Hashrate do Bitcoin chegou a 1 bilhão EH/s, novo recorde histórico.
Segurança da rede se fortalece com mais poder computacional.
Uptober se aproxima: outubro costuma marcar altas expressivas do BTC.
Expectativa de um ciclo otimista impulsiona confiança de investidores.
O mercado de criptomoedas deve entrar em outubro em um clima de otimismo renovado. Afinal, o Bitcoin, maior ativo digital do mundo, registrou um novo recorde histórico de hashrate, um indicador fundamental da força de sua rede.
O hashrate do Bitcoin, que mede a potência computacional dedicada à mineração, alcançou recentemente seu nível mais alto desde a criação do Bitcoin. O valor ultrapassou a marca simbólica de 1 bilhão EH/s pela primeira vez na história.
(Imagem: Bitcoin Magazine; X)
Ao mesmo tempo, os investidores aguardam o início de um período sazonalmente positivo, conhecido como Uptober.
Dados on-chain e modelos de previsão como o Bitcoin Power Curve Cycle Cloud reforçam a expectativa de que esse possa ser mais um mês de destaque para o ativo. A previsão está em linha com o histórico de desempenho acima da média em outubro.
O que o recorde no hashrate significa?
Quanto maior o hashrate do Bitcoin, mais difícil e custoso se torna para agentes maliciosos tentar comprometer a blockchain. As melhores criptomoedas consolidam-se com segurança e propósito — por isso, o Bitcoin é a mais valiosa delas.
Além da robustez técnica, o aumento de hashrate reflete a confiança contínua dos mineradores no futuro da criptomoeda, mesmo em meio a custos energéticos elevados e a pressões regulatórias em diferentes partes do mundo.
Paralelamente, investidores começam a olhar para o calendário com entusiasmo. A comunidade cripto consagrou o termo Uptober para se referir ao desempenho historicamente positivo do Bitcoin no mês de outubro.
Levantamentos recentes mostram que, em média, o BTC registra ganhos expressivos nesse período. Por exemplo, entre 2013 e 2024, o mês de outubro apresentou um retorno médio superior a 20%, sendo consistentemente um dos meses mais fortes do ano.
Em 2021, por exemplo, o Bitcoin valorizou quase 40% em outubro. Além disso, em 2017, no auge do último grande ciclo de alta, a criptomoeda avançou mais de 47% no mês.
Esse padrão histórico tem levado investidores institucionais e de varejo a ficarem atentos ao que o mercado reserva para outubro deste ano.
Depois de meses marcados por volatilidade, queda de liquidez e ajustes de preços, a combinação de um hashrate recorde com a chegada de um mês estatisticamente positivo cria expectativas elevadas de um novo impulso para o ativo digital.
Bitcoin Power Curve Cycle Cloud
Outro dado que reforça esse sentimento é a leitura do modelo Bitcoin Power Curve Cycle Cloud. A métrica, que combina análises de ciclos anteriores de halving, projeções estatísticas e tendências on-chain, aponta para um outubro particularmente explosivo.
(Imagem: BTC archive; X)
O gráfico mais recente mostra o preço atual do Bitcoin se aproximando da linha de suporte do ciclo de quatro anos, sugerindo que há espaço significativo para alta, caso a tendência histórica se mantenha.
Esse modelo ganhou notoriedade por prever com relativa precisão os movimentos de expansão e retração do BTC ao longo da última década. Por isso, tem sido acompanhado de perto por analistas.
Especialistas destacam que o contexto macroeconômico também pode favorecer o Uptober de 2025. O Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA, iniciou recentemente um ciclo de cortes de juros, medida que tende a aumentar o apetite por ativos de risco, incluindo criptomoedas.
A política monetária mais branda reduz a atratividade da renda fixa americana e pode redirecionar fluxos de capital para o mercado de ativos digitais. Além disso, o fortalecimento do mercado de ETFs de Bitcoin nos Estados Unidos e em outras regiões tem ampliado a base de investidores com exposição ao ativo.
Apesar do otimismo, analistas lembram que o mercado de criptomoedas permanece altamente volátil e que o desempenho passado não garante resultados futuros.
Uptober vem aí?
O Uptober pode reforçar a confiança dos investidores, mas fatores externos, como choques regulatórios, tensões geopolíticas ou mudanças bruscas no cenário macro, ainda podem influenciar de maneira decisiva os preços. A prudência segue sendo recomendada, mesmo diante de dados históricos e indicadores técnicos que sugerem valorização.
Para os mineradores, o recorde de hashrate representa não apenas um sinal de força, mas também um desafio adicional. A maior competição eleva a dificuldade da rede, pressionando margens de lucro e tornando essencial a busca por eficiência energética.
Ainda assim, o aumento do poder computacional dedicado ao Bitcoin é interpretado como um voto de confiança no ativo. Afinal, os mineradores só mantêm ou expandem operações quando acreditam na valorização futura do token. Essa confiança reforça a narrativa de resiliência da rede, especialmente em períodos em que a cotação mostra volatilidade.
A sazonalidade positiva de outubro, por sua vez, carrega um peso simbólico relevante para o mercado. O conceito de Uptober se consolidou não apenas como uma estatística, mas como uma espécie de tradição entre investidores.
A expectativa de ganhos nesse período pode levar a ciclos de otimismo e liquidez, criando um efeito de retroalimentação que fortalece ainda mais os movimentos de alta.
Bitcoin tem a faca e o queijo para disparar
Em 2025, essa narrativa encontra respaldo adicional nos fundamentos: o recorde de hashrate, a proximidade de mais um halving previsto para 2028 e a entrada contínua de capital institucional.
Já o Bitcoin Power Curve Cycle Cloud funciona como um lembrete de que o BTC, apesar de sua volatilidade de curto prazo, segue padrões cíclicos que têm se repetido ao longo dos anos.
O modelo sugere que outubro pode marcar o início de uma nova perna de valorização, possivelmente levando o preço a patamares acima de US$ 120 mil ainda em 2025, caso a média histórica se confirme. Embora previsões exijam cautela, o fato de diferentes indicadores convergirem para a mesma direção ajuda a consolidar o clima de otimismo.
A relação entre hashrate e preço também é um ponto relevante nessa análise. Historicamente, aumentos sustentados no hashrate tendem a preceder ciclos de valorização do Bitcoin, já que indicam confiança dos mineradores e reforço da infraestrutura da rede.
Portanto, o recorde atual pode ser interpretado como um sinal de que o ecossistema está se preparando para uma nova fase de expansão, em linha com os ciclos anteriores.
Essa interpretação é reforçada pela coincidência temporal com o Uptober e com os modelos on-chain.
Disclaimer: Coinspeaker está comprometido em fornecer reportagens imparciais e transparentes. Este artigo tem como objetivo fornecer informações precisas e oportunas. Mas não deve ser considerado como conselho financeiro ou de investimento. Como as condições do mercado podem mudar rapidamente, recomendamos que você verifique as informações por conta própria. E consulte um profissional antes de tomar qualquer decisão com base neste conteúdo.
Leonardo Cavalcanti é jornalista especializado em criptomoedas, blockchain e finanças digitais. Além de tocar projetos próprios como o podcast BlockHistory. Também trabalha em desenvolvimento de negócios no ecossistema cripto como parceiro comercial Azify, com foco em parcerias estratégicas, tokenização e soluções de infraestrutura financeira.
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