Bitcoin mostra sinais de exaustão vendedora e possível formação de piso local.
Indicadores on-chain e técnicos revelam queda de força entre vendedores e estabilização gradual.
Movimento reforça cautela do mercado, enquanto grandes investidores seguem acumulando.
O Bitcoin hoje (20/11) opera em leve alta, mas o contexto permanece preocupante. Afinal, a moeda voltou a operar abaixo de US$ 90.000 nas últimas semanas e reacendeu as preocupações sobre a resistência do mercado em meio à volatilidade.
Por outro lado, métricas on-chain analisadas pela Glassnode indicam que o ciclo atual pode estar próximo de um ponto de estabilização. E o comportamento do mercado à vista reforça essa leitura, com volumes estáveis e redução das vendas mais agressivas.
No entanto, os analistas ressaltam que o movimento ainda inspira cautela, já que os investidores permanecem sensíveis ao cenário macroeconômico.
Indicadores técnicos mostram desaceleração da pressão
O RSI caiu de 34,1 para 27,3 em sete dias, entrando em território de sobrevenda. Esse tipo de leitura costuma aparecer em momentos de esgotamento dos vendedores, como vem sendo demonstrado em relação ao Bitcoin hoje — e também nas melhores altcoins, como Ethereum (ETH) e Solana (SOL).
Já os mercados de derivativos vêm registrando uma forte pressão baixista. Além disso, a alavancagem segue contida. Já o interesse em aberto, mantido em US$ 34,5 bilhões, sugere um ajuste ordenado, de acordo com a Glassnode.
No segmento de ETFs, as saídas líquidas recuaram 36,9%, passando de -US$ 1,2 bilhão para -US$ 774 milhões. E os investidores institucionais reduziram o ritmo de venda, indicando maior prudência.
Atividade on-chain reforça cenário de consolidação do Bitcoin hoje
A atividade na rede Bitcoin caiu 6,8%, para US$ 12,5 bilhões em transferências semanais. Além disso, as taxas de transação recuaram 14,3%. Portanto, há menos especulação no momento.
Também a capitalização de mercado realizada desceu de 2,5% para 2,1%. Por fim, a parcela da oferta em lucro caiu para 70,2%, enquanto o NLRL atingiu -12,4%.
Esses números costumam surgir em etapas avançadas de correção, quando o mercado procura um ponto de equilíbrio antes de movimentos mais amplos.
Investidores de longo prazo demonstram fadiga
A Glassnode aponta que a proporção entre oferta de curto e longo prazo subiu para 19,1%. Além disso, mais moedas agora estão em mãos mais sensíveis ao preço.
O analista Carmelo Alemán afirma que detentores antigos venderam por ‘fadiga’, não por pânico. Afinal, muitos teriam realizado ganhos acumulados de 60% a 80% desde julho. Então, o padrão não indica uma capitulação profunda.
Mas os grandes investidores seguem absorvendo a pressão vendedora dos menores. E isso tende a reduzir a probabilidade de quedas mais acentuadas. Por isso, a Glassnode avalia que o BTC pode estar construindo um piso entre US$ 94.000 e US$ 100.000.
Saylor mantém otimismo mesmo com queda acentuada
O sentimento do mercado segue frágil, mas figuras influentes continuam confiantes. Esse é o caso de Michael Saylor, da Strategy. Ele não parece estar intimidado com as críticas recentes.
‘Nunca recue’, escreveu, ao comentar o momento atual. Além disso, ele reforçou que a Strategy está preparada para enfrentar quedas severas do Bitcoin hoje. Afinal, segundo o executivo:
A empresa está preparada para suportar um drawdown de 80% a 90%.
Uma queda desse tamanho significaria ver o BTC em uma faixa entre US$ 25.242 e US$ 12.621, valores próximos ao preço médio pago pela empresa em 2020. Portanto, mesmo com o recuo recente, Saylor mantém a visão de longo prazo.
Disclaimer: Coinspeaker está comprometido em fornecer reportagens imparciais e transparentes. Este artigo tem como objetivo fornecer informações precisas e oportunas. Mas não deve ser considerado como conselho financeiro ou de investimento. Como as condições do mercado podem mudar rapidamente, recomendamos que você verifique as informações por conta própria. E consulte um profissional antes de tomar qualquer decisão com base neste conteúdo.
Flavio Aguilar é jornalista e economista formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Atua há mais de 15 anos como repórter e editor em jornais e portais de notícias no Brasil. No momento, está cursando o mestrado em estudos literários da Universidade do Porto.
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