Negociações de USDT crescem 32% e chegam a US$ 9,6 bi no Brasil

A Binance perdeu espaço em pares de BTC e ETH, mas domina o mercado de USDT no Brasil.

Flavio Aguilar By Flavio Aguilar André Sousa Editor André Sousa Atualizado em 3 mins read
Negociações de USDT crescem 32% e chegam a US$ 9,6 bi no Brasil

Resumo da notícia:

  • O volume negociado de USDT cresceu 32% e ultrapassou R$ 9,6 bilhões no país em junho.
  • No mesmo período, as exchanges brasileiras ampliaram sua participação no mercado.
  • A Binance perdeu espaço em pares de BTC e ETH, mas domina o mercado de USDT no Brasil.

O mês de junho trouxe movimentações relevantes no mercado cripto brasileiro, com destaque para o crescimento expressivo no volume negociado de USDT.

Afinal, de acordo com dados do Biscoint, o volume de negociações da stablecoin ultrapassou R$ 9,63 bilhões. Isso representa um salto de 32% em relação ao mês anterior.

A Binance segue como líder isolada no par USDT-BRL, com 81,9% de participação. No entanto, houve uma redistribuição no market share entre as exchanges. 

Por outro lado, corretoras nacionais como BitPreço e Mercado Bitcoin ganharam espaço nos pares de BTC e ETH. Portanto, parece haver uma tendência de maior diversificação entre os investidores locais.

USDT cresce mesmo com leve queda nos preços

No mês de junho, houve uma leve retração no preço médio do USDT, que caiu de R$ 5,69 para R$ 5,57.

No entanto, o volume total negociado deu um salto, passando de 1,28 bilhão para 1,73 bilhão de unidades. Em reais, isso representa um crescimento de R$ 7,29 bilhões para R$ 9,63 bilhões.

Houve aumento na média diária de negociação da moeda. Afinal, ela passou de 41,28 milhões para 57,66 milhões de USDT.

Os dados sugerem uma maior adoção de stablecoins como meio de pagamento e reserva de valor. Em meio ao surgimento de novas criptomoedas, os tokens com lastro em dólar continuam sendo uma alternativa popular.

Além disso, o fenômeno pode ter relação com um contexto de incertezas econômicas.

Por outro lado, o par BTC-BRL movimentou R$ 5,18 bilhões, uma alta de 5,7% em comparação com maio. Em unidades de BTC, a negociação subiu de 8.252 para 8.782.

Já em relação ao par ETH-BRL, o mercado recuou ligeiramente, com uma queda de 2,4% na negociação.

Exchanges nacionais ganham terreno

Os dados do Biscoint Monitor também apontam para uma maior competição entre corretoras. Afinal, a Binance, líder do setor cripto, perdeu espaço nos pares de BTC e ETH.

No caso do BTC, a Binance caiu de 58,4% para 53,5% em participação. Em ETH, o recuo foi ainda maior: de 56,7% para 49,7%.

Por outro lado, o Mercado Bitcoin avançou para 19,9% em BTC e 24,4% em ETH. Já a BitPreço cresceu para 14,8% e 12,8%, respectivamente.

Aliás, a BitPreço também manteve sua liderança entre as exchanges nacionais no par USDT-BRL, com 5,4% de participação, sinalizando sua força no segmento de stablecoins.

Disclaimer: Coinspeaker está comprometido em fornecer reportagens imparciais e transparentes. Este artigo tem como objetivo fornecer informações precisas e oportunas. Mas não deve ser considerado como conselho financeiro ou de investimento. Como as condições do mercado podem mudar rapidamente, recomendamos que você verifique as informações por conta própria. E consulte um profissional antes de tomar qualquer decisão com base neste conteúdo.

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Flavio Aguilar

Flavio Aguilar é jornalista e economista formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Atua há mais de 15 anos como repórter e editor em jornais e portais de notícias no Brasil. No momento, está cursando o mestrado em estudos literários da Universidade do Porto.