O Bitcoin superou novamente o patamar de US$ 90 mil.
Comentários de Trump sobre o próximo presidente do Fed reforçaram a expectativa de que a política monetária nos EUA se aproxime do fim do aperto.
O Bitcoin Hyper coloca o BTC no centro de todas as transações em um ambiente de execução compatível com o da Solana Virtual Machine (SVM).
O mercado global iniciou a semana em clima de recuperação, e o Bitcoin voltou a ganhar tração após dias de aversão ao risco. A criptomoeda superou novamente o patamar de US$ 90 mil — sendo negociada em torno de US$ 93.000 — graças a um conjunto de catalisadores que, segundo analistas como André Franco, CEO da Boost Research, e Paulo Aragão, apresentador do Giro Bitcoin, sinalizam uma mudança clara de sentimento no curto prazo.
A combinação entre as expectativas de novos ETFs da Vanguard, declarações do presidente Donald Trump sobre o novo comando do Federal Reserve (Fed) e a estabilização de Wall Street criou o ambiente ideal para uma retomada temporária do apetite global por risco.
Recuperação de BTC e criptomoedas ganha força
Paulo Aragão destaca que o Bitcoin e outros dos melhores criptoativos se recuperam ‘com força nos últimos dias’. Portanto, há estímulo a uma visão mais construtiva do mercado.
O interesse renovado em ETFs de cripto por parte da Vanguard funciona como um gatilho psicológico e institucional importante, reacendendo a percepção de fluxo futuro para essa classe de ativos.
Ao mesmo tempo, comentários de Trump sobre o próximo presidente do Fed reforçaram a expectativa de que a política monetária nos EUA se aproxime do fim do aperto. Esse tom mais suave favorece ativos de risco e tende a antecipar ciclos de maior liquidez, um fator historicamente benéfico para o Bitcoin.
A própria dinâmica dos mercados acionários reforçou esse cenário. Os índices dos Estados Unidos mostraram sinais claros de que a correção perdeu força, e os analistas projetam que haja espaço para altas até o período de Natal.
Na Ásia, o movimento foi semelhante: o Nikkei avançou 0,8%, e o índice regional ex-Japão subiu 0,3%, indicando uma retomada gradual da confiança após semanas de tensão.
Para André Franco, esse realinhamento global de risco cria um pano de fundo ‘neutro a ligeiramente positivo’ para o Bitcoin no curto prazo, com maior probabilidade de consolidação acima de US$ 90 mil se não houver choques macroeconômicos inesperados.
Para onde vai o Bitcoin?
Em termos técnicos, o Bitcoin agora se encontra diante de dois caminhos prováveis. O primeiro é buscar a faixa de US$ 98 mil a US$ 100 mil. Aliás, Paulo Aragão descreve essa possibilidade como ‘um grande teste de força do mercado’.
Esse intervalo representa não apenas uma barreira psicológica, mas também um ponto crítico para avaliar se o recente impulso tem sustentação ou se o movimento será rapidamente absorvido pela realização de lucros.
O segundo cenário, igualmente plausível, é uma correção mais curta, com retorno para a região entre US$ 88 mil e US$ 87 mil antes de uma nova tentativa de alta — padrão comum em mercados que migram de uma fase defensiva para uma fase construtiva.
Os dados on-chain reforçam o otimismo moderado. Franco destaca que há evidências claras de acumulação por parte dos grandes investidores, especialmente durante a queda mais recente.
O aumento expressivo na atividade da rede reforça esse comportamento. Historicamente, esses dois indicadores aparecem em momentos que antecedem movimentos mais fortes de alta — e ambos estão presentes agora.
Bitcoin Hyper pode se beneficiar
É nesses momentos de transição que as criptomoedas vinculadas ao Bitcoin ganham tração. O Bitcoin Hyper (HYPER), por exemplo, visa ser tudo o que a maior criptomoeda do mercado é. Mas com novas funcionalidades como contratos inteligentes e compatibilidade com a Solana.
O diferencial do Bitcoin Hyper é que ele coloca o BTC no centro de todas as transações. E faz isso em um ambiente de execução compatível com o da Solana Virtual Machine (SVM).
Ou seja, incorpora dApps, jogos, protocolos DeFi e plataformas de ativos do mundo real, usando o BTC como moeda padrão, mas com velocidade superior à dos dApps do Ethereum.
Isso é possível graças à ponte canônica do Hyper, que trava o BTC na camada base e reemite um BTC wrapped na Layer-2. Além disso, esse wrapped emitido circula livremente entre aplicações SVM sem o gargalo da rede Bitcoin.
Então, quando o usuário finaliza suas operações, o wrapped BTC é queimado e o BTC original é liberado na camada base. Portanto, a liquidação é feita sempre em Bitcoin, garantindo segurança máxima e descentralização real.
Dessa maneira, o modelo cria um novo motor de demanda para o BTC. Afinal, quanto mais aplicações utilizam o ecossistema Hyper, maior é o fluxo de BTC como combustível.
Naturalmente, isso impulsiona o valor do HYPER, token usado para pagar as taxas de uso, fazer staking e controlar a governança da rede. Ou seja, trata-se da infraestrutura que permite a movimentação do BTC dentro do ecossistema.
Disclaimer: Coinspeaker está comprometido em fornecer reportagens imparciais e transparentes. Este artigo tem como objetivo fornecer informações precisas e oportunas. Mas não deve ser considerado como conselho financeiro ou de investimento. Como as condições do mercado podem mudar rapidamente, recomendamos que você verifique as informações por conta própria. E consulte um profissional antes de tomar qualquer decisão com base neste conteúdo.
Leonardo Cavalcanti é jornalista especializado em criptomoedas, blockchain e finanças digitais. Além de tocar projetos próprios como o podcast BlockHistory. Também trabalha em desenvolvimento de negócios no ecossistema cripto como parceiro comercial Azify, com foco em parcerias estratégicas, tokenização e soluções de infraestrutura financeira.
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