Bitcoin se mantém na faixa dos US$ 110.000 depois da correção de outubro.
Inflação dos EUA desacelerou para 3% em setembro, abaixo das previsões.
Relatório veio a público em meio à paralisação do governo e expectativa de corte de juros pelo Fed.
O Bitcoin hoje (24/10) registra uma alta moderada após a divulgação de um relatório que mostrou uma leve desaceleração da inflação nos Estados Unidos. O Índice de Preços ao Consumidor (CPI), um dos principais termômetros econômicos do país, avançou 3% nos 12 meses até setembro, abaixo da estimativa de 3,1%.
De acordo com o CoinMarketCap, às 14h (horário de Brasília), o Bitcoin valia pouco mais de US$ 110.000, com valorização de 0,5% nas últimas 24 horas.
A principal criptomoeda do mercado chegou a tocar os US$ 111.000. No entanto, mantém-se distante do pico de US$ 121.000 de duas semanas atrás. Afinal, o BTC ainda sofre os efeitos da desconfiança do mercado devido às tensões comerciais no palco global.
Bitcoin hoje reage a relatório da inflação nos EUA
A leitura de setembro marca o terceiro mês seguido de aceleração do CPI nos EUA, após a inflação cair para 2,3% em abril. No entanto, o resultado mais recente indica um arrefecimento em relação às previsões.
O relatório de inflação nos EUA saiu com uma semana de atraso devido à paralisação do governo americano, que já dura 24 dias.
Também se mantém a percepção de que o Federal Reserve (Fed), o banco central americano, pode manter o plano de reduzir juros nas próximas reuniões. Isso vem sendo essencial para evitar uma queda maior do preço do Bitcoin hoje, assim como das melhores altcoins.
Os analistas observam que Fed ainda será cauteloso, avaliando dados de emprego e atividade antes de decidir novos cortes. Vale lembrar que o órgão já aprovou uma redução de juros na reunião mais recente, em setembro.
A ferramenta CME FedWatch mostra que as chances de uma redução de 0,25 ponto percentual na penúltima reunião de 2025 permanecem altas. No entanto, elas caíram ligeiramente, de 91% para 88%.
Perspectivas para o Bitcoin e o Ethereum
Então, com o arrefecimento da inflação, cresce a expectativa de que o ambiente monetário mais favorável impulsione os ativos de risco, incluindo criptomoedas como BTC e ETH. A leve recuperação do Bitcoin hoje demonstra a resiliência da moeda mesmo após fortes correções em outubro.
Aliás, a combinação de juros mais baixos e liquidez global tende a favorecer a busca por alternativas como Bitcoin e Ethereum. O ouro, por sua vez, atingiu novos recordes diante da incerteza sobre a política comercial do governo Trump.
O presidente do Fed, Jerome Powell, reiterou no início do mês que ‘não existe caminho isento de risco para a política monetária’, enfatizando que as decisões seguem uma abordagem ‘reunião a reunião’.
Além disso, Powell reforçou que o equilíbrio entre controle inflacionário e estabilidade do emprego seguirá no centro das discussões.
Disclaimer: Coinspeaker está comprometido em fornecer reportagens imparciais e transparentes. Este artigo tem como objetivo fornecer informações precisas e oportunas. Mas não deve ser considerado como conselho financeiro ou de investimento. Como as condições do mercado podem mudar rapidamente, recomendamos que você verifique as informações por conta própria. E consulte um profissional antes de tomar qualquer decisão com base neste conteúdo.
Flavio Aguilar é jornalista e economista formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Atua há mais de 15 anos como repórter e editor em jornais e portais de notícias no Brasil. No momento, está cursando o mestrado em estudos literários da Universidade do Porto.
We use cookies to ensure that we give you the best experience on our website. If you continue to use this site we will assume that you are happy with it.Ok