Na Copa do Mundo de Clubes da FIFA, os clubes brasileiros estão entre os mais fortes — pelo menos em relação aos seus fan tokens.
By Flavio Aguilar
Editor Marta Stephens
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Resumo da notícia:
Há alguns anos, muitos clubes tradicionais apostaram em fan tokens. Hoje em dia, eles estão um pouco fora do radar. No entanto, o futebol brasileiro ainda tem uma participação importante nesse mercado. E o Mundial de Clubes em andamento deixa isso bem claro.
Afinal, Flamengo, Fluminense e Palmeiras estão entre os destaques desse ecossistema. Todos eles se classificaram para as oitavas de final da Copa do Mundo de Clubes da Fifa. Mas os fan tokens mostram que seu potencial digital também é expressivo.
Segundo dados do último domingo (29/6), os fan tokens somam mais de R$ 1 bilhão em capitalização de mercado.
Eles estão bem atrás de categorias como a das meme coins, por exemplo, que somam mais de US$ 300 bilhões. No entanto, mesmo que não consigam competir com as melhores meme coins, os fan tokens têm um público fiel: os torcedores.
Esses ativos funcionam como certificados digitais com utilidade limitada. Por exemplo, eles dão aos torcedores acesso a experiências exclusivas, promoções e votações em decisões de menor impacto nos clubes.
Além disso, é possível negociá-los em exchanges, embora não sejam criptomoedas em sentido estrito. Mas, por rodarem em redes blockchain, geram alguma confusão. Aliás, estão até mesmo entre os criptoativos que pagam Imposto de Renda.
Na Copa do Mundo de Clubes da FIFA, os clubes brasileiros estão entre os mais fortes — pelo menos em relação aos seus fan tokens.
Por exemplo, o token do Flamengo ($MENGO) fechou a semana valendo R$ 0,61, com capitalização superior a R$ 7 milhões. No início do torneio, o valor era R$ 0,70.
Por outro lado, o do Fluminense ($FLU) estava em R$ 0,77, totalizando pouco mais de R$ 3 milhões. Por fim, fan token do Palmeiras ($VERDAO) valia R$ 0,24, com R$ 2 milhões em valor de mercado.
Com isso, o token do Flamengo ocupa o 7º lugar em valor de mercado, entre os clubes que disputam o Mundial de Clubes.
Entre todos os clubes, o Paris Saint-Germain ($PSG) ocupa o quarto lugar no ranking, com R$ 75 milhões de capitalização.
Também estão à frente do Flamengo os tokens do Porto ($PORTO), Juventus ($JUV), Manchester City ($CITY), Atlético de Madrid ($ATM) e Inter de Milão ($INTER).
No entanto, o maior fan token em circulação no mundo pertence a outro clube brasileiro. E a equipe em questão não está no Mundial deste ano.
O $SANTOS, do clube paulista de mesmo nome, lidera o ranking global com quase R$ 114 milhões em capitalização. Outros clubes que se destacam sem estar no Mundial são a Roma ($ASR), com R$ 96 milhões, e o Barcelona ($BAR), com R$ 63 milhões.
Os preços dos tokens costumam flutuar conforme o desempenho e a popularidade dos times. Então, quando um clube está em alta, a procura aumenta — e o valor tende a subir.
No entanto, casos como o do fan token do Santos demonstram que essa relação nem sempre explica tudo. Afinal, a equipe vive péssima fase, tendo recém voltado à Série A do Brasileirão.
Disclaimer: Coinspeaker está comprometido em fornecer reportagens imparciais e transparentes. Este artigo tem como objetivo fornecer informações precisas e oportunas. Mas não deve ser considerado como conselho financeiro ou de investimento. Como as condições do mercado podem mudar rapidamente, recomendamos que você verifique as informações por conta própria. E consulte um profissional antes de tomar qualquer decisão com base neste conteúdo.
Flavio Aguilar é jornalista e economista formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Atua há mais de 15 anos como repórter e editor em jornais e portais de notícias no Brasil. No momento, está cursando o mestrado em estudos literários da Universidade do Porto.
