Com custos crescentes e o halving de 2028 no horizonte, mineradoras enfrentam compressão de margens.
O mercado de mineração de BTC pode estar entrando em uma fase de compressão de margens. O alerta vem de Fred Thiel, CEO da Marathon Digital Holdings, uma das maiores mineradoras listadas em bolsa.
Segundo o executivo, o aumento nos custos de energia e a crescente concorrência estão tornando o setor mais desafiador, com impactos diretos na rentabilidade das operações.
As margens da mineração estão diminuindo com o aumento dos custos energéticos e a competição mais intensa.
Apenas mineradoras com acesso a energia barata ou que diversifiquem em IA e computação de alto desempenho conseguirão sobreviver, afirmou Thiel.
A análise ecoa preocupações crescentes no setor, especialmente diante da aproximação do halving de 2028, quando a recompensa por bloco cairá para cerca de 1,5 BTC.
O executivo alerta que, sem aumento no preço do Bitcoin ou nas taxas de transação, muitas mineradoras poderão enfrentar dificuldades para se manter lucrativas.
Marathon Digital CEO Fred Thiel warned that Bitcoin mining margins are shrinking amid rising energy costs and intensifying competition. Only miners with low-cost power access or those pivoting to AI and high-performance computing (HPC) are likely to survive. He cautioned that…
— Wu Blockchain (@WuBlockchain) November 12, 2025
Marathon adapta estratégia e mira energia quase zero
Para contornar a pressão sobre margens, a Marathon Digital vem implementando uma estratégia dupla. Agora, a empresa vai se basear em redução drástica no custo energético e expansão para infraestrutura de inteligência artificial (IA).
Essa abordagem reflete um movimento mais amplo de adaptação no setor, isto é, mineradoras buscando novas fontes de receita, talvez até mirando altcoins promissoras, e aplicações computacionais para aproveitar suas fazendas de hardware e data centers já instalados.
O objetivo é compensar os efeitos do aumento dos custos operacionais e preservar a lucratividade, mesmo em um cenário de margens mais estreitas.
A empresa também estuda modelos híbridos, combinando mineração tradicional com serviços de computação de alto desempenho (HPC) voltados a IA e processamento de dados científicos.
Um setor a caminho de consolidação
Especialistas apontam que o cenário descrito por Thiel pode acelerar a consolidação do mercado de mineração de BTC. Assim sendo, mineradoras menores, com alto custo energético e menor escala, tendem a ser absorvidas ou sair do mercado.
Os próximos ciclos devem privilegiar as companhias com maior eficiência energética, acesso direto a energia renovável e capacidade de diversificar suas operações.
Historicamente, períodos de compressão de margens antecederam reestruturações profundas na indústria, com redistribuição do hashpower e novas estratégias de capitalização.
O desafio pós-2028: eficiência e inovação como diferencial
Com o halving no horizonte e a recompensa por bloco em queda, a sobrevivência das mineradoras dependerá cada vez mais da eficiência operacional e da inovação tecnológica.
Além do acesso a energia barata, empresas que conseguirem integrar IA, computação distribuída e contratos inteligentes de otimização energética podem sair na frente na próxima fase do ciclo.
A declaração do CEO da Marathon Digital é vista como um aviso ao setor. Em suma, o tempo das margens fáceis pode ter ficado para trás.
A atividade de mineração de BTC continua relevante, mas exigirá mais capital, mais tecnologia e mais estratégia para se manter sustentável em um cenário competitivo e energeticamente mais caro.
Enquanto as margens caem, novas formas de mineração surgem
Com os custos energéticos em alta e as margens da mineração de BTC cada vez mais comprimidas, o setor busca alternativas que mantenham viva a essência do ecossistema.
Ou seja, os investidores agora buscam recompensa, engajamento e descentralização sem depender de operações industriais pesadas.
É nesse contexto que o projeto cripto PepeNode começa a ganhar destaque entre investidores e entusiastas.
A proposta do projeto é reimaginar a mineração em um formato 100% digital, eliminando a necessidade de equipamentos caros ou consumo energético elevado.
Em vez disso, os usuários participam de um sistema de mineração virtual gamificado, inspirado na lógica do Proof-of-Work, mas projetado para a era Web3.
Com mecânicas que misturam tokenomics deflacionária, recompensas progressivas e elementos de comunidade, o token Pepenode surge como uma alternativa criativa ao modelo tradicional.
Em suma, o PepeNode propõe uma forma de ‘minerar’ sem hardware, transformando o processo em uma experiência acessível e interativa.
Enquanto empresas como a Marathon Digital enfrentam desafios estruturais, o Pepenode representa a nova geração da cultura de mineração, ou seja, mais leve, mais inclusiva e totalmente digital.
Disclaimer: Coinspeaker está comprometido em fornecer reportagens imparciais e transparentes. Este artigo tem como objetivo fornecer informações precisas e oportunas. Mas não deve ser considerado como conselho financeiro ou de investimento. Como as condições do mercado podem mudar rapidamente, recomendamos que você verifique as informações por conta própria. E consulte um profissional antes de tomar qualquer decisão com base neste conteúdo.
next