SEC aprova primeiro ETF de criptomoedas multiativos nos EUA

O fundo seguirá o CoinDesk 5 Index, que tem domínio de Bitcoin (80,20%) e Ethereum (11,39%).

Flavio Aguilar By Flavio Aguilar Marta Stephens Editor Marta Stephens Atualizado em 3 mins read
SEC aprova primeiro ETF de criptomoedas multiativos nos EUA

Resumo da notícia:

  • A SEC aprovou um ETF multicripto que segue o índice CoinDesk 5.
  • O Bitcoin domina a alocação do novo fundo, com 80,20%.
  • XRP, Solana e Cardano entram no mundo dos ETFs à vista nos EUA graças ao novo produto da Grayscale.

A Comissão de Valores Mobiliários (SEC) aprovou nesta terça-feira (1/7) uma mudança que promete mexer com o mercado cripto. Afinal, permitiu a negociação do Grayscale Digital Large Cap Fund como um ETF de criptomoedas na NYSE Arca.

Essa é a primeira aprovação de um ETF de múltiplos criptoativos nos Estados Unidos. Portanto, indica uma maior aceitação de cestas de ativos digitais no mercado americano.

O fundo seguirá o CoinDesk 5 Index, que tem domínio de Bitcoin (80,20%) e Ethereum (11,39%). No entanto, XRP (4,82%), Solana (2,78%) e Cardano (0,81%) são as grandes novidades.

As novas diretrizes exigem que pelo menos 85% seja de ativos já aprovados em outros produtos negociados em bolsa.

SEC atualiza regras para permitir carteiras baseadas em índice

Para viabilizar essa conversão, a SEC alterou a regra 8.500-E. Agora, ela aceita que cotas emitidas por sociedades de responsabilidade limitada sejam listadas. Também informou que investimentos de fundo podem incluir carteiras baseadas em índice.

Isso permite que o ETF de criptomoedas da Grayscale opere em um ambiente com regulação. Portanto, pessoas físicas e empresas terão acesso às melhores criptomoedas para investir sem passar pelas corretoras tradicionais.

O fundo já estava disponível no mercado de balcão sob o código GDLC. No entanto, agora vai passar por uma transição para a negociação em bolsa. Então, haverá a criação e resgate de cotas em tempo real.

Atualmente, há uma grande expectativa nos EUA sobre a possibilidade de aprovação de um ETF de Solana pela SEC.

XRP, SOL e ADA são novidade em ETF de criptomoedas

A aprovação do novo ETF multicripto é relevante porque combina XRP, Solana e Cardano pela primeira vez.

Ou seja, pode influenciar futuras decisões sobre propostas semelhantes da Bitwise e da Hashdex. As duas sugeriram produtos com índices mais amplos.

O portfólio do ETF segue tendo o domínio de Bitcoin e Ethereum. Mas a entrada de outros ativos de grande capitalização mostra um avanço regulatório importante. Também sinaliza uma mudança na forma como a SEC classifica ativos digitais.

B3 já oferece diversos ETFs multicripto

No Brasil, já existem diversos ETFs multicripto disponíveis na B3. Portanto, os investidores podem ganhar exposição aos principais ativos digitais sem a necessidade de uma carteira cripto.

Um exemplo é o Hashdex Nasdaq Crypto Index (HASH11), que replica o índice de criptomoedas da Nasdaq. Ele se baseia em uma cesta diversificada, incluindo Bitcoin, Ethereum, Litecoin e Chainlink.

Mas há outros casos. Por exemplo, o CRPT11 segue as 20 principais criptomoedas, enquanto o NFTS11 se concentra em tokens de mídia e metaverso. Também há o QDFI11, que espelha um índice DeFi com protocolos como Uniswap, Aave e Maker. 

Por fim, há o caso do Hashdex Web3 Platforms (WEB311). Ele foca em tokens de plataformas de contratos inteligentes, como Ethereum, Solana, Cardano e Polkadot. Esses produtos acabam atendendo a quem busca diversificação dentro do universo cripto, indo além do Bitcoin e Ethereum.

Disclaimer: Coinspeaker está comprometido em fornecer reportagens imparciais e transparentes. Este artigo tem como objetivo fornecer informações precisas e oportunas. Mas não deve ser considerado como conselho financeiro ou de investimento. Como as condições do mercado podem mudar rapidamente, recomendamos que você verifique as informações por conta própria. E consulte um profissional antes de tomar qualquer decisão com base neste conteúdo.

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Flavio Aguilar

Flavio Aguilar é jornalista e economista formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Atua há mais de 15 anos como repórter e editor em jornais e portais de notícias no Brasil. No momento, está cursando o mestrado em estudos literários da Universidade do Porto.