Mineração de Bitcoin atinge recorde de dificuldade

Dificuldade de mineração de Bitcoin atingiu o recorde histórico de 129 trilhões, segundo a CoinWarz.

Flavio Aguilar By Flavio Aguilar Atualizado em 3 mins read
Mineração de Bitcoin atinge recorde de dificuldade

Resumo da notícia

  • A dificuldade da mineração de Bitcoin bateu o recorde de 129 trilhões.
  • Já as taxas de transação caíram para menos de 1% das recompensas por bloco.
  • Tarifas dos EUA sobre importações estão afetando mineradoras como CleanSpark e Iris Energy.

A rede Bitcoin vive um momento de pressão sobre seus mineradores. Afinal, a dificuldade de mineração de Bitcoin atingiu o recorde histórico de 129 trilhões, segundo a CoinWarz.

Isso representa um aumento de 6,4% nos últimos 90 dias. Quanto maior o índice, mais difícil é adicionar blocos e garantir recompensas. Esse nível já havia sido tocado em junho, quando a dificuldade superou 126 trilhões.

No entanto, especialistas projetam que o ajuste automático previsto para 22 de agosto pode trazer um pequeno alívio. Afinal, estima-se uma queda de 0,33% na dificuldade.

Receita com mineração de Bitcoin continua em queda

Enquanto a dificuldade sobe, as receitas dos mineradores sofrem. Nishant Sharma, fundador da BlocksBridge Consulting, destacou que o preço do hash caiu para US$ 60 por petahash por segundo. Segundo ele:

Isso reflete a compressão contínua nas margens dos mineradores, já que o crescimento da dificuldade continua a compensar os ganhos com a valorização do preço.

Além disso, as taxas de transação também estão em baixa. Em julho, representaram apenas 0,985% das recompensas mensais por bloco, ficando abaixo de 1% pela primeira vez. Portanto, a maior parte da receita vem da recompensa fixa de 3.125 BTC por bloco minerado.

À medida que o mercado busca as melhores criptomoedas para investir, a mineração de Bitcoin torna-se um desafio cada vez maior.

Apesar disso, recentemente, o Google anunciou investimentos no setor. Portanto, a atividade permanece atraente, apesar do recorte de dificuldade de mineração.

O impacto do ‘tarifaço’

Mas as dificuldades apontadas pela CoinWarz não se limitam à rede. O governo de Donald Trump implementou tarifas punitivas sobre importações de países fornecedores de plataformas de mineração de Bitcoin.

Por exemplo, equipamentos da China passaram a ter taxa de 57,6%. Já Indonésia, Malásia e Tailândia enfrentam tarifas de 21,6%.

Duas mineradoras americanas já foram impactadas pelas medidas. A Alfândega dos EUA enviou faturas para a Iris Energy e a CleanSpark, relativas a equipamentos importados em 2024.

A CleanSpark alertou que pode enfrentar uma responsabilidade tarifária de até US$ 185 milhões. Em seguida, a Iris Energy (IREN) foi associada a uma disputa de US$ 100 milhões em condições semelhantes.

Ambas as empresas estão contestando as alegações. No entanto, os custos adicionais elevam a pressão em um setor já desafiado por margens estreitas.

No momento, o cenário é de recorde de dificuldade, queda de taxas e tensões regulatórias. Por isso, criou-se um ambiente complexo para a mineração de Bitcoin.

Disclaimer: Coinspeaker está comprometido em fornecer reportagens imparciais e transparentes. Este artigo tem como objetivo fornecer informações precisas e oportunas. Mas não deve ser considerado como conselho financeiro ou de investimento. Como as condições do mercado podem mudar rapidamente, recomendamos que você verifique as informações por conta própria. E consulte um profissional antes de tomar qualquer decisão com base neste conteúdo.

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Flavio Aguilar

Flavio Aguilar é jornalista e economista formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Atua há mais de 15 anos como repórter e editor em jornais e portais de notícias no Brasil. No momento, está cursando o mestrado em estudos literários da Universidade do Porto.