ser considerado como conselho financeiro ou de investimento. Como as condições do mercado podem mudar rapidamente, recomendamos que você verifique as informações por conta própria. E consulte um profissional antes de tomar qualquer decisão com base neste conteúdo.

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Flavio Aguilar

Flavio Aguilar é jornalista e economista formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Atua há mais de 15 anos como repórter e editor em jornais e portais de notícias no Brasil. No momento, está cursando o mestrado em estudos literários da Universidade do Porto.