O governo federal estaria articulando a criação do programa Brasil Seguro para fiscalizar fintechs e exchanges cripto.
A medida surge após o ataque hacker que desviou mais de R$ 1 bilhão de contas reservas do Pix.
A iniciativa envolveria Banco Central, Polícia Federal, BNDES e Febraban.
O governo federal planeja lançar um programa para monitorar de perto as operações de corretoras de criptomoedas e fintechs. Com o nome de Brasil Seguro, o projeto deve envolver Polícia Federal, o Banco Central, o BNDES e a Febraban.
O programa surge como resposta ao ataque hacker bilionário contra a C&M Software, que resultou no desvio de mais de R$ 1 bilhão. A ação vem sendo tratada como o maior ataque cibernético já registrado no sistema financeiro nacional.
Nenhum dos órgãos envolvidos falou oficialmente sobre o Brasil Seguro até o momento. No entanto, o episódio parece ter acelerado os planos do governo para reforçar o controle sobre o setor.
Hackers usaram criptomoedas para lavar dinheiro
O ataque ao sistema Pix ocorreu no início de julho. Hackers acessaram contas de reserva de seis instituições financeiras, incluindo BMP e Credsystem. Para que isso fosse possível, eles utilizaram credenciais da prestadora C&M, que fornece integração ao sistema do Banco Central.
Então, os criminosos tentaram lavar os valores por meio de transações com criptomoedas. Eles direcionaram parte do dinheiro a plataformas com integração ao Pix, com o objetivo de convertê-lo em USDT e BTC. No entanto, não está claro se os hackers tentaram usar outras criptomoedas baratas.
Também houve tentativas de movimentar os recursos por meio de mesas OTC. No entanto, algumas corretoras identificaram a atividade suspeita e bloquearam os envios, alertando as autoridades. O caso segue em investigação.
Brasil Seguro pode reforçar protocolos de segurança
O caso gerou reação imediata no setor cripto, que agora promete colaborar com investigações e fortalecer seus protocolos.
Especialistas afirmam que foi possível bloquear uma parte dos valores antes da conversão total.
Por fim, a expectativa é que o Brasil Seguro se una à regulamentação prevista pela Lei 14.478/2022.
O Banco Central deve publicar as diretrizes ainda este ano. Caso o projeto saia do papel, deve haver um impacto direto sobre empresas que operam com ativos digitais no país.
Disclaimer: Coinspeaker está comprometido em fornecer reportagens imparciais e transparentes. Este artigo tem como objetivo fornecer informações precisas e oportunas. Mas não deve ser considerado como conselho financeiro ou de investimento. Como as condições do mercado podem mudar rapidamente, recomendamos que você verifique as informações por conta própria. E consulte um profissional antes de tomar qualquer decisão com base neste conteúdo.
Flavio Aguilar é jornalista e economista formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Atua há mais de 15 anos como repórter e editor em jornais e portais de notícias no Brasil. No momento, está cursando o mestrado em estudos literários da Universidade do Porto.
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