Polícia do MS desvenda golpe de R$ 1 bilhão com criptomoedas

Updated on Set 4, 2025 at 4:11 pm UTC by · 3 mins read

Em um dos casos, no Distrito Federal, uma única vítima perdeu R$ 450 mil.

A Polícia Civil do Mato Grosso do Sul cumpriu dois mandados de busca e apreensão em Dourados (MS), na quarta-feira (3/9), contra investigados em um golpe bilionário com criptomoedas.

As ações fazem parte da operação Edbox, coordenada pela Polícia Civil do Distrito Federal.

Além disso, a polícia cumpriu outros 19 mandados de busca e apreensão e 3 de prisão temporária em São Paulo, Guarujá, Boa Vista, Curitiba e Entre Rios. Segundo a polícia, o golpe movimentou mais de R$ 1 bilhão no ano passado.

Golpe enganava vítimas com falsa plataforma

A polícia não revelou se os criminosos lavavam o dinheiro usando Bitcoin (BTC) ou outras criptomoedas promissoras.

O esquema se baseava em uma plataforma virtual chamada Edbox, apresentada por um falso doutor em economia. As vítimas eram convencidas a investir valores altos com promessas de retornos expressivos.

Em seguida, os criminosos exigiam uma caução de 5% para a suposta liberação dos fundos. Afinal, eles alegavam que a plataforma estava bloqueada pela Polícia Federal e que os saques só ocorreriam após esse pagamento extra.

Por fim, os responsáveis pelo golpe tiraram a plataforma do ar, deixando prejuízos às vítimas. Aliás, em um dos casos, no Distrito Federal, uma única vítima perdeu R$ 450 mil.

Rede criminosa tinha atuação nacional

A investigação revelou mais de 400 denúncias em sites de reclamação desde abril de 2024.

Os líderes do esquema são chineses que moram na região central de São Paulo. Eles recrutavam brasileiros para recrutar vítimas em grupos de mensagens e recebiam pagamentos em criptomoedas.

Os golpistas lavavam o dinheiro por meio da compra de criptoativos, créditos de carbono e exportação de alimentos de Boa Vista (RR) para a Venezuela. Uma única empresa ligada ao grupo movimentou mais de R$ 1 bilhão em 2024.

Agora, os envolvidos responderão por estelionato, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Os esquemas criminosos envolvendo criptomoedas têm se tornado uma fonte de dor de cabeça em todo o mundo. Recentemente, a polícia do Reino Unido descobriu um golpe que usava a morte do jogador Diogo Jota para roubar criptomoedas.

Um relatório da Chainalysis de janeiro deste ano colocou os golpes de falsos investimentos entre os mais bem-sucedidos.

Disclaimer: Coinspeaker está comprometido em fornecer reportagens imparciais e transparentes. Este artigo tem como objetivo fornecer informações precisas e oportunas. Mas não deve ser considerado como conselho financeiro ou de investimento. Como as condições do mercado podem mudar rapidamente, recomendamos que você verifique as informações por conta própria. E consulte um profissional antes de tomar qualquer decisão com base neste conteúdo.

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