Bitcoin Hoje: entenda a montanha-russa de US$ 126k a US$ 104k

On Out 13, 2025 at 3:39 pm UTC by · 5 mins read

Após cair de US$ 126 mil para US$ 104 mil por tarifas de Trump, Bitcoin hoje recupera aos US$ 114 mil impulsionado por forte compra institucional durante o crash.

O Bitcoin hoje se recupera, após sua semana mais turbulenta em 2025, quando oscilou entre uma máxima histórica de US$ 126.080 e uma queda abrupta para próximo de US$ 104 mil em apenas quatro dias.

A volatilidade extrema foi desencadeada por tensões geopolíticas envolvendo tarifas comerciais anunciadas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, contra a China.

Enquanto o mercado registrou a maior liquidação da história, investidores institucionais aproveitaram a correção para acumular Bitcoin em níveis descontados, sinalizando confiança no ativo a longo prazo.

O topo histórico e o gatilho geopolítico

Na segunda-feira passada, 6 de outubro, o Bitcoin celebrava um novo recorde: US$ 126.080. O mercado estava otimista, com a criptomoeda estável acima de US$ 122 mil. Mas a euforia durou pouco. Quatro dias depois, na sexta-feira (10/10), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, lançou uma bomba nos mercados globais ao anunciar tarifas de 100% sobre produtos chineses.

Trump acusou a China de controlar a exportação de terras raras, materiais cruciais para semicondutores e chips usados na mineração de Bitcoin. Em menos de uma hora, o preço do Bitcoin despencou de US$ 122 mil para próximo de US$ 104 mil, uma queda de aproximadamente 15%. O pânico se espalhou rapidamente, amplificado por liquidações automáticas em cascata.

Por que as tarifas impactaram tanto o Bitcoin?

Sarah Uska, analista de criptoativos do Bitybank, explica que:

‘O impacto potencial das tarifas sobre cadeias de suprimentos de chips e semicondutores, fundamentais para a mineração de bitcoin, também contribuiu para o pessimismo’.

A ameaça de interrupção nas cadeias globais criou incertezas sobre custos futuros de mineração.

André Franco, CEO da Boost Research, classificou o movimento como ‘exagerado’, afirmando que ‘em momentos assim o mercado se torna disfuncional’. Para ele, a reação foi desproporcional, abrindo espaço para correções posteriores.

Instituições compraram na baixa: o sinal mais importante

Enquanto investidores de varejo entravam em pânico, um movimento silencioso e estratégico acontecia nos bastidores. Dados da plataforma CryptoQuant revelaram que o ‘Índice Premium da Coinbase’ atingiu sua máxima em 19 meses durante a queda de sexta-feira, alcançando 0,182. Esse índice mede a diferença de preço do Bitcoin entre a Coinbase (preferida por investidores institucionais dos EUA) e a Binance (mais usada por traders globais).

Normalmente, durante quedas abruptas, esse prêmio contrai ou fica negativo, refletindo a pressão de venda. Mas, desta vez, o índice subiu para um recorde, indicando forte atividade de compra institucional. Em vez de vender em pânico, as ‘baleias’ aproveitaram os preços com desconto para acumular mais Bitcoin, demonstrando confiança no ativo a longo prazo.

Esse comportamento é um sinal de maturidade do mercado. Investidores experientes sabem que quedas desse tipo costumam abrir oportunidades de entrada estratégica, como destacam os analistas. A empresa de mineração Marathon Digital (MARA), por exemplo, adquiriu 400 BTC logo após a queda, aproveitando a liquidez e o pânico para construir posições de longo prazo.

Trump recua e o mercado respira

A recuperação começou no domingo (12/10), quando Trump suavizou o tom afirmando que ‘os EUA pretendem ajudar a China, não machucá-la’. A declaração acalmou os ânimos e iniciou uma forte recuperação. O Bitcoin hoje (13/10) já está novamente na casa dos US$ 114 mil.

Tasso Lago, fundador da Financial Move, afirma que vê o momento ‘como oportunidade, porque os fundamentos não mudaram’. Para ele, quem mantém visão de longo prazo tende a se beneficiar.

Análise técnica: cautela apesar da recuperação

Apesar da recuperação em ‘V’, a análise técnica pede prudência. De acordo com analistas da CoinDesk, a queda de sexta-feira marcou a terceira falha do Bitcoin em se manter acima de uma linha de tendência de resistência crítica, que une os topos históricos de 2017 e 2021. O analista Omkar Godbole destaca:

Uma vez é um acidente, duas vezes é uma coincidência, três vezes é um padrão

Além disso, indicadores como o MACD (Convergência e Divergência de Médias Móveis) mostram um enfraquecimento do momentum de alta tanto nos gráficos mensais quanto diários. Da mesma forma, as longas sombras nas velas de julho, agosto e outubro indicam fadiga dos touros acima dessa linha de tendência, sugerindo que a resistência é mais forte do que muitos imaginavam.

Nesse contexto, a análise técnica aponta que o caminho de menor resistência pode ser para baixo, com uma possível queda para testar o suporte na casa dos US$ 100 mil. No trajeto descendente, a média móvel simples de 200 dias, localizada em US$ 107.000, também pode oferecer suporte.

Por outro lado, para invalidar esse cenário de baixa, os touros precisariam impulsionar o preço para acima de US$ 121.800, rompendo definitivamente a resistência histórica.

O que esperar daqui para frente?

A semana turbulenta expôs tanto a fragilidade quanto a resiliência do mercado cripto. A sensibilidade geopolítica e as liquidações em cascata mostram riscos significativos. Mas a rápida recuperação e o acúmulo institucional demonstram maturidade crescente.

Vinicius Bazan, CEO da Underblock, resume o cenário:

Dado o quanto foi desproporcional, pode ser oportunidade.

A questão é se o Bitcoin romperá a resistência de US$ 120 mil ou testará os US$ 100 mil antes de retomar a alta.

Disclaimer: Coinspeaker está comprometido em fornecer reportagens imparciais e transparentes. Este artigo tem como objetivo fornecer informações precisas e oportunas. Mas não deve ser considerado como conselho financeiro ou de investimento. Como as condições do mercado podem mudar rapidamente, recomendamos que você verifique as informações por conta própria. E consulte um profissional antes de tomar qualquer decisão com base neste conteúdo.

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