A maior exchange do mundo tenta conter danos em meio a críticas e pedidos de regulação.
A Binance, maior exchange de criptomoedas do mundo, voltou ao centro das atenções após o maior evento de liquidação da história do mercado cripto, ocorrido na sexta-feira (10/10).
Em meio a acusações de manipulação, quedas de tokens e falhas operacionais, a empresa agora tenta reconstruir a confiança de seus usuários. Inclusive, anunciou o pagamento de US$ 283 milhões (cerca de R$ 1,57 bilhão) em indenizações a usuários afetados pela perda de paridade de três ativos da Binance Earn durante a forte queda do mercado de criptomoedas..
Sexta-feira de caos: US$ 20 bilhões em liquidações
Segundo dados consolidados do Coinglass, mais de US$ 19 bilhões acabaram liquidados em 24 horas. Este volume afetou diretamente posições alavancadas em Bitcoin (BTC), mas também nas maiores altcoins, como Ethereum (ETH) e Solana (SOL).
Durante o pico da volatilidade, dashboards da Binance chegaram a travar, dificultando o gerenciamento de posições por parte dos traders.
A falha alimentou suspeitas de manipulação de mercado, especialmente devido ao comportamento atípico de tokens como USDE, wBETH e BnSOL, que perderam valor abruptamente.
Outras corretoras também acabaram afetadas. Mas analistas e executivos do setor apontaram a Binance como foco principal.
O CEO da OKX, Star Xu, chegou a criticar publicamente a rival, dizendo que práticas como ‘inflar preços artificialmente e explorar o sentimento dos usuários’ corroem a confiança no ecossistema.
Binance nega manipulação, mas reconhece falhas
O CEO da Binance, Richard Teng, negou veementemente as acusações de manipulação. Segundo ele, as liquidações resultaram de ‘atividade de mercado extremamente intensa’, não de intervenções deliberadas. Em nota oficial, ele declarou:
Negamos qualquer conduta imprópria. O que ocorreu foi um reflexo de forte movimento de mercado e alto volume de operações.
Mesmo assim, a comunidade cripto segue exigindo transparência sobre o sistema de contas unificadas da Binance. Por exemplo, muitos usuários apontaram isso como um dos possíveis gatilhos para a desancoragem (depeg) de tokens e liquidações automáticas em série.
Binance anuncia compensação a usuários afetados
Tentando conter o desgaste, Richard Teng anunciou um plano de compensação para usuários que sofreram perdas diretamente relacionadas às falhas da plataforma durante o evento.
A Binance pagou R$ 1,57 bilhão em indenizações após perdas de paridade em três ativos da Binance Earn.
A medida foi confirmada pela cofundadora Yi He, que pediu aos afetados que entrem em contato com o suporte da Binance para registrar os casos.
Segundo a empresa, o programa cobre problemas técnicos e de execução, mas não inclui perdas decorrentes da volatilidade normal do mercado. Segundo Teng:
Não buscamos desculpas — aprendemos com o ocorrido e estamos comprometidos em fazer melhor.
Especialistas interpretam o gesto como uma tentativa de restaurar a confiança institucional, especialmente após a saída de Changpeng Zhao (CZ) e o início da gestão mais regulatória e corporativa de Teng.
Críticas e pedidos por regulação
O episódio reacendeu o debate sobre riscos sistêmicos em exchanges centralizadas e falta de transparência operacional.
Casos anteriores, como o colapso da FTX e o crash da Terra/LUNA, servem de pano de fundo para um mercado que, embora amadurecido, ainda sofre com vulnerabilidades estruturais.
O CEO da Crypto.com, Kris Marszalek, chegou a defender a criação de auditorias independentes para todas as grandes plataformas.
O argumento é que ‘sem regras claras e dados públicos, a confiança do investidor institucional jamais será plena’.
Reguladores também monitoram a situação de perto. Além disso, analistas acreditam que o evento deve acelerar medidas de supervisão global sobre exchanges, especialmente na Ásia e na União Europeia.
Segurança e auto-custódia ganham força após as liquidações
As liquidações em massa da última sexta-feira deixaram uma mensagem clara para o mercado, isto é, nem mesmo as maiores exchanges estão livres de falhas.
Durante o colapso, diversos traders enfrentaram problemas técnicos e congelamentos de painel, perdendo o controle de posições em questão de segundos.
Esse cenário reacendeu o debate sobre autocustódia e segurança digital, pilares fundamentais para quem busca operar com autonomia no universo cripto.
Afinal, confiar integralmente em plataformas centralizadas pode significar expor o portfólio a riscos que fogem do alcance do investidor.
É nesse contexto que as carteiras não custodiais voltam a ganhar protagonismo. Isso porque elas permitem que o usuário mantenha controle total sobre seus ativos, sem depender de intermediários ou políticas internas de exchanges.
Best Wallet: autonomia e integração no centro da Web3
Entre as soluções mais citadas no setor está a Best Wallet, uma carteira descentralizada e multichain que oferece armazenamento seguro, compatibilidade com múltiplos tokens e integração com pré-vendas e airdrops em tempo real.
Além de permitir encontrar novos tokens promissores em pré-venda, como PepeNode (PEPENODE) e Bitcoin Hyper (HYPER), a Best Wallet adota um design intuitivo que facilita o acesso tanto para iniciantes quanto para usuários avançados.
A plataforma também se destaca por não depender de custódia externa. Com isso, reduz os riscos em momentos de volatilidade extrema, como os observados na Binance e em outras exchanges centralizadas.
Em um cenário de instabilidade, a Best Wallet se consolida como uma ferramenta de autonomia financeira, permitindo que o investidor mantenha suas chaves privadas, seus fundos e sua liberdade digital.
Disclaimer: Coinspeaker está comprometido em fornecer reportagens imparciais e transparentes. Este artigo tem como objetivo fornecer informações precisas e oportunas. Mas não deve ser considerado como conselho financeiro ou de investimento. Como as condições do mercado podem mudar rapidamente, recomendamos que você verifique as informações por conta própria. E consulte um profissional antes de tomar qualquer decisão com base neste conteúdo.
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