Méliuz adotou estratégia com derivativos para lucrar com sua reserva de Bitcoin.
A empresa comprou mais 9,01 BTC e segue sendo a maior detentora corporativa da América Latina.
Rival Oranje pode ultrapassar Méliuz em número de Bitcoins após movimento para listagem em bolsa.
A Méliuz anunciou uma estratégia nova para potencializar o rendimento extra de suas reservas de Bitcoin.
A empresa informou à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que passará a vender opções de venda de BTC com preços pré-definidos. Segundo a Méliuz, as operações ocorrerão sem alavancagem e com garantia total.
Como funciona a operação com opções da Méliuz
Uma opção de venda dá ao comprador o direito, mas não a obrigação, de vender Bitcoin a um preço combinado (preço de exercício) até uma data futura.
Quando a Méliuz vende essa opção, ela está assumindo o compromisso de comprar Bitcoin de seus compradores caso eles queiram vender.
Portanto, se o preço do Bitcoin cair abaixo do preço de exercício, o comprador será estimulado a exercer a opção. Ou seja, a Méliuz terá que comprar BTC pagando mais do que o valor de mercado — mas ainda abaixo do preço inicial do ativo.
Por outro lado, se o Bitcoin subir acima do preço de exercício, a opção não é exercida, e a Méliuz fica com o prêmio, que pode reinvestir em novas aquisições da criptomoeda.
Essa estratégia permite à Méliuz comprar Bitcoin potencialmente mais barato e, ao mesmo tempo, gerar receita com os prêmios das opções, independentemente da movimentação do preço do ativo.
O modelo permite transformar a volatilidade do mercado em fonte de receita adicional. Também limita riscos, já que apenas uma fração do caixa é usada como colateral — menos de 10%, segundo a companhia. Aliás, é possível aplicar isso a outras criptomoedas promissoras ou ativos diversos.
Aquisições recentes de BTC reforçam posição
Além disso, a empresa informou que comprou 9,01 BTC no início de setembro, gastando cerca de US$ 1,01 milhão (R$ 5,5 milhões) no negócio.
O preço médio foi de US$ 112.172 por moeda. Com a compra, o total da posição da Méliuz chegou a 604,69 BTC, a um preço médio de US$ 103.323.
Em agosto, o JP Morgan anunciou que levaria ações da Méliuz para os EUA.
Atualmente, a Méliuz é a maior detentora corporativa de Bitcoin da América Latina. Mas esse posto pode estar ameaçado.
Afinal, a Oranje, nova empresa com foco em acumulação de BTC, já teria garantido mais que o triplo da posição atual do Méliuz. Segundo o Brazil Journal, a companhia prepara sua estreia na Bolsa, o que pode acelerar sua expansão.
Disclaimer: Coinspeaker está comprometido em fornecer reportagens imparciais e transparentes. Este artigo tem como objetivo fornecer informações precisas e oportunas. Mas não deve ser considerado como conselho financeiro ou de investimento. Como as condições do mercado podem mudar rapidamente, recomendamos que você verifique as informações por conta própria. E consulte um profissional antes de tomar qualquer decisão com base neste conteúdo.
Flavio Aguilar é jornalista e economista formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Atua há mais de 15 anos como repórter e editor em jornais e portais de notícias no Brasil. No momento, está cursando o mestrado em estudos literários da Universidade do Porto.
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