Flavio Aguilar é jornalista e economista formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Atua há mais de 15 anos como repórter e editor em jornais e portais de notícias no Brasil. No momento, está cursando o mestrado em estudos literários da Universidade do Porto.
Resumo da notícia:
- A B3 vai lançar contratos futuros de ETH e Solana no dia 16 de junho
- A bolsa brasileira estuda produtos semelhantes para outros criptoativos de destaque.
- Futuros de BTC da B3 atingiram R$ 2 trilhões em negociação em um ano.
A B3 anunciou o lançamento de contratos futuros de Ethereum (ETH) e Solana (SOL). Ambos estarão disponíveis a partir do dia 16 de junho, ampliando os produtos de criptoativos da bolsa de valores brasileira.
Além disso, a B3 estuda a criação de contratos futuros de outras moedas. No entanto, não há confirmação sobre os ativos que seriam contemplados nesse caso.
Em entrevista ao portal InfoMoney, Felipe Gonçalves, head de produtos da B3, previu novidades para 2026:
Já estamos avaliando o que podemos lançar além de Ethereum e Solana, provavelmente no ano que vem, talvez um top 5 ou top 10 de criptoativos mais negociados no mundo.
Considerando os 5 ou 10 criptoativos de maior capitalização atualmente, candidatos claros incluem XRP, BNB e DOGE.
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Contratos futuros de Bitcoin da B3 têm desempenho surpreendente
Uma razão para a B3 dar esses novos passos no mercado cripto é o desempenho de seus contratos futuros de Bitcoin (BITFUT). Afinal, em um ano, o produto superou R$ 2 trilhões em volume de negociação.
Por isso, segundo Gonçalves, futuros de ETH e SOL se tornaram um passo além nesse mercado:
Já estamos em um estágio bem interessante, até aqui, da negociação dos contratos de Bitcoin e fazia todo sentido olharmos também para Ethereum e Solana.
O executivo destacou que o aumento do portfólio cripto deve seguir uma abordagem ‘gradualista’. Afinal, isso permitirá uma avaliação do comportamento dos consumidores e do desempenho dos produtos antes de novos lançamentos.
Além dos derivativos com negociação no mercado futuro, a bolsa brasileiro oferece diversos ETFs de criptomoedas. Por exemplo, entre eles, estão opções como HASH11, BITH11, QBTC11 e ETHE11.
Os ETFs de Bitcoin vêm atraindo um grande volume de investimentos nos EUA. No Brasil, a atividade nesse tipo de fundo ainda é relativamente tímida.
Contratos em dólar seguirão padrão internacional
Os contratos recém-anunciados pela B3 devem ter seu valor de referência em dólar. Portanto, serão diferentes do BITFUT nesse sentido — os futuros de BTC são em reais.
De acordo com Gonçalves, essa mudança segue a tendência de padronização do mercado internacional:
A referência de preço de todos os criptoativos é em dólar hoje, então trazer a referência de preço também em dólar para o produto pode facilitar para os clientes.
Aliás, a B3 estuda colocar os futuros de BTC e outros que venham a surgir também em dólar. Tudo dependerá do desempenho e adesão por parte dos investidores ao novo formato. Afinal, segundo o head de produtos da B3, ‘pode ser que faça mais sentido deixar tudo em dólar mesmo’.
Os tamanhos dos novos contratos futuros seguirão uma exposição média de cerca de US$ 1.000. Por isso, um contrato de Ethereum representará 0,25 ETH, enquanto um de Solana expressará 5 SOL. Já as margens de garantia serão de R$ 40 nos futuros de ETH e R$ 60 nos de SOL.
Disclaimer: Coinspeaker está comprometido em fornecer reportagens imparciais e transparentes. Este artigo tem como objetivo fornecer informações precisas e oportunas. Mas não deve ser considerado como conselho financeiro ou de investimento. Como as condições do mercado podem mudar rapidamente, recomendamos que você verifique as informações por conta própria. E consulte um profissional antes de tomar qualquer decisão com base neste conteúdo.