Gaeco apreendeu 200 máquinas ligadas à mineração de Bitcoin em operação contra pirataria e lavagem de dinheiro.
A ação envolve três estados e inclui o bloqueio de R$ 12 milhões e 118 sites ilegais.
Três suspeitos foram presos e dois continuam foragidos.
O Gaeco apreendeu cerca de 200 máquinas usadas para mineração de Bitcoin durante a Operação Endpoint, realizada na última terça-feira (18/11).
De acordo com o Ministério Público do Ceará (MPCE), os equipamentos funcionavam com energia furtada, o que ampliou a gravidade do caso.
A mineração fazia parte de um esquema de pirataria, servindo para lavar dinheiro. Por isso, gerou preocupação entre as autoridades, uma vez que combinava crimes digitais e consumo clandestino de eletricidade. A ação também teria revelado estruturas sofisticadas de captação de clientes e ocultação de recursos.
Mineração de Bitcoin servia para lavar dinheiro
A polícia cumpriu 19 mandados de busca em cidades do Ceará, Alagoas e Santa Catarina.
As equipes confiscaram mais de R$ 50 mil em espécie e cumpriram três dos cinco mandados de prisão preventiva. No entanto, dois investigados continuam foragidos.
O MPCE destacou que o grupo mantinha operações de pirataria audiovisual e usava máquinas de mineração para lavar dinheiro, reforçando a complexidade da rede criminosa.
Uma das residências investigadas abrigava duas estações de mineração ligadas ao esquema financeiro. A polícia não informou se os criminosos mineravam outras criptomoedas promissoras além do Bitcoin.
Grupo mantinha sites piratas
O grupo usava processadores de pagamento com laranjas para ocultar fluxos financeiros. No entanto, o uso de mineração de Bitcoin para encobrir transações destacou a evolução do crime digital em meio a estruturas cada vez mais complexas.
Segundo o MPCE, as autoridades fecharam 14 empresas e bloquearam 118 sites, além de determinar o congelamento de R$ 12 milhões nas contas dos suspeitos.
O delegado Felipe Ribeiro explicou que os serviços ilegais incluíam plataformas como ‘DezPila’ e ‘Tyflex’. A investigação revelou que os criminosos captavam clientes por meio de redes sociais, páginas hospedadas em serviços populares e canais de mensagens.
Em seguida à operação, ocorreu a queda de domínios dos sites e atividades empresariais suspensas para impedir a continuidade do esquema.
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Flavio Aguilar é jornalista e economista formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Atua há mais de 15 anos como repórter e editor em jornais e portais de notícias no Brasil. No momento, está cursando o mestrado em estudos literários da Universidade do Porto.
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