Segundo o anúncio que veio a público na terça-feira (27/05), a Circle vai oferecer 24 milhões de ações ordinárias Classe A. Do total, 9,6 milhões de ações serão oferecidas pela própria empresa.
By Flavio Aguilar
Editor Marta Stephens
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Resumo desta notícia:
A Circle Internet Financial, segunda maior emissora de stablecoins do mercado, deu um passo significativo em sua oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês). Afinal, anunciou o registro de sua listagem na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE).
Depois de diversas tentativas de se tornar uma empresa de capital aberto nos Estados Unidos, a mudança agora é oficial.
Segundo o anúncio que veio a público nesta terça-feira (27/05), a Circle vai oferecer 24 milhões de ações ordinárias Classe A. Do total, 9,6 milhões de ações serão oferecidas pela própria empresa. Também haverá 14,4 milhões de ações de acionistas vendedores.
Esse é um marco significativo, mais de um ano após a apresentação do primeiro rascunho de um pedido de registro junto à Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC).
Além disso, a emissora do USDC deve dar aos subscritores 30 dias para comprar até 3,6 milhões de ações. Portanto, eles terão a garantia de que poderão cobrir os excedentes de alocação. As ações terão preços entre US$ 24 e US$ 26 na oferta inicial.
Com o valor máximo da faixa, a Circle poderá lucrar até US$ 250 milhões. Por outro lado, os acionistas vendedores poderão gerar aproximadamente US$ 375 milhões com sua participação de 14,4 milhões de ações.
A oferta ainda está sujeita às condições de mercado. Então, não há garantia de quando o IPO será concluído. Além disso, ainda não há informações sobre o tamanho ou os termos da oferta.
Quem busca criptomoedas promissoras deve acompanhar as notícias sobre o IPO da empresa, com potencial impacto sobre o preço do USDC.
Com base nas informações do aplicativo da NYSE, a Circle será negociada sob o símbolo ‘CRCL’.
A Circle já testou diversas formas de abrir seu capital. No entanto, enfrentou contratempos ao longo do caminho.
Por exemplo, em 2022, a empresa buscou um IPO por meio de uma Sociedade de Aquisição de Propósito Específico (SPAC), a Concord Acquisition. Mas desistiu depois que a Concord não conseguiu cumprir os requisitos de qualificação do regulador a tempo.
Isso coincidiu com um período difícil para o mercado de criptomoedas em geral, com muitas implosões de empresas e derretimento de tokens.
Quando finalmente apresentou o seu projeto de declaração de registo à SEC em janeiro de 2024, o IPO parecia próximo. No entanto, a SEC demorou para concluir a análise do pedido.
O CEO da empresa, Jeremy Allaire, sempre acreditou que a Circle estava pronta para essa nova façanha, chegando a afirmar:
‘Estamos em uma posição financeiramente sólida e conseguimos construir um negócio muito sólido, e atualmente não estamos buscando nenhum financiamento.’
No início deste mês, houve rumores de que a Circle havia recebido uma oferta de US$ 5 bilhões da Ripple.
Com sede em São Francisco, a Ripple é uma empresa de pagamentos em blockchain responsável pela criptomoeda XRP. Recentemente, começaram a ser negociados os primeiros futuros de XRP, impulsionando ainda mais o token.
Caso o acordo tivesse sido concretizado, poderia ter transformado a Ripple em um banco, segundo o advogado pró-XRP John E. Deaton. Mas a Circle rejeitou a oferta, alegando que o lance era muito baixo e, consequentemente, subvalorizava a empresa.
If Ripple & Circle combine, buying/becoming a bank is next. Inquiring minds want to know: How high will @bgarlinghouse go? https://t.co/hAnfPiPUTq
— John E Deaton (@JohnEDeaton1) April 30, 2025
Ainda há rumores de que a Ripple pode apresentar uma oferta maior. No entanto, mesmo com a especulação generalizada, a Circle declarou que não está à venda.
Disclaimer: Coinspeaker está comprometido em fornecer reportagens imparciais e transparentes. Este artigo tem como objetivo fornecer informações precisas e oportunas. Mas não deve ser considerado como conselho financeiro ou de investimento. Como as condições do mercado podem mudar rapidamente, recomendamos que você verifique as informações por conta própria. E consulte um profissional antes de tomar qualquer decisão com base neste conteúdo.
Flavio Aguilar é jornalista e economista formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Atua há mais de 15 anos como repórter e editor em jornais e portais de notícias no Brasil. No momento, está cursando o mestrado em estudos literários da Universidade do Porto.
