O movimento ocorre em meio à expectativa pelos dados do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) dos EUA.
O Bitcoin hoje (21/10) opera em queda novamente, perdendo grande parte do valor que havia recuperado na segunda-feira (20/10). Por volta das 9h (horário de Brasília), a moeda recuava 2,14%, a US$ 108,646.
O movimento ocorre em meio à expectativa pelos dados do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) dos EUA. A divulgação deve ocorrer na sexta-feira (24/10) e pode influenciar a próxima decisão de juros do Federal Reserve (Fed), o banco central americano.
Inflação e incertezas após paralisação nos EUA
O relatório de inflação será o primeiro desde a paralisação do governo norte-americano em 1º de outubro, que atrasou a divulgação de dados do mercado de trabalho. No entanto, analistas esperam uma reação contida, refletindo um sentimento de cautela entre investidores do Bitcoin e das principais altcoins.
Segundo Tim Sun, pesquisador do HashKey Group:
Dado o enfraquecimento do emprego e a demanda moderada, mesmo uma leve surpresa positiva do CPI provavelmente não irá alterar as expectativas do mercado.
A projeção consensual aponta para uma inflação subindo de 2,9% para 3,1%. Portanto, reforça a visão de estabilidade e de que o Fed tende a avaliar a trajetória geral, não apenas um dado isolado.
Também o presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou recentemente que o crescimento econômico não reflete fragilidade no emprego, o que mantém a incerteza sobre possíveis ajustes monetários.
Com isso, o preço do Bitcoin hoje expressa a desconfiança em um cenário repleto de dúvidas a respeito de um eventual novo ciclo de valorização.
Sentimento em relação ao Bitcoin hoje é de cautela
Agora, o mercado volta suas atenções para as tarifas comerciais entre EUA e China, que seguem afetando cadeias de suprimento e aumentando os custos de importação.
No entanto, as tensões entre as duas maiores economias continuam a pressionar ativos de risco. Investidores seguem buscando proteção, especialmente após o Bitcoin ter recuado 11% desde a máxima de US$ 122.500 no dia 10 de outubro.
Por fim, o otimismo típico de outubro — apelidado de ‘Uptober’ — parece ter desaparecido.
Afinal, o Bitcoin hoje acumula queda de mais de 2% no mês, mostrando dificuldade em sustentar preços acima de US$ 110.000.
Por outro lado, o índice S&P 500 mantém-se apenas 0,37% abaixo de sua máxima histórica. Ou seja, há um apetite maior por risco em ações do que em criptoativos.
Além disso, fundos negociados em bolsa, os ETFs de criptomoedas, vêm registrando grandes saídas, enquanto traders buscam proteção contra perdas. O ‘long-dated skew’, indicador de volatilidade implícita em opções, caiu ao menor nível em 12 meses, sugerindo cautela generalizada.
Por isso, o relatório de inflação desta sexta-feira servirá como um teste decisivo para o Bitcoin. A questão central é se o ativo conseguirá manter-se estável diante do novo cenário econômico e da crescente divergência entre criptomoedas e mercados tradicionais.
Disclaimer: Coinspeaker está comprometido em fornecer reportagens imparciais e transparentes. Este artigo tem como objetivo fornecer informações precisas e oportunas. Mas não deve ser considerado como conselho financeiro ou de investimento. Como as condições do mercado podem mudar rapidamente, recomendamos que você verifique as informações por conta própria. E consulte um profissional antes de tomar qualquer decisão com base neste conteúdo.
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