O BTC ainda enfrenta uma resistência forte, em US$ 115 mil.
By Flavio Aguilar
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Na última semana, o Bitcoin (BTC) enfrentou momentos de instabilidade. Afinal, a criptomoeda caiu para a faixa dos US$ 112 mil. Em seguida, se recuperou, mas ainda busca romper o nível de US$ 115 mil.
Além disso, as liquidações no mercado de criptoativos ultrapassaram US$ 1 bilhão na última sexta-feira, um reflexo da recente volatilidade.
O BTC ainda enfrenta uma resistência forte, em US$ 115 mil. Mesmo assim, traders de opções continuam otimistas e aguardam um rompimento consistente. Analistas da QCP Capital mantém uma visão cautelosamente positiva sobre o cenário atual.
Analistas da QCP Capital destacaram que o fechamento mensal de julho marcou uma máxima histórica para o Bitcoin. Eles interpretam a queda atual como uma correção natural, e não como sinal de colapso do mercado.
Afinal, correções semelhantes no passado antecederam fases de nova acumulação. Isso ocorre, segundo eles, especialmente como um reflexo do excesso de alavancagem.
Também é importante notar que fatores macroeconômicos e estruturais estão melhorando. Entre eles, há uma maior adoção de stablecoins, avanços regulatórios e maior interesse institucional na tokenização de ativos. As novas criptomoedas também seguem atraindo investidores.
No mercado de opções, o sentimento é de oportunidade. Há forte demanda por calls de BTC com vencimento em 29 de agosto de 2025, nos preços de US$ 118 mil, US$ 124 mil e US$ 126 mil. Isso reforça a expectativa de novos recordes de preço para o ativo.
A QCP observou que o viés de puts de curto prazo segue elevado. No entanto, os níveis ainda não indicam pânico. Esse cenário pode se normalizar se o BTC voltar a superar os US$ 115 mil.
Não à toa, os analistas não desanimaram com a correção recente.
Além disso, o fluxo de ETFs será um sinal importante nas próximas semanas. Se os aportes voltarem a crescer e a volatilidade seguir em queda, pode ganhar força a tese de ‘comprar na baixa’.
A recente queda nas criptomoedas ocorre em meio à desconfiança, também, nos mercados tradicionais, com aumento da aversão ao risco. Esse movimento foi impulsionado por dados fracos sobre o emprego nos EUA e novas tensões comerciais.
Por exemplo, a revisão nos dados de emprego cortou 250 mil vagas dos números de maio e junho. Isso reforça a ideia de um mercado de trabalho mais fraco que o esperado.
Em seguida, o relatório de julho trouxe números abaixo do previsto, confirmando essa tendência.
Por outro lado, segundo a ferramenta CME FedWatch, a expectativa de corte nos juros pelo Fed em setembro subiu para mais de 80%. Na semana anterior, essa probabilidade era de apenas 39%.
Isso sugere que o presidente do Fed, Jerome Powell, pode adotar medidas de flexibilização monetária. A injeção de liquidez poderia beneficiar os mercados, incluindo o de criptomoedas.
Apesar disso, os embates recentes entre Powell e o presidente dos EUA, Donald Trump, reforçam a necessidade de cautela. Afinal, mesmo com a pressão de Trump por um corte nos juros, o presidente do Fed pode manter a taxa atual em um cenário de pessimismo com a inflação.
Disclaimer: Coinspeaker está comprometido em fornecer reportagens imparciais e transparentes. Este artigo tem como objetivo fornecer informações precisas e oportunas. Mas não deve ser considerado como conselho financeiro ou de investimento. Como as condições do mercado podem mudar rapidamente, recomendamos que você verifique as informações por conta própria. E consulte um profissional antes de tomar qualquer decisão com base neste conteúdo.
Flavio Aguilar é jornalista e economista formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Atua há mais de 15 anos como repórter e editor em jornais e portais de notícias no Brasil. No momento, está cursando o mestrado em estudos literários da Universidade do Porto.
