Milei encerra força-tarefa sobre escândalo da memecoin Libra

Updated on Mai 24, 2025 at 10:23 pm UTC by · 3 mins read

O encerramento ocorreu sem divulgação pública dos resultados da investigação. O que vem gerando críticas da oposição.

Resumo desta notícia:

  • A decisão de encerrar a força-tarefa foi oficializada no dia 19/05, por meio de um decreto assinado por Milei e pelo ministro da Justiça, Mariano Cúneo Libarona.
  • O encerramento ocorreu sem divulgação pública dos resultados da investigação do caso Libra. O que vem gerando críticas da oposição.
  • Dados de blockchain indicam que mais de 15.000 carteiras sofreram perdas superiores a US$ 1.000. Os prejuízos chegaram a aproximadamente US$ 251 milhões.

O presidente da Argentina, Javier Milei, encerrou a força-tarefa criada por seu próprio governo para investigar o colapso da memecoin Libra, promovida por ele em fevereiro.

A decisão foi oficializada no dia 19 de maio, por meio de um decreto assinado por Milei e pelo ministro da Justiça, Mariano Cúneo Libarona.

O encerramento ocorreu sem divulgação pública dos resultados da investigação. Por isso, vem gerando críticas da oposição e de setores da sociedade civil.

Governo não deu detalhes sobre encerramento da força-tarefa

O governo alega que a força-tarefa já cumpriu seu mandato, mesmo sem fornecer detalhes sobre as conclusões alcançadas.

A comissão nasceu dias após o escândalo do token $Libra estourar. Em fevereiro, Milei promoveu a nova criptomoeda em suas redes sociais, o que levou à valorização repentina. No entanto, ele removeu o post do X horas depois, provocando um colapso no valor do ativo.

Investidores alegam que a atuação do presidente argentino contribuiu para perdas significativas.

A divulgação da moeda por Milei resultou em uma valorização de quase US$ 5 bilhões antes que ela despencasse. Portanto, caracteriza um possível esquema de pump and dump. 

Dados de blockchain indicam que mais de 15.000 carteiras sofreram perdas superiores a US$ 1.000. Os prejuízos chegaram a aproximadamente US$ 251 milhões.

No entanto, Milei nega qualquer irregularidade, afirmando que apenas compartilhou informações sobre uma ferramenta para financiar empreendedores.

Ele minimizou o impacto, alegando que ‘no máximo’ 5 mil pessoas se prejudicaram, majoritariamente estrangeiros. Mas a afirmação contrasta com os dados que apontam um número significativamente maior de vítimas.

Caso Libra segue na justiça argentina

A oposição ao governo argentino questiona a decisão de encerrar a força-tarefa sem apresentar resultados concretos.

Inclusive, parlamentares planejam reativar uma comissão investigativa no Congresso para apurar o envolvimento de Milei e de seu círculo próximo.

Além disso, o encerramento da força-tarefa pelo Executivo não impede que as investigações legislativas e judiciais prossigam.

A justiça argentina continua investigando o presidente, sua irmã Karina Milei e outros associados por possível fraude e manipulação de mercado.

A promotoria argentina solicitou informações ao Banco Central sobre as contas bancárias de Milei e dos demais envolvidos. A juíza María Servini ordenou a apreensão de bens dos suspeitos, incluindo familiares de operadores financeiros que teriam participado do esquema.

Também há investigações em andamento nos Estados Unidos sobre o caso. 

O caso Libra continua sendo um dos maiores escândalos políticos e financeiros do governo Milei. No entanto, ainda é incerto o potencial que tem para afetar sua credibilidade e estabilidade política.

Disclaimer: Coinspeaker está comprometido em fornecer reportagens imparciais e transparentes. Este artigo tem como objetivo fornecer informações precisas e oportunas. Mas não deve ser considerado como conselho financeiro ou de investimento. Como as condições do mercado podem mudar rapidamente, recomendamos que você verifique as informações por conta própria. E consulte um profissional antes de tomar qualquer decisão com base neste conteúdo.

 

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