Cartões cripto ganham força na Europa e indicam uma nova era nos pagamentos digitais.
By Gabriel Gomes
Edited by Marta Stephens
Atualizado em
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Resumo desta notícia:
Os cartões cripto estão ganhando espaço na Europa, e rápido. Um novo relatório mostra que eles já superam os bancos tradicionais quando o assunto são as compras do dia a dia, principalmente de pequeno valor.
Segundo dados da CEX.IO, 45% das transações feitas com cartões ligados a criptomoedas na Europa são inferiores a 10 euros (cerca de R$ 63,00). Essa faixa de gastos sempre foi dominada por dinheiro em espécie. Agora, são os ativos digitais que lideram.
O uso de cartões cripto para despesas cotidianas se aproxima cada vez mais dos padrões de cartões bancários. Assim, supermercados, transporte e restaurantes já fazem parte da rotina de quem gasta usando cripto.
Entre os usuários da CEX.IO, por exemplo, 59% das compras são feitas em mercados, número muito próximo ao dos cartões bancários, segundo dados do Banco Central Europeu (54%).
Além disso, os gastos com bares e restaurantes representam 19%, superando a média de compras presenciais com cartões comuns.
Se no mundo físico os cartões cripto já se destacam, no online eles vão ainda mais longe. Enquanto somente 21% das transações com cartões bancários na zona do euro são feitas online, os cartões cripto, já alcançam 40%.
Isso mostra que o consumidor europeu que usa cripto está mais digitalizado, mais adaptado ao e-commerce e às novas tecnologias de pagamento.
Segundo Alexandr Kerya, vice-presidente da CEX.IO, os dados indicam que os usuários não estão mais testando novas criptomoedas, mas sim, de fato, incorporando-as ao seu dia a dia.
Estamos vendo o que pode ser o futuro dos pagamentos sem dinheiro físico, disse Kerya.
Outro dado importante do estudo é que 73% das transações são feitas com stablecoins, criptomoedas pareadas com moedas fiduciárias como o dólar ou o euro. Mas Bitcoin, Ethereum, Litecoin e Solana também aparecem com frequência em compras no varejo.
As transações mais comuns incluem:
A média de gasto por compra com cartão cripto está em 23,7 euros, um pouco abaixo da média dos cartões tradicionais (33,6 euros, segundo a Mastercard).
A procura por esse tipo de solução só aumenta. Tanto que o número de novos cartões emitidos pela CEX.IO cresceu 15% só em 2025.
Outras plataformas, como a Crypto.com e a Oobit, também relataram aumento nas compras cotidianas com cripto, especialmente online. O uso dessas soluções digitais se torna cada vez mais natural entre os europeus.
Apesar do crescimento, nem todos os bancos apoiam o movimento. O Barclays, por exemplo, um dos maiores bancos do Reino Unido, anunciou que vai bloquear compras de criptomoedas em cartões de crédito da Barclaycard.
A justificativa seria o risco de endividamento dos clientes e volatilidade do mercado cripto. O banco também destacou que, ao contrário de compras com cartão comum, transações com ativos digitais não contam com proteção da autoridade financeira britânica.
Ou seja, se algo der errado, o cliente não pode recorrer ao Financial Ombudsman Service ou ao esquema de compensação da Financial Services Compensation Scheme.
A Europa está sendo palco de uma verdadeira revolução nos pagamentos. Nesse sentido, os cartões cripto, que antes eram vistos como curiosidade, hoje rivalizam com os bancos nas compras pequenas e nas transações do dia a dia.
Com suporte para mais de 300 ativos e aceitação em mais de 110 países, soluções como as da CEX.IO mostram que o setor está cada vez mais maduro. E o crescimento dos pagamentos online com cripto indica uma tendência clara: o dinheiro físico está perdendo espaço.
Se bancos vão barrar ou adotar essas soluções, ainda é cedo para saber. Mas uma coisa é certa, o consumidor já decidiu testar (e usar) o que há de novo.
A verdade é que as criptomoedas estão deixando de ser uma promessa para se tornarem uma realidade presente em todos os setores da economia.
Hoje, você pode usá-las para pagar mercado, abastecer o carro, investir em startups, jogar em cassinos online e até comprar passagens aéreas. O crescimento dos cartões cripto na Europa e o surgimento de apps como o Krak, da Kraken, são provas claras disso.
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Disclaimer: Coinspeaker está comprometido em fornecer reportagens imparciais e transparentes. Este artigo tem como objetivo fornecer informações precisas e oportunas. Mas não deve ser considerado como conselho financeiro ou de investimento. Como as condições do mercado podem mudar rapidamente, recomendamos que você verifique as informações por conta própria. E consulte um profissional antes de tomar qualquer decisão com base neste conteúdo.
Com formação em TI, Gabriel tem dedicado os últimos anos em redação de conteúdo especializado em criptoativos, Web3 e inovação financeira. Sua intensa curiosidade gera análises, notícias e artigos opinativos sobre o futuro do dinheiro, com foco em projetos relevantes, tecnologias disruptivas e tendências de mercado.
