Bitcoin bate recordes globais em outubro: veja a análise

On Out 7, 2025 at 3:32 pm UTC by · 5 mins read

O Bitcoin alcança máximas históricas em euro, franco suíço e iene, consolidando outubro como o mês mais forte do ano. Analistas apontam US$ 130 mil como próximo alvo enquanto o Japão sinaliza retorno à política Abenomics.

O Bitcoin não está somente batendo recordes em dólar. A principal criptomoeda do mercado alcançou máximas históricas em múltiplas moedas ao redor do mundo.

No momento da redação deste artigo, o Bitcoin está cotado em US$ 124.746, consolidando-se próximo à sua máxima histórica de US$ 126.080 alcançada em 6 de outubro. Além disso, a criptomoeda cruzou EUR 106.000 em euro e CHF 99.600 em franco suíço. No Japão, o ativo também estabeleceu um novo recorde em iene japonês. Algo em torno de R$ 666 mil.

Este movimento global reforça a tese do Bitcoin como um ativo de reserva de valor internacional. Diferentemente de ciclos anteriores, quando a alta era concentrada principalmente no mercado norte-americano, o rali atual demonstra força em praticamente todos os mercados desenvolvidos.

Isso sugere uma maturação do mercado de criptomoedas e uma aceitação mais ampla do Bitcoin como proteção contra a desvalorização de moedas fiduciárias.

Uptober: outubro confirma padrão histórico de alta

Outubro de 2025 está confirmando mais uma vez o padrão histórico conhecido como ‘Uptober’. Historicamente, outubro é um dos meses mais positivos para o Bitcoin. Neste ano, a criptomoeda já acumula uma alta de 10,3% no mês. Além disso, o ativo registra uma valorização de 33% em 2025, consolidando-se como um dos melhores investimentos do ano.

Guilherme Prado, country manager da Bitget no Brasil, destaca que o mês de outubro consolida-se novamente como positivo para o Bitcoin. Segundo ele, o ativo está sustentado por forte liquidez e suporte técnico robusto em níveis elevados. A expectativa é que o preço siga em tendência altista, com potencial para testar a região dos US$ 130 mil nos próximos dias.

Diferentemente de outros meses do ano, outubro costuma apresentar condições macroeconômicas favoráveis para ativos de risco. Neste ano, a combinação de expectativas de cortes de juros pelo Federal Reserve e incertezas políticas globais cria um ambiente propício para o Bitcoin.

Japão sinaliza retorno à política Abenomics

Sanae Takaichi, nova líder do partido governista japonês, sinalizou um retorno à política de flexibilização monetária estilo Abenomics. Ela deve se tornar a primeira mulher primeira-ministra do Japão após votação parlamentar prevista para 15 de outubro. Essa abordagem caracteriza-se por estímulos monetários agressivos e taxas de juros ultrabaixas.

A perspectiva de uma política monetária mais frouxa no Japão tem impacto direto nos mercados globais. Historicamente, períodos de flexibilização monetária no Japão levam a um enfraquecimento do iene e a uma busca por ativos alternativos. Isso beneficia diretamente o Bitcoin, que funciona como uma proteção contra a desvalorização de moedas fiduciárias.

Além disso, o Japão possui uma das comunidades de investidores em criptomoedas mais ativas do mundo. O país foi um dos primeiros a regulamentar o mercado de criptoativos e possui uma infraestrutura bem desenvolvida para negociação de Bitcoin. Portanto, mudanças na política monetária japonesa tendem a ter um efeito amplificado no mercado de criptomoedas.

Bitcoin como ativo global de proteção

A alta simultânea do Bitcoin em múltiplas moedas reforça sua narrativa como ativo global de proteção. Enquanto bancos centrais ao redor do mundo mantêm políticas monetárias expansionistas, o Bitcoin oferece uma alternativa com fornecimento limitado e programado. Atualmente, existem 19,93 milhões de BTC em circulação, de um máximo de 21 milhões.

Marco Aurélio Moreira, CIO da Vault Capital, aponta que o Bitcoin mantém um viés positivo, mas opera próximo a zonas de exaustão. Segundo sua análise técnica, a sustentação acima de US$ 123.731 é o ponto-chave para validar a força da tendência. Por outro lado, se o ativo romper a resistência em US$ 126 mil de forma efetiva, pode entrar em zona de descoberta de preço, mirando alvos entre US$ 128 mil e US$ 131 mil.

A capitalização de mercado do Bitcoin atingiu US$ 2,48 trilhões, consolidando sua posição como o sétimo maior ativo do mundo. Isso coloca a criptomoeda à frente de grandes empresas e commodities tradicionais. Além disso, a dominância do Bitcoin no mercado de criptomoedas está em 56,6%, o que demonstra sua força em relação às altcoins.

Perspectivas para o restante de outubro

As perspectivas para o restante de outubro permanecem positivas. O volume de negociação do Bitcoin nas últimas 24 horas foi de US$ 66,3 bilhões, representando um aumento de 25,6% em relação ao dia anterior. Esse aumento significativo no volume sugere forte interesse dos investidores e valida o movimento de alta.

Fonte: Lookonchain

Nic Puckrin, analista de criptomoedas e cofundador do The Coin Bureau, afirma que agora que o Bitcoin ultrapassou a máxima histórica anterior, o maior risco é ficar preso em uma faixa estreita. Segundo ele, é preciso haver algum movimento de preço para confirmar que a alta ainda tem fôlego até o final do ano.

No médio e longo prazo, a combinação entre fortalecimento dos ETFs, aumento da adoção institucional e o papel do Bitcoin como reserva de valor cria um ambiente propício para novas máximas até o final de 2025. Paralelamente, o avanço regulatório e o interesse crescente por setores como DeFi reforçam os sinais de uma possível altseason, com o capital gradualmente migrando para projetos com fundamentos sólidos.

Disclaimer: A Coinspeaker está comprometida em fornecer reportagens imparciais e transparentes. Este artigo tem como objetivo fornecer informações precisas e oportunas. No entanto, não deve ser considerado como conselho financeiro ou de investimento. As condições do mercado podem mudar rapidamente. Por isso, recomendamos que você verifique as informações por conta própria. Consulte um profissional antes de tomar qualquer decisão com base neste conteúdo.

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