A Metaplanet detém atualmente 30.823 BTC, avaliados em cerca de US$ 3,3 bilhões.
O objetivo da empresa é acumular 1% do suprimento total de Bitcoin (197.000 BTC) até 2027.
Plano Fase II tem quatro pilares: Treasury Operations, Income Generation, bitcoin.jp e Project NOVA.
Receita com operações de derivativos já somou ¥2,44 bilhões no 3º trimestre de 2025, um salto de 115,7% sobre o trimestre anterior.
O mercado de criptomoedas está prestes a testemunhar uma revolução estratégica com o lançamento da Fase II da Metaplanet. A empresa japonesa se consolidou como a quarta maior empresa pública detentora de Bitcoin (BTC), com 30.823 BTC em seu tesouro.
O novo plano detalha uma plataforma verticalmente integrada, projetada para maximizar a acumulação de Bitcoin. Com uma visão ambiciosa de alcançar 1% de todo o Bitcoin em circulação até 2027, a Metaplanet apresenta quatro pilares.
São eles, Bitcoin Treasury Operations, Bitcoin Income Generation, bitcoin.jp e Project NOVA. Portanto, o intuito é transformar a maneira como as corporações interagem com a criptomoeda.
Metaplanet aposta tudo em BTC
A Metaplanet, listada na Bolsa de Tóquio (TSE: 3350), tem se destacado como pioneira na adoção corporativa de Bitcoin no Japão, um país conhecido por sua abordagem inovadora em relação às criptomoedas.
Por exemplo, a empresa já levantou mais de ¥500 bilhões (aproximadamente US$ 3,3 bilhões) e acumulou 30.823 BTC, avaliados em cerca de US$ 3,3 bilhões a um preço médio de aquisição de US$ 108.038 por moeda, conforme dados recentes.
Esse marco a posiciona atrás apenas de gigantes como a Strategy, tornando-a um modelo para outras corporações que acumulam as melhores criptomoedas. A Fase II simboliza a ambição da empresa de construir um ecossistema integrado que impulsione a acumulação de BTC a novos patamares.
O anúncio ocorre em um momento em que o Bitcoin vive um período de alta, com sua capitalização de mercado superando US$ 2,5 trilhões após atingir um recorde de US$ 126.500 em agosto de 2025.
A estratégia da Metaplanet alinha-se com tendências globais, como a adoção institucional crescente e as políticas monetárias frouxas nos EUA, que têm favorecido ativos como o BTC.
Os quatro pilares da Fase II
A plataforma verticalmente integrada da Metaplanet é estruturada em quatro estágios, cada um projetado para maximizar a acumulação de Bitcoin de maneira única.
Este é o alicerce da estratégia, já em operação. A Metaplanet securitiza os mercados de ações e renda fixa do Japão, transformando ativos tradicionais em exposições de Bitcoin.
Com mais de ¥500 bilhões levantados e execuções acima do valor patrimonial líquido (NAV), a empresa utiliza alavancagem permanente para construir uma base financeira robusta.
O objetivo é maximizar o BTC por ação, oferecendo instrumentos como ações ordinárias e preferenciais perpétuas, com dividendos limitados a 6% ao ano, aprovados em setembro.
Bitcoin Income Generation (Interno, LIVE)
O segundo pilar transforma a volatilidade do mercado em receita confiável. Já ativo, esse segmento gerou ¥2,44 bilhões em receitas no terceiro trimestre de 2025, um aumento de 115,7% em relação ao trimestre anterior, superando a meta anual revisada.
Operando uma mesa de negociação e opções, a Metaplanet utiliza uma equipe global especializada para monetizar a volatilidade, financiando dividendos preferenciais sem diluir as ações ordinárias. A estratégia inclui a expansão com talentos internacionais, escalando as operações proprietárias.
bitcoin.jp (Plataforma, LANÇAMENTO)
Este estágio, atualmente em lançamento, posiciona a Metaplanet como o centro de distribuição para tudo relacionado ao Bitcoin no Japão. O domínio premium bitcoin.jp será desenvolvido como um hub de mídia, educação e serviços, incluindo a revista Bitcoin Magazine Japan e conferências.
Com potencial para gerar tráfego orgânico significativo e parcerias com anunciantes, a plataforma visa construir uma audiência dedicada, fortalecendo a presença da empresa no ecossistema cripto local.
Project NOVA (Classificado, EM CONSTRUÇÃO)
Por fim, o quarto pilar, agendado para 2026, permanece envolto em mistério, com detalhes a serem revelados em breve. Descrito como a “porta de entrada para tudo relacionado ao BTC no Japão”, o Project NOVA promete expandir os canais de receita e integrar verticalmente os outros estágios.
Considerado a fase de expansão, esse pilar pode incluir iniciativas inovadoras como novos produtos financeiros ou parcerias estratégicas, alinhadas à meta de acumular 1% do suprimento total de Bitcoin (aproximadamente 197.000 BTC) até 2027.
Implicações para o mercado
A estratégia da Metaplanet tem o potencial de redefinir a adoção corporativa de Bitcoin. Ou seja, ao integrar tesouraria, geração de renda, distribuição e expansão, a empresa cria um modelo replicável que pode inspirar outras corporações globais.
A meta de 1% do Bitcoin em circulação reflete uma visão ambiciosa, especialmente considerando que isso exigiria um aumento de quase seis vezes sua atual holding, dependendo da oferta total em 2027.
O foco em sustentabilidade financeira, com receitas de opções e alavancagem estratégica, diferencia a Metaplanet de concorrentes que dependem apenas de compras diretas de BTC.
Além disso, a plataforma bitcoin.jp pode acelerar a educação e adoção no Japão, um mercado maduro para cripto, enquanto o Project NOVA sugere um futuro de inovação contínua.
Quais os desafios da Metaplanet?
Apesar disso, desafios persistem. A alavancagem permanente, embora eficaz, expõe a Metaplanet a riscos de mercado, especialmente se o preço do Bitcoin cair significativamente.
A volatilidade recente, com correções de 10% após eventos como o ataque à Binance em agosto, destaca essa vulnerabilidade. Além disso, a dependência de regulamentações favoráveis no Japão e a incerteza em torno do Project NOVA podem criar obstáculos.
A geração de renda via opções, embora lucrativa, requer expertise contínua e pode ser afetada por mudanças nas condições de mercado. Portanto, a meta de 1% do BTC também depende de captações de capital adicionais, que podem diluir os acionistas se não forem bem gerenciadas.
Impacto global e no Brasil
Globalmente, a Fase II da Metaplanet pode inspirar outras nações a adotar modelos similares de acumulação de Bitcoin. Países como Singapura e Emirados Árabes Unidos, que buscam liderar em inovação financeira, podem observar de perto os resultados.
No Brasil, onde o mercado cripto tem crescido rapidamente, a estratégia pode incentivar empresas a explorar tesourarias de BTC, especialmente com a regulamentação de 2025 reconhecendo ativos digitais.
A abordagem sustentável da Metaplanet pode ressoar com startups brasileiras focadas em energia renovável. Analistas veem a Fase II como um catalisador para novos recordes do Bitcoin.
A empresa também pode pressionar por regulamentações mais claras, influenciando a SEC e outros órgãos globais. Para investidores, a Metaplanet oferece uma oportunidade única de participar de uma estratégia inovadora, embora com riscos inerentes ao mercado cripto.
Disclaimer: Coinspeaker está comprometido em fornecer reportagens imparciais e transparentes. Este artigo tem como objetivo fornecer informações precisas e oportunas. Mas não deve ser considerado como conselho financeiro ou de investimento. Como as condições do mercado podem mudar rapidamente, recomendamos que você verifique as informações por conta própria. E consulte um profissional antes de tomar qualquer decisão com base neste conteúdo.
Leonardo Cavalcanti é jornalista especializado em criptomoedas, blockchain e finanças digitais. Além de tocar projetos próprios como o podcast BlockHistory. Também trabalha em desenvolvimento de negócios no ecossistema cripto como parceiro comercial Azify, com foco em parcerias estratégicas, tokenização e soluções de infraestrutura financeira.
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