O Bitcoin valorizou cerca de 5% no fim de semana, sendo cotado próximo de US$ 115.000 na segunda-feira (27/10).
O m ercado reage a sinais de fim do aperto quantitativo (QT), corte de juros e injeção de US$ 1,5 trilhão em liquidez global.
Expectativas de um acordo comercial entre EUA e China reduziram a aversão ao risco e impulsionaram bolsas asiáticas e ativos digitais.
André Franco, CEO da Boost Research, afirma que o ambiente de liquidez e dólar mais fraco favorecem o apetite por ativos de risco, com BTC mirando US$ 118.000–119.000, desde que o otimismo se mantenha.
O Bitcoin vem reagindo com força nos últimos dias, refletindo um conjunto de fatores macroeconômicos e geopolíticos que reforçam o apetite por ativos de risco. Segundo analistas, a expectativa é de alta.
Entre os gatilhos que apontaram estão o fim do programa de aperto monetário e do corte da taxa de juros nos EUA, a impressão de 1,5 trilhão de dólares em liquidez, um possível acordo entre os Estados Unidos e a China, além dos resultados de empresas como Apple e Amazon.
O CEO da Boost Research, André Franco, reforça essa leitura ao indicar que o avanço da moeda digital está sendo impulsionado por um ambiente de liquidez crescente, aliado ao otimismo quanto a um acordo comercial entre EUA e China.
Franco diz que os mercados asiáticos iniciaram a semana com forte alta, refletindo o avanço nas negociações entre os dois países, o que favorece o Bitcoin. O ativo, conforme seu comentário, estaria cotado próximo a US$ 115.000 e poderia ‘buscar’ a faixa de US$ 118.000-119.000 caso o otimismo seja confirmado. No entanto, em sentido contrário, se houver decepção ou revés no dólar, o suporte entre US$ 112.000 e US$ 110.000 entra em foco.
Fatores que embasam o movimento
O ambiente internacional ganhou um tom mais positivo com as conversas entre os Estados Unidos e a China. Houve relatos de avanços no diálogo comercial que diminuíram o receio de novos choques tarifários ou restrições à cadeia global de suprimentos.
O preço do cobre já atingiu patamares próximos ao recorde como reflexo desse otimismo.
No mercado cripto, esse tipo de melhoria de sentimento costuma gerar fluxo para as criptomoedas mais promissoras, e o Bitcoin parece estar colhendo esse benefício.
Segundo o relatório da Blockhead, o ativo ‘rompeu acima de US$ 115.000’ e impulsionou também altcoins, sugerindo que o ‘market risk-on’ está ativo.
Liquidez e política monetária
Outro componente citado no print e reforçado por Franco é o fim iminente do aperto monetário e o estímulo de liquidez global.
Há a expectativa de que os bancos centrais, especialmente o Federal Reserve (Fed), dos EUA, possam relaxar a política monetária ou facilitar o ambiente de crédito. Então, isso favoreceria a acumulação de ativos de risco, e o Bitcoin aparece como um dos principais candidatos nesse momento.
Além disso, analistas técnicos apontam que o Bitcoin superou níveis psicológicos e técnicos importantes. Conforme estudo, o preço rompeu a faixa de US$ 112.000-US$ 113.000 e abriu caminho para testar US$ 120.000 ou mais, se a tendência se mantiver.
Com base no comentário de Franco e nas evidências de mercado, podem ser delineados dois cenários principais para o curto prazo.
Se o acordo EUA-China avançar e o ambiente de liquidez continuar a melhorar, o Bitcoin pode testar a faixa de US$ 118.000-119.000 conforme indicado por Franco. Aliás, a combinação de ‘risk-on’, dólar potencialmente mais fraco e maior apetite por criptoativos contribuiria para essa trajetória.
Por outro lado, se houver retrocesso nas negociações comerciais, se os dados de inflação surpreenderem para cima ou se o dólar ganhar força, o Bitcoin pode recuar para a zona de suporte entre US$ 112.000 e US$ 110.000. Portanto, o nível de US$ 110.000 aparece como ‘magnet’ ou referência técnica de atenção.
Relevância para o mercado de altcoins
Embora o foco central esteja no Bitcoin, o ambiente de liquidez e sentimento favorável tende a repercutir também no universo de altcoins (criptomoedas alternativas).
Analistas já acreditam que a maior temporada de altcoins está próxima, refletindo a crença de que, com o Bitcoin em movimento ascendente, os fluxos de capital podem migrar ou ‘transbordar’ para altcoins antecipadamente.
Apesar do cenário promissor, há fatores que merecem atenção e que podem limitar ou reverter o impulso.
Entre elas, a volatilidade elevada. Ou seja, o mercado de cripto já foi alvo de grandes correções recentes, e rupturas técnicas podem gerar saída de fluxo rápido, sobretudo se os ‘gatilhos’ macro não se concretizarem.
Semana otimista para o Bitcoin
O cenário para o Bitcoin nesta semana aponta para um movimento com viés de alta, ancorado no sentimento favorável em torno de um possível avanço no acordo comercial entre Estados Unidos e China. Também há expectativas de liquidez mundial mais elevada e entrada em modo ‘risk-on’.
O comentário de André Franco sintetiza bem o momento. O ativo pode tentar romper para US$ 118.000-119.000 se o otimismo for confirmado. Mas rejeições ou choques podem levar o preço a testar suporte em US$ 112.000-110.000.
Para o investidor em criptomoedas e para o mercado em geral, a chave está em acompanhar as variáveis macro (eventos de política monetária, dólar, inflação…), confirmar se os acordos geopolíticos se efetivam e avaliar a reação do mercado técnico.
A narrativa de ‘altseason’ pode ganhar corpo, mas somente se o Bitcoin consolidar este novo ciclo de alta. Até lá, o mercado segue monitorando com atenção os desdobramentos da semana.
Disclaimer: Coinspeaker está comprometido em fornecer reportagens imparciais e transparentes. Este artigo tem como objetivo fornecer informações precisas e oportunas. Mas não deve ser considerado como conselho financeiro ou de investimento. Como as condições do mercado podem mudar rapidamente, recomendamos que você verifique as informações por conta própria. E consulte um profissional antes de tomar qualquer decisão com base neste conteúdo.
Leonardo Cavalcanti é jornalista especializado em criptomoedas, blockchain e finanças digitais. Além de tocar projetos próprios como o podcast BlockHistory. Também trabalha em desenvolvimento de negócios no ecossistema cripto como parceiro comercial Azify, com foco em parcerias estratégicas, tokenização e soluções de infraestrutura financeira.
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