Paolo Ardoino afirma que empresa será a maior mineradora de Bitcoin até o final de 2025.
Tether já investiu mais de US$ 2 bilhões em energia e mineração na América Latina.
Emissora do USDT pretende integrar mineração à estratégia de ‘energia estável’.
A Tether, conhecida por emitir a stablecoin USDT, pretende se tornar a maior mineradora de Bitcoin do mundo este ano. A meta foi revelada por Paolo Ardoino, CEO da empresa, em entrevista ao podcast The Big Brain.
Segundo ele, a estratégia de mineração protege os mais de 100.000 BTC que fazem parte do patrimônio da companhia.
Além disso, Ardoino afirmou que a compra direta de BTC costuma ser mais lucrativa que a mineração:
Você sempre ganhará mais dinheiro comprando BTC diretamente.
No entanto, para empresas com grande exposição à criptomoeda, participar da segurança da rede se torna também estratégico.
Tether aposta em quatro pilares para o futuro
A mineração é parte de uma visão mais ampla da Tether, chamada de ‘energia estável’. O conceito integra uma agenda com quatro pilares: dinheiro estável, energia, comunicação e inteligência. A ideia é garantir maior resiliência social no longo prazo.
Também chama atenção o investimento da empresa em infraestrutura. A Tether aplicou mais de US$ 2 bilhões em projetos de energia e mineração em 15 locais da América Latina. Entre os países, estão Uruguai, Paraguai e El Salvador.
Os aportes incluem usinas renováveis, construção de subestações e participação em fazendas já operacionais. No entanto, a empresa ainda não divulgou seu hashrate atual, o que dificulta comparar sua capacidade com a de concorrentes.
Isso ocorre em um momento no qual analistas questionam a capacidade da Tether de manter sua liderança em stablecoins. Afinal, com a aprovação do GENIUS Act nos EUA, a emissora do USDT já se prepara para mudanças.
Concorrência com gigantes do setor
As maiores mineradoras por hashrate incluem a MARA, com 57,3 EH/s, e a CleanSpark, com 50 EH/s. Em seguida vêm a IREN, a Riot Platforms e a Core Scientific. O total da rede gira em torno de 810 EH/s.
Então, para alcançar o topo, a Tether terá que competir com empresas que têm anos de experiência e estruturas consolidadas.
No entanto, esforço para isso não falta. A empresa comprou US$ 32 milhões em ações da Bitdeer, da qual já detinha 25%. Portanto, a movimentação reforça a ambição da Tether de escalar rapidamente sua atuação.
A meta declarada por Ardoino soa ousada. Mas, considerando os recursos da empresa e a possível queda da dificuldade de mineração, pode ser algo viável.
Disclaimer: Coinspeaker está comprometido em fornecer reportagens imparciais e transparentes. Este artigo tem como objetivo fornecer informações precisas e oportunas. Mas não deve ser considerado como conselho financeiro ou de investimento. Como as condições do mercado podem mudar rapidamente, recomendamos que você verifique as informações por conta própria. E consulte um profissional antes de tomar qualquer decisão com base neste conteúdo.
Flavio Aguilar é jornalista e economista formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Atua há mais de 15 anos como repórter e editor em jornais e portais de notícias no Brasil. No momento, está cursando o mestrado em estudos literários da Universidade do Porto.
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