O movimento reflete uma correção natural após a criptomoeda alcançar novas máximas no mês.
O Bitcoin (BTC) iniciou a semana em queda, negociado próximo a US$ 111.000 nesta segunda-feira (25/8). O movimento reflete uma correção natural após a criptomoeda alcançar novas máximas no mês.
Nas últimas 24 horas, o BTC acumula queda de 3%, segundo dados do CoinGecko. Essa retração é parte de um movimento iniciado em 14 de agosto, quando o ativo ultrapassou os US$ 124.000 e registrou sua nova máxima histórica.
Em seguida, o preço recuou mais de 10%. Agora, o que antes parecia apenas uma correção pode se transformar em uma pressão maior de venda. No entanto, a análise on-chain segue apontando sinais de força para o ativo.
Queda atual pode ser positiva para o Bitcoin?
Apesar da correção, o movimento atual pode ser visto como saudável para o mercado. Desde junho, o Bitcoin valorizou mais de 20%, levando praticamente todos os detentores à zona de lucro. Historicamente, quando cerca de 95% da oferta está em lucro, forma-se um topo de mercado.
Agora, essa porcentagem caiu para o menor nível em dois meses, de acordo com a Glassnode. Isso reduz a chance de uma reversão para tendência de baixa.
Além disso, os fluxos em exchanges confirmam o cenário otimista. Dados revelam que mais de US$ 600 milhões em BTC saíram das plataformas centralizadas no último fim de semana.
Essa saída reduz a pressão de venda, pois os investidores tendem a mover moedas para carteiras de custódia quando esperam valorização. O reflexo imediato aparece no próprio book de ordens: nas últimas quatro horas, os dados já mostram vantagem dos compradores.
Em resumo, o ajuste de preço diminui o risco de euforia excessiva e cria uma base mais sólida para novos saltos.
Níveis técnicos e cenários de curto prazo
Na análise gráfica, o BTC ainda apresenta sinais de correção. O gráfico semanal mostra que os vendedores pressionam o ativo abaixo do nível de retração de 0,5 de Fibonacci. Se essa pressão continuar, o preço pode buscar a região de US$ 108.000, que coincide com a média móvel exponencial (EMA) de 21 dias.
Esse patamar é crucial, pois o Bitcoin não fecha abaixo dele desde abril. Caso se mantenha, o nível pode funcionar como suporte para um novo movimento de alta. Além disso, o cruzamento da EMA de 9 semanas com a EMA de 21 semanas ainda aponta que a tendência macro permanece de alta.
Outro fator técnico relevante é o volume. Durante a queda, os volumes vendedores não superaram os observados nas últimas altas, o que sugere falta de convicção entre os ursos. Essa condição pode facilitar uma recuperação rápida, caso os compradores defendam o suporte.
Projeções de Fibonacci também reforçam essa leitura. Acima de US$ 111.000, as próximas resistências aparecem próximas a US$ 114.000 e US$ 118.000.
Um rompimento dessa faixa pode abrir espaço para testar novamente a máxima em US$ 124.000. Já uma falha em defender US$ 108.000 pode ampliar a correção até US$ 103.000. Mas esse cenário ainda parece menos provável no curto prazo.
Conclusão
O Bitcoin enfrenta uma correção natural após marcar uma nova máxima histórica. O preço caiu mais de 10% desde 14 de agosto, mas indicadores on-chain e técnicos continuam apontando força compradora.
A redução do número de moedas em lucro, a saída expressiva de BTC das exchanges e a manutenção da tendência macro sugerem que a atual queda pode ser apenas um ajuste saudável.
Assim, apesar da pressão de curto prazo, o cenário para esta semana segue inclinado para uma recuperação de preço.
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