Suspeito por mortes a mando do Faraó do Bitcoin é preso no Rio

Thiago Júlio Galdino teria participado de homicídios e tentativas de homicídios em 2021 na Região dos Lagos.

Flavio Aguilar By Flavio Aguilar Atualizado em 3 mins read
Suspeito por mortes a mando do Faraó do Bitcoin é preso no Rio

Resumo da notícia

  • A polícia do Rio prendeu Thiago Júlio Galdino, acusado de homicídios a mando do ‘Faraó do Bitcoin’.
  • Investigações apontam que a GAS Consultoria movimentou R$ 38 bilhões em esquema de pirâmide.
  • Glaidson Acácio dos Santos permanece preso e é acusado de liderar crimes de dentro da cadeia.

A Polícia do Rio de Janeiro prendeu na segunda-feira (11/8) Thiago Júlio Galdino, acusado de integrar o grupo criminoso liderado por Glaidson Acácio dos Santos, o ‘Faraó do Bitcoin’. 

Segundo o G1, a detenção ocorreu no Parque São Bento, em Duque de Caxias. A ação foi da Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA).

Thiago teria participado de homicídios e tentativas de homicídios em 2021 na Região dos Lagos. Os alvos eram possíveis concorrentes da GAS Consultoria.

Suspeito dos crimes, ele permanecia em liberdade. No entanto, voltou a ser procurado após a emissão de um mandado de prisão por envolvimento com a organização criminosa.

Faraó do Bitcoin movimentou R$ 38 bilhões

A GAS Consultoria movimentou cerca de R$ 38 bilhões, segundo investigações. Apesar de se apresentar como um negócio de trade de criptomoedas, o esquema funcionava como uma pirâmide financeira.

Glaidson foi preso na Operação Kryptos, em agosto de 2021. Na ocasião, alguns membros da quadrilha conseguiram escapar. Mas outros acabaram também na cadeia.

Sua esposa, Mirelis Yoseline Dias Zerpa, ficou mais de dois anos foragida. No entanto, acabou presa em Chicago (EUA), em janeiro de 2024. A deportação para o Brasil ocorreu em junho deste ano.

Segundo pessoas próximas ao casal, havia uma divisão de tarefas dentro da GAS. Enquanto Glaidson lidava com as pessoas, Mirelis tomava conta do dinheiro. 

Glaidson está no presídio de Catanduvas (PR) desde 2023. A transferência ocorreu após o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) averiguar que ele continuava liderando sua quadrilha de dentro da cadeia.

Mesmo com o acesso às melhores criptomoedas para investir cada vez mais fácil em corretoras regularizadas, continuam ocorrendo golpes com falsas empresas cripto.

Acusações vão além da fraude financeira

As autoridades já apreenderam 591 BTC, carros de luxo e mais de R$ 13 milhões em espécie ligados ao esquema.

Além disso, em 2023, a GAS foi alvo da CPI das Pirâmides, com Glaidson protagonizando embates com deputados. Um parlamentar chegou a chamá-lo de ‘um dos maiores bandidos da história do sistema financeiro nacional’.

A CPI também investigou a fraude da 18K Ronaldinho, envolvendo Ronaldinho Gaúcho, entre outros casos de pirâmide financeira.

As investigações apontam que o Faraó do Bitcoin liderava ações de monitoramento e assassinato de rivais no mercado cripto.

Áudios que a polícia obteve reforçam as suspeitas de que crimes violentos faziam parte de sua estratégia. Afinal, ele buscava eliminar possíveis ameaças ao seu próprio negócio ilegal.

Disclaimer: Coinspeaker está comprometido em fornecer reportagens imparciais e transparentes. Este artigo tem como objetivo fornecer informações precisas e oportunas. Mas não deve ser considerado como conselho financeiro ou de investimento. Como as condições do mercado podem mudar rapidamente, recomendamos que você verifique as informações por conta própria. E consulte um profissional antes de tomar qualquer decisão com base neste conteúdo.

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Flavio Aguilar

Flavio Aguilar é jornalista e economista formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Atua há mais de 15 anos como repórter e editor em jornais e portais de notícias no Brasil. No momento, está cursando o mestrado em estudos literários da Universidade do Porto.