Bitcoin vale mais que Google e é o quinto maior ativo do mundo

Valorização do Bitcoin acima do Google sinaliza uma mudança de paradigma.

Marta Stephens By Marta Stephens Flavio Aguilar Edited by Flavio Aguilar Atualizado em 6 mins read
Bitcoin vale mais que Google e é o quinto maior ativo do mundo

Resumo da notícia

  • Bitcoin supera Alphabet (Google) com US$ 2,457 trilhões, tornando-se o 5º maior ativo global.
  • BTC subiu 2,84% (US$ 123,539), enquanto Google caiu 0,55% (US$ 2,450 trilhões).
  • Adoção institucional e cortes de taxas nos EUA impulsionam a valorização do Bitcoin.
  • A conquista pode pressionar por regulamentações mais claras e atrair mais investidores globais.

O mercado financeiro global recebeu uma notícia impactante na última quinta-feira (14/8), com a revelação de que o Bitcoin (BTC) ultrapassou a Alphabet (Google) para se tornar o quinto maior ativo do mundo por capitalização de mercado.

Agora o Bitcoin tem uma capitalização de US$ 2,457 trilhões, superando os US$ 2,450 trilhões da Alphabet. Com o ouro liderando em US$ 22,293 trilhões, seguido por Nvidia (US$ 4,428 trilhões), Microsoft (US$ 3,869 trilhões) e Apple (US$ 3,462 trilhões), essa ascensão marca um momento histórico para a criptomoeda.

Bitcoin agora vale mais que a Google e é quinto maior ativo do mundo

(Fonte: X e Market Cap Companies)

A ascensão do Bitcoin no ranking global

Com uma capitalização de mercado de US$ 2,457 trilhões e um preço por unidade de US$ 123,539, o BTC ainda é rei. Entre as melhores criptomoedas, o Bitcoin registrou um aumento de 2,84% no mesmo dia (14/8). Com isso, superou a Google (Alphabet), que caiu 0,55% para US$ 2,450 trilhões.

O ouro continua no topo, com US$ 22,293 trilhões. Em seguida, vêm outras gigantes tecnológicas, como Nvidia, Microsoft e Apple.

No site Companies Market Cap, é possível conferir a classificação dos principais ativos globais. Ao comparar os dados com os do Bitcoin, é possível ver que ele já ocupa a quinta posição.

As curvas de preço nos gráficos indicam uma tendência ascendente para o Bitcoin, enquanto as ações de tecnologia exibem volatilidade. Desse modo, refletem a crescente importância da criptomoeda frente a ativos como ações de empresas e metais preciosos.

Fatores por trás do aumento

Vários fatores contribuíram para essa ascensão meteórica do Bitcoin. Primeiramente, a adoção institucional tem sido um motor significativo.

Empresas como SpaceX, que recentemente anunciou uma posição de US$ 1 bilhão em BTC, e fundos soberanos, como o da Noruega, que expandiu sua exposição indireta para US$ 7,161 bilhões, estão aumentando a demanda por criptomoedas. Essa entrada de capital institucional reduz a liquidez disponível, pressionando os preços para cima.

Além disso, as políticas monetárias dos Estados Unidos desempenham um papel crucial. Com o Secretário do Tesouro, Scott Bessent, sugerindo um corte de 50 pontos-base nas taxas de juros em setembro de 2025, o dólar pode enfraquecer, tornando ativos como o Bitcoin mais atraentes como hedge contra a inflação.

Historicamente, cortes de taxas, como os de 2020, impulsionaram o BTC de US$ 10.000 para US$ 60.000 em poucos meses, e o cenário atual sugere um padrão semelhante.

Por fim, o crescimento da infraestrutura cripto, incluindo a aprovação de ETFs de Bitcoin em 2024 e o avanço de regulamentações favoráveis à moeda, tem atraído investidores de varejo e institucionais.

Além disso, um possível ajuste nas regras da SEC para permitir criptos em contas de aposentadoria reforça a narrativa de legitimação do Bitcoin como uma classe de ativo mainstream.

Implicações para o mercado financeiro

A ultrapassagem do Bitcoin sobre a Google sinaliza uma mudança de paradigma. Com capitalização de US$ 2,457 trilhões, o BTC agora rivaliza com algumas das maiores empresas do mundo, desafiando a hegemonia de ativos tradicionais e das big techs.

Essa conquista pode incentivar outras corporações a diversificar suas reservas para criptomoedas, amplificando o efeito de valorização desses ativos. Além disso, a posição do Bitcoin à frente da Google destaca sua resiliência em um ambiente econômico volátil.

Enquanto as ações de tecnologia enfrentam pressões devido a incertezas macroeconômicas e a ajustes de mercado, o BTC tem se beneficiado de uma narrativa de ouro digital, apelando a investidores que buscam proteção contra a desvalorização de moedas fiduciárias.

No entanto, desafios persistem. A volatilidade do Bitcoin continua sendo uma preocupação, com oscilações que podem afetar sua estabilidade como ativo de referência.

Além disso, a dependência de fatores externos, como decisões do Federal Reserve (Fed) e regulações globais, significa que o crescimento pode ser interrompido por mudanças inesperadas na política monetária ou jurídica.

Valorização pode influenciar estratégias de empresas no Brasil

Globalmente, a ascensão do Bitcoin pode inspirar outros mercados a acelerar a adoção de criptomoedas. Países como Singapura e Emirados Árabes Unidos, que buscam se posicionar como hubs de inovação financeira, podem intensificar seus esforços para atrair investimentos em BTC.

No Brasil, onde o mercado cripto tem crescido rapidamente, essa notícia pode estimular startups e investidores locais.

Com a regulamentação avançando em 2025 e a adoção de stablecoins como USDT em alta, o exemplo do Bitcoin pode encorajar empresas brasileiras a explorar criptoativos como parte de suas estratégias de diversificação.

Perspectivas para o BTC

Analistas veem o marco de US$ 2,457 trilhões como um trampolim para novos recordes. Com a oferta limitada a 21 milhões de BTC e a demanda institucional em ascensão, o preço pode superar os US$ 130.000 nos próximos meses. Especialmente, se os cortes de taxas forem confirmados.

A narrativa de ‘momento histórico’ reflete a crença de que o Bitcoin está se consolidando como uma reserva de valor global, potencialmente desafiando o ouro no longo prazo. Além disso, pode pressionar reguladores a criar frameworks mais claros.

A SEC, que está revisando regras para contas de aposentadoria, e o Departamento do Tesouro, que investiga casos de lavagem de dinheiro, podem acelerar seus esforços para equilibrar inovação e segurança.

Para o mercado de tecnologia, a queda relativa da Google serve como um alerta sobre a necessidade de adaptação em um cenário no qual ativos descentralizados ganham terreno.

Considerações

Embora o Bitcoin lidere, altcoins como Ethereum e Solana podem capturar uma fatia maior do mercado se projetos DeFi continuarem a prosperar. Portanto, a capacidade do BTC de manter sua dominância será testada nos próximos trimestres.

Com uma capitalização acima de US$ 2 trilhões, o BTC não apenas desafia gigantes tecnológicos, mas também redefine o conceito de valor no século 21.

A notícia é um convite para os investidores acompanharem os próximos passos do mercado. Se a adoção institucional continuar e as políticas monetárias favoráveis se solidificarem, o Bitcoin pode se aproximar do pódio. Portanto, ficaria atrás apenas do ouro, da Nvidia e da Microsoft.

No entanto, a jornada será marcada por volatilidade e desafios regulatórios. O momento reflete a maturidade crescente da criptomoeda e seu potencial para transformar o sistema financeiro global, um ranking de mercado de cada vez.

Disclaimer: Coinspeaker está comprometido em fornecer reportagens imparciais e transparentes. Este artigo tem como objetivo fornecer informações precisas e oportunas. Mas não deve ser considerado como conselho financeiro ou de investimento. Como as condições do mercado podem mudar rapidamente, recomendamos que você verifique as informações por conta própria. E consulte um profissional antes de tomar qualquer decisão com base neste conteúdo.

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Marta Stephens

Marta Barbosa Stephens é escritora e jornalista formada pela Universidade Católica de Pernambuco, com mestrado na PUC São Paulo e pós-graduação em edição na Universidade de Barcelona. Trabalhou em diversas redações de jornais e revistas no Brasil. Foi repórter de economia no Jornal da Tarde, do grupo O Estado de São Paulo e editora-adjunta de finanças pessoais na revista IstoÉ Dinheiro. Atuou no mercado de edição de livros de finanças em São Paulo e foi, por seis anos, redatora-chefe da revista Prazeres da Mesa (https://www.prazeresdamesa.com.br/), antes de se mudar para Inglaterra. No Reino Unido, foi editora do jornal Notícias em Português, voltado à comunidade lusófona na Inglaterra. Escreve e edita sobre o mercado de criptomoedas e tecnologia blockchain desde 2022.