ETFs de Bitcoin registraram saídas de quase US$ 1,2 bilhão na última semana.
Novembro já registra um recorde mensal de US$ 3,79 bilhões em resgates.
Queda de 33% no BTC pressiona fundos e amplia migração para ETFs de altcoins.
Os ETFs de Bitcoin vivem um momento difícil, com quase US$ 1,2 bilhão em saídas na última semana. Além disso, novembro caminha para fechar com um recorde negativo de US$ 3,79 bilhões em resgates.
Além disso, os ETFs de Bitcoin enfrentam pressão adicional devido à queda de 33% no preço do BTC desde o pico acima de US$ 126 mil.
O mercado ainda observa um cenário complexo, marcado por incertezas macroeconômicas e receios quanto ao ritmo de cortes de juros nos EUA. Por isso, o BTC tocou US$ 81 mil na última sexta-feira (21/11), no menor nível desde abril.
Resgates aumentam enquanto o BTC cai
Os 11 ETFs de Bitcoin viram seus ativos encolherem rapidamente na última semana. O maior impacto veio do iShares Bitcoin Trust da BlackRock, que perdeu mais de US$ 1 bilhão em poucos dias.
O Grayscale Bitcoin Trust teve saídas de US$ 172 milhões, enquanto o fundo da Fidelity registrou US$ 116 milhões em resgates.
Por outro lado, houve um alívio temporário na sexta-feira (23/11), quando o FBTC recebeu US$ 108 milhões em novas entradas. Além disso, outros produtos da Grayscale somaram mais de US$ 140 milhões em captações no mesmo dia. Portanto, os dados mostram que ainda há demanda, mas o sentimento permanece frágil.
ETFs de Bitcoin têm concorrência de altcoins
Por outro lado, os produtos baseados nas melhores altcoins, como Solana (SOL), XRP e Dogecoin (DOGE) vêm atraindo mais investidores.
O destaque vai para o Canary Capital XRP ETF, que captou US$ 58 milhões em seu primeiro dia, superando o Bitwise Solana Staking ETF. Aliás, o BSOL já acumula mais de US$ 660 milhões em três semanas, sem registrar um único dia de saídas.
Atualmente, a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) avalia dezenas de propostas de novos fundos ligados a altcoins. Portanto, há sinais de um forte apetite institucional por exposição diversificada em cripto. E esse movimento ajuda a explicar parte da migração de capital dos ETFs de Bitcoin.
Analistas veem resiliência histórica do Bitcoin
Eric Balchunas, analista sênior da Bloomberg, comentou no X que o BTC já sobreviveu a quedas muito mais severas:
Esse ativo já sobreviveu a meia-dúzia de derretimentos piores que este, sempre alcançando novas máximas históricas depois disso.
Por fim, Balchunas comparou o Bitcoin a uma ‘super-barata’, destacando sua capacidade de recuperação e de contrariar expectativas negativas.
Disclaimer: Coinspeaker está comprometido em fornecer reportagens imparciais e transparentes. Este artigo tem como objetivo fornecer informações precisas e oportunas. Mas não deve ser considerado como conselho financeiro ou de investimento. Como as condições do mercado podem mudar rapidamente, recomendamos que você verifique as informações por conta própria. E consulte um profissional antes de tomar qualquer decisão com base neste conteúdo.
Flavio Aguilar é jornalista e economista formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Atua há mais de 15 anos como repórter e editor em jornais e portais de notícias no Brasil. No momento, está cursando o mestrado em estudos literários da Universidade do Porto.
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